TV no Brasil celebra mais de 70 anos liderando audiência e investimentos publicitários

TV no Brasil celebra mais de 70 anos liderando audiência e investimentos publicitários

Na última sexta-feira (11), o Brasil celebrou o Dia da Televisão, uma data que marca o início de uma revolução no entretenimento e na informação do país. Desde a sua chegada, em 1950, a televisão tem sido uma presença constante e influente na vida dos brasileiros, moldando a cultura, conectando pessoas e disseminando informações para milhões de lares em todo o território nacional.

Mesmo com o avanço das plataformas digitais, a televisão continua sendo um dos meios de comunicação mais populares no Brasil. De acordo com o Conselho Executivo das Normas-Padrão – Cenp, dos cerca de R$ 21 bi investidos em publicidade no Brasil no ano de 2022, mais de R$ 10 bi (48%) destinaram-se às TVs Aberta (41,7%) e Paga (6,3%), com grandes marcas investindo na ampla audiência da telinha.

E uma detalhada pesquisa da Tunad, plataforma de Inteligência de Mídia, analisou as 10 marcas que mais anunciaram (em quantidade aproximada de inserções somadas na TV Aberta em 15 mercados e TV Paga nacional), durante o 2º trimestre de 2023. No ranking percebe-se que Globoplay (37.700), Dove (24.600) e SKY (24.000) foram as marcas que mais tiveram frequência no segmento de TV Aberta, ultrapassando o volume de 24 mil inserções durante o período. Apesar de ter alcançado o 3o lugar no ranking do trimestre, a SKY não realizou veiculação de inserções desde junho de 2023, retirando-se da mídia off. Na TV Paga, Disney Plus, operadora Claro e MaxMilhas foram as marcas com maior exposição, com 44.200, 38.100 e 35.300 inserções respectivamente.

Neste contexto, é interessante pontuar que na TV aberta, Globoplay, sendo o anunciante de maior volume de inserções, demonstra a força da TV para alavancar o online. Já na TV Paga, dentre as 10 marcas que mais anunciaram, 40% são as de serviços de streaming. Em relação ao valor médio gasto entre as 10 marcas que mais anunciaram na telinha durante o 2o trimestre de 2023, o montante alcançou R$ 67,3 mi na TV Aberta e R$ 18,7 mi no segmento Pago. Também apareceram na pesquisa as marcas Claro, Rexona, Viva Sorte, Mercado Livre, Banco do Brasil, Bradesco e Vivo, na TV Aberta, e Star +, HBO Max, Kayak, Open English, Globoplay, Emma e Betano na TV Paga.

“Diante desse cenário, o Dia da Televisão no Brasil ganha mais significado, uma oportunidade para reconhecer o papel desse meio de comunicação na vida de milhões de brasileiros, permanecendo como um pilar central da cultura, do entretenimento e também no fomento do digital no país”, explica Ricardo Monteiro, COO da Tunad.

Para acessar ao estudo, basta clicar aqui.

Fonte: Victor Yemba

TV Conectada já é o dispositivo de entretenimento preferido para a maioria dos espectadores

Pesquisa encomendada junto à Nielsen destaca que 61% dos brasileiros têm a CTV como um meio favorito; consumo já supera as três horas diárias, com “Prime Time” após às 20h

Ao pensar em entretenimento, 61% dos brasileiros indicam a TV Conectada (CTV) entre seus meios favoritos para assistir seus conteúdos preferidos. A conclusão vem de um estudo encomendado pela MetaX junto à Nielsen, que analisou o comportamento dos espectadores diante da TV em suas diversas modalidades: aberta, por assinatura e conectada. Com 254 respondentes, que apresentaram suas opiniões de forma espontânea, o estudo tem 95% de nível de confiança.

MetaX – Dilton Caldas

Além da CTV, os espectadores entrevistados indicam como meios favoritos a TV paga (43%) e, na sequência, a TV aberta (30%). A avaliação considerou o uso de diversos dispositivos, uma vez que muitos respondentes utilizam ao menos dois deles de forma preferencial. Ainda assim, a TV Conectada se mantém em destaque: 49% de quem está na TV aberta também está na CTV, assim como 69% de quem consome conteúdo na TV paga. Além disso, uma parcela significativa da audiência, de 37%, declarou estar exclusivamente na TV Conectada.

