Páscoa 2024: ACI prevê crescimento de até 15% nas vendas

Número deve ser alavancado principalmente pelo consumo de bebidas e alimentos, como o bacalhau.

À medida que a Páscoa se aproxima, é natural que o pensamento dos brasileiros se volte para o tão sonhado ovo de chocolate e, logo depois, para o peixe que será preparado na Sexta-Feira Santa. São tradições que já fazem parte da cultura das famílias, que compõem um período repleto de simbologias e de afetividade.

A respeito disso, a Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos (ACI-SJC) aponta otimismo com as perspectivas comerciais deste ano, prevendo um crescimento de até 15% em artigos alimentícios relacionados à data. Um deles é o insubstituível chocolate. Mesmo com o aumento dos preços deste doce (3,8% em relação ao ano anterior), os consumidores pretendem manter a tradição e devem garantir que o feriado não passe sem ele.

Sidiney Godoy, Presidente da ACI, comenta sobre a importância do chocolate, em especial o que vem em formato de ovo, para as famílias ao redor do mundo:

“Do ponto de vista religioso, o ovo é considerado símbolo do nascimento e da vida, que marca o renascimento de Jesus. Para as crianças, que ainda não entendem completamente o significado religioso, é um momento cheio de alegria e de construção de boas memórias. É, de fato, uma data muito especial.”

Mas nem só de doces é feita a Páscoa. Na semana que a antecede, acontece a Semana Santa e, como parte da tradição, a sexta é reservada para o consumo de peixes.

Sobre o assunto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) adianta que haverá um possível aumento no consumo desse tipo de alimento e também do de bebidas, colocando o peixe congelado (+13,9%) e o bacalhau (+12,9%) como duas das principais possibilidades para irem à mesa do brasileiro nesta sexta-feira. O azeite, item que ajuda a compor o prato e, por isso, bastante utilizado nesta ocasião, vem como o principal “causador” do aumento do ticket médio nesse almoço (24,7% ante o registrado no ano anterior).

Observando a trajetória recente, com o país experimentando melhorias nos indicadores de emprego e renda, a ACI-SJC volta a destacar perspectivas positivas de vendas para o comércio da cidade durante o feriado. Esses dados refletem não apenas o fortalecimento do mercado, mas também o papel essencial que as tradições desempenham na dinâmica econômica, impulsionando as vendas de produtos específicos em adequada sintonia com a cultura nacional.

Fonte: Mônica Lima

ESPM promove evento ‘Lifelong Learning Experience’ em seus três campi

Programação acontece em fevereiro e março de forma presencial e híbrida

A ESPM, escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia, promoverá o Lifelong Learning Experience em seus três campi. Em São Paulo, a programação ocorrerá em 3 de fevereiro, de forma híbrida. Já nos campi Rio de Janeiro e Porto Alegre, o evento está marcado para 2 de março. Os interessados em participar podem fazer a inscrição no site da instituição de forma gratuita.

O Lifelong Learning – conceito que os norte-americanos desenvolveram com o objetivo de promover uma integração contínua do estudo com a prática nos programas de formação e desenvolvimento de executivos e outros profissionais de alto nível – vem sendo inserido na ESPM de forma contínua com o objetivo de trabalhar a carreira em constante movimento. De forma gratuita, presencial e híbrida, o evento conta com diversas palestras que podem contribuir para o desenvolvimento profissional do participante. Confira a programação completa dos três campi abaixo:

ESPM SÃO PAULO

Data: 03/02/2024

Horário: Das 9h às 13h30, presencial, e das 9h30 às 13h30, online

Local: Presencial, na ESPM Tech, e online, via Zoom

Temas das palestras:

O futuro do branding em tempos de dados e redes sociais, com Roberta Campos
Inovação Descomplicada, com Marcelo Pimenta
O Papel das comunicações de fãs no consumo de marcas, com Wagner Venturini
Inteligência Artificial na era da comunicação digital, com Edney “Interney” Souza
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ESPM RIO DE JANEIRO

Data: 02/03/2024

Horário: Às 9h30

Local: Campus Glória-Villa Aymoré

Temas das palestras:

Neurociência e comunicação: O impacto das histórias no cérebro do consumidor, com Nathalia Yunes
Marketing de performance: Como o mercado passou a focar em resultados, com Diogo Ferreira
Branded Content, com Nathalia Barone
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ESPM PORTO ALEGRE

Data: 02/03/2024

Horário: Das 10h às 13h

Local: Campus Porto Alegre

Temas das palestras:

Business Analytics e Marketing, com Roberta Krause
IA e Storytelling: Como potencializar as mídias sociais, com João Finamor
Inscreva-se aqui

Fonte: NovaPR – Joana Tchian

Como as gerações Z e Alpha escolhem suas marcas e produtos?

