Coluna Propaganda&Arte

Descomplicando o calendário da propaganda partidária para 2024

Por R. Guerra Cruz

Em 2024, as mídias de massa e as mídias digitais se encontrarão em um ponto de inflexão. De um lado, as mídias tradicionais ainda desempenham um papel fundamental na formação da opinião pública. De outro, as mídias digitais estão democratizando a informação e dando voz a grupos que historicamente foram negligenciados.

Independente de qual mídia você escolher focar, é importante que candidatos, eleitores e profissionais de comunicação estejam atentos aos principais pontos do Calendário da propaganda eleitoral de 2024. A seguir, destacamos alguns pontos importantes do último documento divulgado pelo TRE-SP:

1. Início da Propaganda: 16 de agosto de 2024
Marquem no calendário! A propaganda eleitoral só começa a partir de 16 de agosto de 2024, logo após o prazo para o registro de candidaturas. Essa regra é como um “start” para garantir que todos os candidatos tenham as mesmas oportunidades, sem vantagens indevidas.

2. Tempo de Propaganda: Divisão Justa e Gratuita
A propaganda no rádio e na televisão é gratuita e transmitida em emissoras públicas e privadas. O tempo é distribuído entre os partidos e coligações, e aqui o lema é “justiça”. Quanto mais representantes eleitos na última eleição, mais tempo para expressar suas ideias.

3. Horário Eleitoral Gratuito: Das 19h30 às 22h30, de Segunda a Sexta-Feira
Prepare a pipoca! O horário eleitoral gratuito acontece de segunda a sexta-feira, das 19h30 às 22h30. É o momento em que os candidatos têm a chance de aparecer na telinha e compartilhar suas propostas. Mas lembre-se, isso não impede que façam suas propagandas pagas, desde que sigam as regras do TSE.

4. Respeite as Regras: Lei das Eleições em Ação
Para manter o jogo limpo, a “Lei das Eleições” é a grande árbitra. Nada de propaganda antecipada, negativa, ou que incite violência ou crime. Quem desrespeitar as regras pode enfrentar punições sérias, como multas ou até a cassação do registro de candidatura. A regra é clara: jogue limpo para não se dar mal.

5. Fique Ligado: Candidatos e Eleitores, Atentos ao Calendário!
A última dica é simples: estejam atentos ao calendário! Tanto candidatos quanto eleitores, evitar problemas é a chave para uma eleição tranquila. Não percam os prazos e sigam as regras, e assim teremos uma eleição mais justa e democrática para todos.

Pra fechar, a democracia é um jogo de regras, e o calendário eleitoral é o tabuleiro. Compreendendo as datas e respeitando as normas, todos contribuímos para um processo eleitoral mais transparente e eficiente, seja na nas telinhas ou telões.

Livro desvenda o Marketing Político brasileiro

Lançamento da Geração Editorial tem a participação de 50 especialistas renomados

A última eleição no Brasil, em 2020, contou com mais de 550 mil candidaturas a prefeitos e vereadores – muitos dos quais contaram com o trabalho de consultores e estrategistas políticos, profissionais que surgiram por volta dos anos 80 e transformaram as campanhas eleitorais com pesquisas, jingles, programas de rádio e TV e, mais recentemente com muita Comunicação Digital. Este ano de 2022 terá uma das mais eletrizantes campanhas eleitorais já realizada no Brasil. E eles estarão nelas.

O que é um profissional do Marketing Político? Como ele colabora com a democracia no país? O que ele faz? E sobretudo, como ele faz? Todas essas questões estão no livro “Marketing Político no Brasil” (428 páginas, capa dura, R$ 95,00), que está sendo lançado em Brasília, nesta quarta (11), pela Geração Editorial no São Nobre da Câmara dos Deputados.. O livro foi organizado pelo Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), que reúne grande parte dos principais nomes do setor no Brasil e é presidido por Bruno Hoffmann.

