Customer Experience: por que essa é a melhor estratégia de marketing?

Por Maria Luiza Chiquetto*

Há muitos anos falamos sobre experiência do cliente. Além disso, não é novidade que a relação dos consumidores com as marcas mudou. Hoje a decisão de compra não é mais sobre preço, mas sim sobre a melhor jornada. De acordo com a PWC, 86% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços que oferecem uma experiência de compra positiva. Já um estudo da Temkin Group revela que um aumento moderado na experiência do cliente gera um aumento médio de receita de U$ 823 milhões em três anos para uma empresa com U$ 1 bilhão em receitas anuais.

Mas, afinal o que significa o termo em inglês, Customer Experience, ou experiência do cliente, em português? Embora seja confundido na maioria das vezes com o Customer Success (sucesso do cliente), que é responsável por garantir que o cliente atingiu os seus objetivos com o produto ou serviço adquirido, o Customer Experience, também conhecido como CX, é mais abrangente e se trata do processo como um todo, o qual envolve todos os pontos de contato do cliente com a sua marca desde a descoberta, a venda, o pós-venda, até a fidelização.

Ao mesmo tempo que essa modalidade traz importantes ganhos para a organização, é importante fazer um alerta: criar uma área de CX ou designar pessoas específicas para cuidar do tema não é suficiente para garantir que a empresa obtenha resultados excepcionais. Para que essa abordagem desempenhe o potencial esperado, é necessário que, mais do que um conceito, ela faça parte do mindset da cultura da companhia – envolvendo todas as áreas para que atuem em prol do mesmo objetivo, colocar o cliente no centro e entregar a ele a melhor experiência.

No entanto, para que a empresa chegue nesse mindset e alcance os resultados desejados, é crucial seguir alguns passos, que são: mapear a jornada, ouvir o cliente, compreender as dores que precisam ser sanadas no processo; realizar pesquisas, entender o perfil de cada consumidor, onde e como ele quer se relacionar com a marca, definir uma estratégia de CX envolvendo toda a camada de liderança, criar um departamento para ser responsável pelo monitoramento do processo; e, por último, tomar decisões baseadas nos dados e feedbacks dos clientes continuamente.

Tendo em vista que são muitos passos e ações a serem tomadas, e que necessitam do envolvimento da equipe, colocá-las em prática pode ser um desafio. Atualmente, com os avanços da tecnologia, é possível usá-la a favor da empresa, por meio de ferramentas e recursos que ajudam a garantir o sucesso em cada uma das etapas, bem como o êxito na aplicação prática do Customer Experience.

Cabe destacar que, para além dos ganhos de crescimento que o CX pode proporcionar para a organização, sua aplicação também favorece no melhor posicionamento da companhia perante o mercado. Afinal, clientes satisfeitos estão mais propensos a indicarem a marca e, segundo um estudo da Nielsen, 92% dos consumidores valorizam mais a indicação do que apenas a publicidade.

Além disso, segundo o Gartner, mais de dois terços das organizações competem, principalmente, com base na experiência do cliente. Sendo assim, podemos afirmar que não há mais volta, e as empresas que ainda não se deram conta da sua importância, ficarão para trás e diminuirão drasticamente sua vantagem competitiva ou ainda deixarão de existir nos próximos anos.

*Maria Luiza Chiquetto é Head de Customer Experience na Viceri-Seidor.

Uma pergunta

Está de volta

Depois de um longo e tenebroso inverno (rsrsrs) está de volta uma de nossas editorias que fez bastante sucesso: Uma pergunta.

Nesta editoria convidamos um profissional de nosso mercado para responder apenas uma pergunta (precisava explicar?).

E desta vez vamos perguntar para a BIanca Totti.

A Bianca é fundadora e diretora da Código BR Agência de Marketing, com 20 anos de experiência em marketing, canais digitais, comunicação corporativa e assessoria de imprensa.

O que o Publicitando perguntou a ela:

O que você acredita que os clientes mais vão demandar em 2023?

Bianca Totti:

Acredito que as empresas estão buscando um marketing mais completo com estratégias multicanais para impactar o público-alvo em diferentes plataformas, sejam digitais ou offline.