Por Flavia Mardegan*

Antes de falarmos sobre como as gerações Z e Alpha compram, precisamos definir quem são essas pessoas. Elas são os consumidores na faixa dos 15 a 28 anos em média. Jovens que possuem uma nova forma de ver o mundo, com propósitos e perspectivas de vida e com um conceito do que é sucesso bem diferente da geração anterior, a geração Y, que hoje possui, em média, 40 anos. Eles querem ser e não ter!

Esses jovens são criativos e independentes. Querem ter acesso aos produtos e não necessariamente possuir produtos. Um exemplo disso é falta de interesse em se tirar carteira de motorista que essa geração apresenta. O que para geração anterior era sinal de liberdade, para essa geração não é. Com um celular na mão eles podem ir e vir de forma independente, sem precisar possuir um carro e ter gastos com sua manutenção. Eles não querem se sentir presos a nada.

Tanto isso é verdade que o tempo de permanência deles nas empresas é bem menor. Para a empresa reter esses talentos, ela deve compartilhar com eles seu propósito e precisa haver aderência para que eles se sintam motivados a permanecer e contribuir. Outro ponto importante de retenção é o aprendizado, pois eles possuem sede de aprender algo novo sempre e, se perceberem que não há para onde crescer, vão alçar outros voos. Enfim, como não são apegados às empresas e marcas, é muito fácil para eles abandonarem uma marca por alguma ação por ela realizada que agrida seus valores. Eles compram por valores e querem se ver representados nas marcas.

Devido a esses valores, buscam marcas que se preocupam com as pessoas e o meio ambiente, sendo esse um fator de escolha entre as opções disponíveis a eles. Afinal, eles se preocupam com o planeta e querem deixar um mundo melhor para as próximas gerações.

Além disso, são cuidadosos ao gastar, gostam de pagar pouco e não se incomodam em comprar peças de segunda mão. Isso pode ser representado pelo crescente número de lojas que alugam roupas ou que trabalham com o retrofit de peças antigas, como é o caso da Rent the Runway e da Patagônia. E isso mostra o grande desafio que as marcas de luxo possuem, pois essa geração não compra rótulos.

Esses jovens querem algo personalizado, buscam peças únicas, séries limitadas, querem se sentir especiais e peças de excelente qualidade.

Uma grande falácia é que essa geração não gosta de ir às lojas físicas, mas, na realidade, eles gostam sim. A única coisa é que os pontos físicos mudaram seu papel. Hoje, a loja física existe para gerar interação e entretenimento, precisa ser um hub de várias atividades e uma delas é ser um showroom de produtos. Eles querem ir às lojas para ter experiências e não necessariamente comprar algo que poderiam comprar na internet. A loja precisa ser um ponto de encontro, um lugar onde eles possam ver e escolher os produtos.

Isso também pode ser visto no alto índice de compras que são realizadas em ambientes de entretenimento virtual, em jogos e por meio das mídias sociais, onde eles passam boa parte dos seus dias.

Enfim, se você quer atingir essas gerações que em 5 anos serão 50% dos consumidores, seja coerente. Haja de acordo com as bandeiras que você levanta e ajude-os a se verem em suas marcas. Eles querem se sentir representados por seus produtos, por você e pela sua empresa.

Boas vendas!

*Flavia Mardegan

Flavia Mardegan é formada em Design de Interiores, Administração de Empresas e Mestra em Gestão Humana e Social. Possui mais de 27 anos de experiência no setor comercial de grandes empresas. Sua principal expertise é aumentar os resultados das empresas por meio de programas de desenvolvimento de equipes comerciais e de atendimento ao cliente.

Ministra treinamentos e palestras, tem vários artigos publicados em Congressos e Revistas e é coautora do BestSeller “Seja (im)perfeito: Assuma o poder de construir seu futuro e tenha resultados em todas as áreas da vida” e autora de “Aprendizagem nos locais de trabalho: Como os consultores comercias da área de móveis planejados aprenderam suas profissões”, lançado em 2014 na Alemanha.

O novo consumidor “ESG”

Por Claudia Coser e Shirlei Camargo*

Você já deve ter ouvido o termo “conflito de gerações”. Essa expressão corriqueira faz todo sentido porque sim, temos várias gerações convivendo ao mesmo tempo, cada uma com suas características e especificidades, aumentando as possibilidades de diferenças entre crenças, valores, comportamentos – é esperado que isso possa gerar conflitos. Mas, como estão distribuídas as fronteiras entre uma geração e outra? Você sabe a qual geração pertence?