O livro, que tem 50 autores, é uma obra atemporal, de referência e essencial para profissionais de Marketing Político, mas também para candidatos, assessores, advogados eleitoralistas, jornalistas que cobrem política, estudantes, Academia e demais interessados em boas práticas de Comunicação para campanhas eleitorais e de governo.

O que se pretende, além de se desvendar possíveis “segredos” da atividade? Com a palavra, Bruno Hoffmann: “Nas eleições municipais de 2020, o TSE recebeu mais de 555 mil pedidos de candidaturas, ou seja, se ser candidato fosse listado como atividade profissional, estaria entre as principais ocupações do país. Mesmo assim, nossa atividade ainda está longe de ter reconhecimento de uma profissão que impacta e move os brasileiros. Temos um sonho que um dia nossa atividade seja compreendida pelos eleitores e pela mídia. Que entendam o nosso papel fundamental na manutenção, aprimoramento e fortalecimento da Democracia brasileira.”

Divulgação – Bruno Hoffmann

O livro “Marketing Político no Brasil” pode ser considerado uma espécie de “bíblia” para o setor. Ele desvenda muito dessa profissão. A obra está dividida em oito eixos: “Planejamento e Estratégia”, “Pesquisas Eleitorais e de Opinião Pública”, “Processo de Criação”, “Formas de Contato com o Eleitor I e II”, “Gestão de Crise”, “Importância de uma Comunicação Permanente” e “Ética no Marketing Político e Combate às Fake News”.

O CAMP (Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político – Desde 2018, quando foi criado, desenvolveu também importantes parcerias para conferir distinção e transparência a essa atividade, explica Bruno Hoffmann. “Estivemos juntos a grandes instituições democráticas brasileiras. Firmamos termo de cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE); realizamos seminário em parceria com o Senado Federal; mantivemos diálogo permanente com comissões da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e com a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep). Criamos um projeto com a escola de Formação Política RenovaBR, onde nossos associados são professores para centenas de futuros candidatos. Compartilhamos forças e know-how com diversas associações de consultores políticos internacionais e fomos reconhecidos por instituições como a Universidade George Washington, através da Graduate School of Political Management. Colocamos os profissionais da nossa área na mesa de decisão para trabalharmos juntos pela Democracia”.

Nós temos um sonho, diz Bruno Hoffmann, “que um dia, através do Congresso Nacional, possamos ter leis eleitorais mais claras, democráticas e livres para que o cidadão possa colocar seu nome à disposição de um cargo eletivo a qualquer tempo. É cívico e as campanhas se tornam mais transparentes e acessíveis por darem mais tempo para o candidato dialogar pessoalmente com o eleitor.”

Mais detalhes, links de compra e lançamentos no site do CAMP

Organizador: Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP) Gênero: Marketing Político

Formato: Capa Dura

Preço: R$ 95,00

Págs.: 428

ISBN: 978-65-5647-071-9

Formato: E-book

Preço: R$ 49,00

ISBN: 978-65-5647-070-2

Fonte: Gaivota Comunicação – Ana Carolina Gaivota

Workshop interativo “Os Eleitos – Nível 2”

Workshop interativo “Os Eleitos – Nível 2”, promovido pela APP Ribeirão e Sinapro-SP, aborda as normas da publicidade governamental

Evento gratuito e em formato híbrido acontece dia 17/05, das 8h30 às 12h30, e auxilia os gestores na atuação do universo da comunicação pública

Em ano de eleições, voltam-se as atenções para o trabalho dos governantes e a atividade publicitária. Estar no comando da cidade envolve inúmeras responsabilidades, e tornar visível o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos órgãos públicos é um desafio. Para esclarecer melhor a Lei 12.232/10, que rege sobre a contratação dos serviços de publicidade governamental, a APP Ribeirão (Associação dos Profissionais de Propaganda) e o Sinapro-SP (Sindicato das Agências de Propaganda) promovem o workshop híbrido e gratuito “Os Eleitos – Nível 2”, que ocorre dia 17/05, das 8h30 às 12h30, e as inscrições podem ser feitas no site https://www.oseleitos.com.br/. O workshop é interativo e será realizado no Auditório Meira Júnior, que fica anexo ao Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto (SP), com capacidade para 150 inscritos no formato presencial.