Muito mais do que design, conteúdo, vídeo, campanha, hoje existe grande oportunidade para os profissionais que sabem se colocar no lugar da empresa e pensar as estratégias de uma forma mais abrangente. Vai além do colocar a mão na massa. Acho saudável e importante para a valorização da nossa área que o mercado comece a buscar mais a inteligência do marketing e, tão importante quanto, o acompanhamento dos dados e resultados.

7 dicas para fazer um bom marketing digital

Por Mahara Scholz*

Atualmente, existem mais de 5 bilhões de usuários conectados à internet em todo o mundo. Com os consumidores abandonando espaços físicos e realizando tarefas do dia a dia na palma da mão, a demanda por comunicações digitais ganhou ainda mais espaço nas estratégias das empresas. As chances de uma pessoa que entra em um novo restaurante ou até mesmo em uma oficina mecânica ter encontrado aquele estabelecimento online são grandes. E é isso que torna o marketing digital tão importante. Assim, é possível se conectar com o cliente e não oferecer apenas produtos, mas também garantir que ele tenha acesso à informação de qualidade e uma boa experiência de compra. Da mesma forma que o marketing tradicional, o digital busca promover bens ou serviços, impulsionar vendas e aumentar a consciência de marca.

Seja seu negócio B2B ou B2C, ter o marketing digital no plano de ação é indispensável para garantir presença na internet e conquistar novos clientes. Por isso, separei sete dicas práticas para realizar uma comunicação digital assertiva e obter os resultados que busca para expandir o seu negócio.

Geração e qualificação de leads
O primeiro passo é conhecer o seu público, dessa maneira você conseguirá ter ideias sobre o que funcionará melhor para sua base. Por isso, contar com ferramentas que auxiliem na geração e qualificação de leads – pessoas que tiveram contato com a sua marca e demonstraram interesse de compra – é indispensável. Neste contato, a empresa realiza perguntas diretas e simples para entender o momento do cliente e se ele é um potencial comprador. Com essa definição, a equipe ganha tempo para agir estrategicamente e iniciar a técnica de venda ativa. Assim, é possível segmentar os usuários de acordo com interesses mais específicos e conectá-los rapidamente com a área de vendas para garantir as oportunidades quentes. Nestes casos, muitas empresas têm investido no uso de bots, que garantem um atendimento rápido e humanizado, 24h por dia, sem a necessidade de um agente humano disponível.

Aposte na personalização
Uma pesquisa da Adlucent Marketing Performance mostrou que 71% dos entrevistados preferem anúncios personalizados, tendo duas vezes mais chances de clicar em publicidade digital de marcas desconhecidas, caso o assunto esteja de acordo com suas preferências de consumo. Por isso, reserve um tempo para estudar e compreender totalmente quem é seu público e descobrir quais são as redes sociais e aplicativos de mensagens que passam mais tempo conectados.

Ações de relacionamento proativas
Também conhecido como marketing de relacionamento, as ações proativas buscam estreitar os laços com a sua clientela. Ao contrário do marketing de divulgação tradicional, onde você precisa investir para captar novos públicos, estas ações permitem a rentabilização do banco de dados de clientes que você já possui. Aproveite datas comemorativas e aposte na distribuição de brindes e cupons de desconto exclusivos.

Facilite a jornada do cliente
No mundo de hoje, os consumidores exigem rapidez no processo de compra. Facilitar a jornada do cliente significa melhorar sua experiência e agilizar o atendimento. A loja Velocità, especializada em artigos para corrida, por exemplo, automatizou os atendimentos e além de entregar respostas mais rápidas e melhorar a experiência dos clientes, ainda aumentou cerca de 15% das vendas online. Isso aconteceu porque eles centralizaram os canais de comunicação em apenas uma plataforma e reduziram o tempo de resposta ao usuário.

Organize sua equipe
A estratégia de marketing não abrange somente a comunicação da sua empresa com os consumidores. O desempenho da sua equipe possui um papel maior do que você imagina, especialmente quando se trabalha à distância. Sempre podem existir fatores que desalinham a comunicação do seu público interno, por isso, é importante investir em um canal interno ou uma plataforma com as novidades da empresa. Com campanhas de e-mail marketing e atualizações no site, por exemplo, é possível manter os colaboradores engajados, melhorar a comunicação entre os times e ainda manter padrões que ajudem, de maneira prática, na qualidade do atendimento do cliente.