“Os números demonstram como a audiência da TV Conectada é complementar àquela vista nas TVs com programação linear e de como ela já é o meio principal para uma boa parcela da população. Isso é muito representativo para os novos planejamentos de mídia”, afirma Sabrina Balhes, líder de Measurement da Nielsen Brasil.

Mais de três horas diárias na CTV

Ainda que o ambiente de TV Conectada, baseado em streaming, tenha uma audiência fragmentada entre diversos títulos – que são acionados em diferentes horários –, o estudo destaca uma concentração de audiência entre 20h e 00h. Com isso, é possível indicar essa faixa horária como o até então indefinido “Prime Time” em CTV.

Entre os conteúdos mais assistidos, a predominância está em Séries e Filmes, vistos por 79% dos entrevistados que assistem TV Conectada. Porém, destacam-se também outras vertentes com grande visibilidade, como Esportes, com 57%; Noticiários, com 40%; Música e Shows, com 26%; e Novelas, com 21%.

Múltiplos serviços de streaming por espectador

Entre os serviços de streaming disponíveis no Brasil, Netflix e Prime Video são ainda os mais assinados pelos respondentes da pesquisa, respectivamente por 79% e 48% da audiência de TV Conectada. Há, porém, um movimento grande de fortalecimento dos chamados canais FAST (Free Advertising-Supported Streaming), gratuitos para o público e suportados pela exibição de publicidade – que se alinham aos conteúdos sob demanda que também suportam publicidade, chamados de AVOD (Advertising-based Video On Demand).

De acordo com a pesquisa, esses serviços de streaming já possuem 44% de penetração entre os consumidores de CTV, determinando um equilíbrio entre essa opção e os serviços chamados SVOD (Subscription Video On Demand), que demandam assinatura paga para acesso.

“A audiência da TV Conectada, definitivamente, não está mais apenas nos aplicativos por assinatura. Todas as observações estatísticas levam a crer que o gosto e até a preferência de boa parte do público pelos ambientes de streaming que suportam publicidade, gratuitos para a audiência, vai se consolidar”, analisa Dilton Caldas, diretor de negócios da MetaX.

Em média, os espectadores de TV Conectada assinam ou utilizam 2,2 serviços de streaming. Quando indagados se gostariam de ter mais serviços, 63% disseram estar dispostos a assinar novas opções pagas, enquanto 48% têm interesse em ter serviços gratuitos. Metade das pessoas que assinam apenas um serviço de streaming querem se manter assim ou aumentar para dois. Já 43% daqueles que já assinam 2 streamings querem ficar com os que já tem ou somar mais um à lista. Entre os que assinam 4 streamings ou mais, 60% têm como preferência continuar com até 5 assinaturas.

Infraestrutura é desafio para a experiência

Apesar de mais de 80% dos respondentes da pesquisa pagarem por acesso à internet, apenas 67% deles está satisfeito ou muito satisfeito com esses serviços. No geral, 53% dos respondentes disseram estar interessados em melhorar o serviço de internet para ter uma experiência melhor com os serviços de streaming. 52% dizem estar satisfeitos com o serviço de internet, mas ainda assim manifestam interesse de melhorar os serviços. Já 59% dos que estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos buscam melhores serviços de internet.

Publicidade na TV Conectada

A TV Conectada é um ambiente de publicidade seletiva. E para entender as preferências do consumidor, a pesquisa da Nielsen com a MetaX também perguntou qual seria o momento ideal para ser impactado por propaganda.

Para 32% dos participantes, esse momento seria “Ao desligar a TV”, enquanto para 22% seria “Ao ligar a TV” e, para 20%, “Antes de começar um filme”. 11% da audiência indica que as mensagens publicitárias deveriam aparecer “No meio da programação, como um intervalo comercial tradicional”. Já 7% sugerem que a veiculação seja “Entre os episódios das séries”.