Os participantes poderão enviar suas perguntas no ato da inscrição e durante o evento ao vivo. As dúvidas sobre a aplicabilidade da lei serão respondidas pelo advogado especialista em publicidade governamental, Dr. Paulo Gomes de Oliveira Filho, e o consultor político, vice-presidente da APP Ribeirão e diretor do Sinapro/SP, Gustavo de Castro.

O publicitário, vice-presidente da APP Ribeirão e diretor do Sinapro/SP, Gustavo de Castro, destaca que o workshop tem como objetivo esclarecer aos gestores e agentes públicos o correto uso da publicidade governamental: o que é, como contratar, como executar o contrato e a prestação de contas ao final. O workshop interativo “Os Eleitos – Nível 2” é voltado para os profissionais que atuam na área de comunicação de órgãos governamentais, além de prefeitos e presidentes de câmaras municipais. “Esse workshop interativo abordará como realizar a publicidade governamental, desde as licitações que visam contratar uma agência de publicidade, passando por todo processo de comunicação pública, até a prestação de contas que deve ser feita ao final do processo e a transparência que deve ser dada”, explica Gustavo.

A 1ª edição do workshop foi realizada no último ano com transmissão pela internet. Neste ano, com a possibilidade do formato híbrido de “Os Eleitos – Nível 2”, os participantes terão acesso ainda mais detalhado às informações, pois poderão fazer perguntas já no ato da inscrição pelo site, assim como durante o evento. “Este Workshop voltado para as normas governamentais é o mais completo do Brasil”, acrescenta Gustavo.

O presidente da APP Ribeirão, Eduardo Soares, ressalta a importância do evento em ano de eleições e o apoio do Sinapro-SP e Fenapro-SP nesta iniciativa de levar conhecimento para o mercado publicitário. “Seguimos promovendo ações para conectar o mercado com agências, veículos e profissionais de propaganda, sempre estimulando a criatividade, o networking e a participação em eventos, que tornam o mercado publicitário mais unido e forte”, disse.

Publicidade Governamental

A publicidade governamental é prevista no artigo 37 da Constituição, e possui uma lei que rege sua forma de execução, a lei 12.232/10, sendo um dever dos gestores para com a população, pois é uma forma de prestar contas das atividades que estão sendo realizadas durante o mandato, e isso se aplica não apenas às prefeituras, mas também às câmaras municipais. “Uma boa comunicação pública é capaz de melhorar a relação dos governantes com a população, pois torna visível todo o trabalho realizado. Sem uma boa comunicação, a população não tem acesso às etapas que vão se cumprindo nos bastidores e pode passar os primeiros anos imaginando que nada está sendo feito, quando na verdade muito trabalho é executado. Cabe à publicidade mostrar o que está dando certo. E realizar todo esse processo de acordo com a lei é assegurar que durante a gestão está sendo cumprido o dever constitucional de prestação de contas com a sociedade. Mais do que isso, a publicidade governamental representa a diferença entre um gestor ser protagonista ou coadjuvante de seu mandato”, ressalta Gustavo.

Palestrantes “Os Eleitos”

Gustavo de Castro

Diretor de Novos Negócios na Versão Br Comunicação e Marketing, agência especializada em publicidade pública e governamental, com 34 anos de experiência na área. Também é vice-presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda de Ribeirão Preto e Região (APP/RP), consultor político, membro da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP) e diretor do Sinapro-SP.