Imagem de Gerd Altmann do Pixabay

Apesar de algumas divergências em relação à quando começa e termina uma geração, segundo o AMA (American Marketing Association) as gerações podem ser dividas da seguinte maneira:

Baby Boomers (nascidos entre 1946 – 1959),
Geração X (de 1960 à 1980),
Millennials (de 1981 à 1995),
Z (de 1995 à 2010)
Alpha (depois de 2010).

Importante perceber que atualmente, cerca de 49% da população mundial é formada pelas gerações Z e Millennials, logo, são justamente essas gerações que estão chamando muito a atenção das empresas que estão querendo entender melhor esses jovens consumidores já que a sua sobrevivência como negócio, a médio e longo prazo, depende deles.

As empresas precisam compreender os padrões que regem a vida e o consumo dessa geração. Mais do que consumir e influenciar a compra, as gerações Z e Alpha também passam a adotar critérios semelhantes para decidir em quais empresas ou organizações desejam trabalhar. Ou seja, essas dimensões se expressam não apenas no consumo, mas também nas relações de trabalho.

Uma das características que mais chama a atenção sobre as pessoas pertencentes a essas gerações é que valorizam muito as questões relacionadas ao ESG – ou seja, elas levam em consideração as dimensões: Ambientais, Sociais e de Governança. Segundo a empresa de pesquisa Nielsen, 75% dos Millennials afirmam mudar seus hábitos de compra para favorecer produtos ecologicamente corretos e além disso, a grande maioria está disposta a pagar mais por este tipo de produto – comparados a seus concorrentes mais baratos. E mais: segundo a Nasdaq, ¾ da geração Z diz que a sustentabilidade é mais importante que a marca em si. Isso deve acender o sinal de alerta das empresas (ou deveria), pois mostra que aquelas que não conseguirem relacionar sua marca de forma positiva com as questões de ESG, poderão perder consumidores e também futuros talentos.

Só para ilustrar como essa mudança é importante, quando comparamos esses novos consumidores com as gerações anteriores, percebemos que realmente há uma transformação de visão: segundo a Nasdaq, um terço dos Millennials usa frequentemente ou exclusivamente produtos de investimento que levam em consideração fatores ESG, contra 19% da Geração Z, 16% da Geração X e 2% dos babies boomers. Ainda, de acordo com uma pesquisa de 2019 da McKinsey, existe uma forte correlação na geração Z entre querer consumir de forma sustentável e estar “na moda”, sugerindo que para esses jovens, uma mentalidade ecológica é ligada ao status social. Dito de outra forma: é cool ser ecológico!

Existem também relatos de conflitos geracionais dentro das famílias em função dos diferentes níveis de informação, consciência e revolta de crianças e jovens quando se deparam com familiares com visões menos preocupadas ou ainda pouco identificadas com os problemas socioambientais.

Foto de Markus Spiske na Unsplash

Outro fenômeno bastante importante nesse sentido diz respeito à eco-ansiedade. De acordo com a APA – American Psycology Association, trata-se do medo crônico de ameaças ambientais decorrentes das mudanças climáticas. Jovens e adolescentes concentram preocupações associadas ao seu futuro e das próximas gerações. A eco-ansiedade é disfuncional, mas 60% desses públicos em 10 países manifestaram preocupação intensa com problemas socioambientais.

Todas essas e outras informações constituem e indicam que o perfil dos consumidores está mudando e as empresas precisam se posicionar concretamente, com ações coerentes – nesse ponto, tanto as questões mercadológicas, quanto à corresponsabilidade entre empresas, governos e sociedade pela materialidade socioambiental de suas atividades estão em jogo. Cada vez mais, as empresas precisarão provar – a partir de produtos, serviços e operações – que assumem compromissos efetivos em termos de responsabilidade pela vida do planeta, das pessoas e dos próprios negócios. Esses três pontos são parte da equação para a perenidade das organizações.

Por outro lado, vemos algumas empresas começando a se preocupar com essas questões. Porém muitas delas, no afã de dar conta desse novo público, tem “trocado os pés pelas mãos” fazendo o que chamamos de greenwashing: quando uma empresa pretende ser ambientalmente consciente para fins de marketing, mas na verdade não está fazendo nenhum esforço notável de sustentabilidade. Mas tal atitude pode ser extremamente prejudicial para a imagem da marca pois outra característica dessas novas gerações é serem bem informadas e estarem atentas a qualquer deslize. E quando isso acontece, elas estão prontas e engajadas em “cancelar” e sabotar empresas que tem discursos considerados enganosos. O caminho é sem volta.

*Claudia Coser é doutora e mestre em Administração na área de Estratégia e Organizações e fundadora da Plataforma Nobis.

* Shirlei Camargo é doutora em Marketing e mestre em Neuromarketing. É também professora e pesquisadora e Brand Manager da Nobis.