Adicionalmente, os respondentes revelam a combinação criativa ideal para os anúncios: 23% deles explicam que a publicidade deve envolver algum aspecto de tecnologia da marca; 20% esperam que os anúncios sejam divertidos; e 14% esperam que os anúncios explorem a presença de um QR Code.

“Por ainda ser um meio relativamente novo, quando falamos de TV Conectada, muitas vezes vêm à mente do espectador a ideia tradicional de TV. Mas, na prática, essa audiência já percebeu que pode ter experiências mais positivas nesse meio, explorando os benefícios do digital. Afinal, se é para estar conectado, espera-se um pouco mais de interação e diversão”, complementa Caldas, da MetaX.

Streaming lideram entretenimento no Brasil

Plataformas de streaming lideram entretenimento digital no Brasil

Em computadores e dispositivos móveis, YouTube e Spotify dominam a cena, alavancados pelo consumo de música. Categoria é líder de audiência no País, em todas as faixas etárias, segundo análise da Comscore

Com 98% da população digital acessando websites ou aplicativos móveis dedicado ao entretenimento em dezembro de 2021, o Brasil faz parte da tendência global de digitalização da sociedade. É o que indica o relatório da Comscore, parceira reconhecida para planejamento, transações e avaliação de mídia, que analisa o consumo de entretenimento doméstico no Brasil, com foco em música e vídeo on-line.

O documento indica que a indústria do entretenimento se converteu em um provedor de primeiras experiências digitais para os brasileiros, levando em consideração o acesso a conteúdos relacionados a programas de televisão, filmes, humor, e, principalmente, música. Em comparação a outras atividades na rede, esse tipo de conteúdo alcança 98% da população digital no Brasil, atrás apenas das categorias de serviços (que inclui e-mail) e notícias, mas acima das redes sociais, sendo responsável por 16% do tempo total de navegação online.

“No geral, o entretenimento no Brasil tem um alto alcance em comparação a outros países e outras atividades on-line. Em computadores e dispositivos móveis, YouTube e Spotify dominam a cena do entretenimento, se tornando principais canais para que criadores de conteúdo e anunciantes alcancem seu público-alvo”, ressalta Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para Brasil.

Audiência unânime

O relatório da companhia revela, ainda, que o consumo de entretenimento online é unânime em qualquer faixa etária ou gênero, alcançando quase 100% de audiência. No entanto, o tempo de consumo tem variações notáveis entre diferentes idades: os mais jovens (18 a 24 anos) dedicam quase o dobro do tempo por pessoa ao entretenimento on-line (27 horas por mês) em comparação àqueles com mais de 45 anos (15 horas por mês).

Em uma análise dos tipos de plataforma e conteúdos mais acessados, uma seleção de websites indica que, em relação ao tempo total online, o Spotify ocupa o segundo lugar na preferência dos consumidores, atrás apenas do YouTube. Já em relação ao total de minutos consumidos, a plataforma de música ocupa o primeiro lugar, somando 852 minutos por visitante único em dezembro de 2021, na frente de outras opções de entretenimento, como YouTube e Netflix.

A preferência em relação à música é impulsionadora das plataformas de streaming e reflete também nos canais de YouTube voltados a essa categoria, que capturam quase um terço (30%) do tempo total consumido na plataforma. Já nas mídias sociais, a categoria Mídia & Entretenimento representou 43% do total de engajamento em 2021 no Brasil, o que indica que os usuários se envolvem com seus artistas favoritos, shows e programação em diferentes telas.

“Dada a adoção entusiasta dos serviços de entretenimento on-line, é provável esperar que sua importância dentro do panorama digital aumente. Na verdade, em nossa análise, descobrimos que se trata de uma tendência estável: durante um período de três anos, desde dezembro de 2018 a dezembro de 2021, a proporção do tempo total on-line dedicada ao consumo de filmes, música, entre outros, flutuou entre 15% e 18%. Em dezembro de 2021, alcançou 16%”, declara Ingrid.

O relatório completo da Comscore pode ser acessado aqui.