Trabalhe na construção e reconhecimento de marca
Como a internet tem um alcance global, o seu negócio poderá ser visto por um público muito maior do que se imagina. Com o apoio do marketing digital é possível trabalhar na construção e no reconhecimento de marca, incluindo posicionamento, valores e ideais. Quando uma empresa é vista como uma marca reconhecível e de boa reputação, a credibilidade aumenta e facilita não só a fidelização de clientes, mas também a atração e retenção de talentos que compartilham da mesma visão.

Aposte em parcerias
Outra excelente maneira de aproveitar a comunicação digital para aumentar a visibilidade da sua marca é com o apoio de parcerias. Elas podem ser realizadas com outras marcas que oferecem produtos ou serviços complementares aos seus, ou com influenciadores digitais cuja presença nas redes sociais tenha um público que pode se interessar pelo que você oferece.

*Mahara é formada em administração de negócios pela UDESC, e possui especialização em Marketing pela ESPM. Já estruturou e escalou equipes de Marketing, vendas e CS e trabalhou em grandes empresas como Grupo RBS e RD Station. Atualmente é Head de Marketing na Octadesk.

Comércio de São José está otimista com 2022

Pesquisa ACI/Unitau revela que 74% dos empresários de São José dos Campos esperam um melhor desempenho da economia este ano

Uma boa notícia: o empresário de São José dos Campos está bastante otimista com o desempenho da economia em 2022.

Isso é o que revela a mais recente pesquisa da Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos feita em parceria com a Universidade de Taubaté, por intermédio do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais). O levantamento foi feito entre os dias 10 e 26 de janeiro e ouviu 85 empresários, com lojas instaladas em grandes eixos comerciais da cidade: imediações da praça Afonso Pena, Calçadão da Rua 7, eixo da Avenida Andrômeda (região sul) e nos shoppings Centro e Vale Sul.

Os números da pesquisa ACI/Unitau apontam que 74% dos entrevistados estão esperando um desempenho melhor na economia em 2022, com 62,96% se declarando otimistas e 11,11% dizendo estar muito otimistas. Outros 23,4% esperam um ano igual e 2,47% se declararam pessimistas.

Para a ACI de São José dos Campos, o resultado do levantamento é positivo após dois anos turbulentos na economia, reflexo da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. “Após um período de muita incerteza em razão da covid-19, 2021 já desenhou um cenário melhor, que, com certeza, contribuiu para essa otimismo do empresário de São José dos Campos. Tivemos um saldo bastante positivo de empresas abertas na região no ano passado, o comércio registrou índices positivos de venda e tudo isso forma uma base sólida para enfrentarmos os desafios de 2022”, disse Eliane Maia, presidente da ACI.

O levantamento ACI/Unitau também mediu o desempenho do comércio no Natal, com resultados bastante positivos.

A maior dos lojistas entrevistados comemorou o patamar de vendas, com 67,9% deles classificando o volume como bom e 8,64% considerando as vendas excelentes. O que soma 76,54% de aprovação, frente a 19,75% que acharam as vendas ruins e 3,71% que se declararam bastante pessimistas. Mais: 38,27% dos entrevistados apontaram ainda que as vendas de 2021 foram melhores que o patamar alcançado no Natal de 2020, quando as lojas funcionaram sob regras rígidas de horário e limitação de público, frente a 33,33% que classificaram as vendas como iguais. Frente às vendas de 2019, o otimismo foi bem menor.

Tíquete

A pesquisa também revelou que os consumidores optaram, nas lojas, por gastar um tíquete médio de R$ 101 a R$ 200 (33,33%), segundo de um valor entre R$ 51 e R$ 100 (30,86%). Acima de R$ 201 ficaram 25% dos consumidores. Em número de presentes, a maioria dos consumidores, segundo os lojistas, optou por duas compras (44,44%). A forma de pagamento preferida foi o cartão de crédito (50,62%), seguida do cartão de débito (44,44%).

Fonte: Matéria Consultoria & Mídia – Gabriel Camacho