Fonte: AVC Comunicação – Ana Sartori

Dia do rádio e os podcasts

O podcast é o novo rádio?

Desde o dito popular “a mídia impressa morreu”, muitas analogias também foram feitas sobre outros meios de comunicação tradicionais. Por exemplo, falou-se que a televisão seria substituída pelo streaming ou que o rádio está dando lugar ao podcast, que nos últimos anos tem ganhado mais importância como canal de comunicação.

Image by s__grafik from Pixabay

Recentemente, e no âmbito do Dia Internacional do Rádio (13 de fevereiro), a discussão sobre a “morte do rádio”, ou sua substituição por novas tecnologias sonoras, está mais forte do que nunca. Sem dúvida, a Internet muda tudo o que toca, e o rádio não é uma exceção: a transmissão de conteúdo sonoro está se tornando cada vez mais popular e entrou em cena através do que conhecemos como podcast.

A expansão deste meio possibilitou a muitas pessoas redescobrir o mundo do conteúdo sonoro. Especialmente porque o podcast pode ser ouvido em qualquer lugar e toca em assuntos que não estão no rádio tradicional.

Mas, o contexto nacional e global não deixou o rádio à sua própria sorte: na era das mídias sociais ele não é um meio obsoleto. Ainda é o meio de comunicação mais utilizado no mundo. Além disso, mostrou que pode se adaptar facilmente a situações de crise. Por exemplo, no início da pandemia da COVID-19, o rádio voltou a aparecer como um meio essencial para organizar ações de solidariedade em todo o mundo para reduzir as consequências da emergência sanitária. Portanto, a resposta é não, o rádio não está morto e o podcast não tomará seu lugar.

Por que o rádio sobrevive?

Desde que foi criado, o rádio é o maior meio de comunicação de massa, pois pode alcançar os cantos mais distantes do mundo, sendo acessível a pessoas de todas as etnias e estratos sociais. Apesar do advento de novas tecnologias, o rádio continua sendo a plataforma mais poderosa, dinâmica, participativa e versátil para que todos façam suas vozes serem ouvidas a partir de uma perspectiva ampla e diversificada.

Então, em vez de falar de substituição, por que não falar de dois meios de comunicação que podem se complementar e crescer por meio de suas diferenças? Aqui estão algumas diferenças básicas entre o rádio tradicional e o que alguns ainda chamam de “novo rádio”, ou seja, o podcast:

  • O sinal de rádio é local, com restrições legais, geográficas e tecnológicas devido a seu meio de transmissão.
  • O podcast é internacional, sem essas limitações.
  • O rádio se dirige a uma audiência ampla. Os podcasts são destinados a uma audiência de nicho.
  • O rádio oferece, principalmente, entretenimento e informações atuais. O podcast oferece conteúdo temático mais especializado, que agrega valor único e específico.
  • Na rádio, o diretor de programação decide o formato e o tipo de conteúdo que um produtor deve seguir. No podcast, o produtor ou mantenedor decide como personalizar o conteúdo de acordo com a reação do público.
  • No rádio, a emissora é a principal atração para o ouvinte. No podcast, os títulos de cada episódio são um gancho chave que atrai o ouvinte.
  • No rádio, alguns acreditam que a formação de comunidades não traz retorno de audiência. No podcast, o foco está em criar comunidades.
  • O rádio é escutado em segmentos, enquanto que os podcasts são ouvidos em sua totalidade, em uma única transmissão.

Em resumo, o rádio está mais vivo do que nunca e não apenas como uma das mídias de maior alcance global, mas, também em termos de estratégias de comunicação, como um canal que dá maior reputação aos porta-vozes, já que ainda é mais relevante se apresentar em um programa de rádio estabelecido do que em um podcast. Porém, os gêneros não estão em conflito, nem um derrotou o outro. Neste ecossistema, a coexistência é possível e o rádio e o podcast são prova disso.

Fonte: Another – agência independente que tem como objetivo revolucionar a comunicação estratégica por meio de campanhas poderosas e eficazes para posicionar várias marcas perante seus públicos.