Dr. Paulo Gomes de Oliveira

Advogado graduado pela Universidade de São Paulo, especialista, há 47 anos, em propriedade intelectual, direito administrativo, direito da comunicação e defesa do consumidor. É membro da Associação Paulista de Propriedade Industrial; da Associação Brasileira de Direitos Autorais, tendo participado da Comissão de Propriedade Intelectual da Ordem dos Advogados do Brasil (São Paulo). Também é professor da Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil (São Paulo) e coordenador da Câmara Nacional de Arbitragem e Mediação na Comunicação. Atua, ainda, como consultor jurídico das entidades: Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP); Associação Brasileira de Agentes Digitais (ABRADI); Associação Brasileira de Fotógrafos (ABRAFOTO); Associação Brasileira de Produtoras de Som (APROSOM); Associação dos Profissionais de Propaganda (APP); Central de Outdoor e Sindicatos das Agências de Propaganda dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

Serviço

Workshop: Os Eleitos – Nível 2

Data: 17/05

Horário: 8h30 às 12h30

On-line e gratuito

Inscrições aqui

Fonte: Agência ERA de Comunicação e Conteúdo – Mariana Cruz

Coluna Branding: a alma da marca

E agora Brasil?

Como havia dito, esta é a derradeira coluna de uma série de 3 que acompanhou o pleito eleitoral analisando estratégias de marketing político e as campanhas publicitárias nelas contidas. Agora, tão próximo do fechamento dessa história a pergunta que fica é: “o que será do país após está eleição?”

Minha resposta para este caso é: continuará igualmente em crise institucional.

Não houve nesta disputa uma construção de imagem pública capaz de alinhar os lados opostos, de ser um conciliador por inteligência de proposta, com o convencimento da população de um caminho único que pudesse nos unir em torno desta bandeira.

Estamos saindo do pleito com a sensação de que independente de quem vença, o dia seguinte será de aplicação à força de uma ideia que não convence. De quem vir a governar implantar suas regras ao povo, goste ou não. Isso não ajuda a construir uma governabilidade.

Fica claro por essa eleição que a força das mídia sociais superou as tradicionais influências televisivas e jornalísticas.

Por sua natureza, estes meios oferecem mais facilidade para quem atira pedras, que para aqueles que se defendem sobre um teto de vidro. E esta deverá ser a tônica daqui pra frente, e a análise que deve ser feita pelo brasileiro pós eleição é: queremos manter este estado de resistência? Não seria hora de repensar o que queremos? e não o que não queremos mais? Como diz a emissora de TV: que Brasil queremos para o futuro?

No entanto, a realidade é que qualquer que seja o lado vencedor terá grandes dificuldades para governar, e a tendência é que se estenda uma disputa por anos difíceis como foram os últimos quatros.

O uso do fake news que foi o hit desta campanha não deve cessar, será conduzido com mais estratégia e planejamento, espaçando ações, buscando minar a credibilidade dos adversários, em uma construção oposta, pois, a vitrine tende a mudar.

O brasileiro precisará amadurecer sua visão sobre as notícias, neste caso os comunicadores tem muito a contribuir, teremos que ser capazes de ver por detrás da notícia fake, ver o que se está projetando nesse tabuleiro de xadrez, enfim, teremos que ser mais astutos e teremos que apreender como nação a ser mais resiliente.

Medidas podem ser tomadas contra esta moda de notícias construídas, e para ser sincero, tenha mais medo do remendo do que do soneto, pois, a tônica do próximo governo pode estar nas medidas de controle das mídias. Para qualquer que seja o lado este controle é muito perigoso, cabendo a nós comunicadores posicionarmos quanto ao assunto com inteligência, unificados e com pressão popular. Isso precisa estar na mão da justiça e nunca do executivo!

No mais, há novos players no jogo e o cenário mudou de fase.

O PT tende a ser vencido, mas ainda joga. E mesmo que consiga uma reviravolta no domingo, ainda assim, sabe que perdeu força, e que agora tem concorrência, inclusive na sua hegemonia na esquerda. A imagem do “Lulopetismo” está em cheque após a prisão do seu ícone, uma possível derrota nas urnas. As críticas aberta dos aliados e as lideranças que não emplacam terão um novo espaço para uma ideia à esquerda com características diferentes, que vimos até aqui. Uma proposta menos embasada no carisma e mais estratégia, conteudista. Não é a toa que o crescimento do Haddad no final dessa corrida apareceu após ênfase na diferença entre o currículo dos candidatos, saindo do campo moral e partindo para o intelectual.

Pela primeira vez em toda a campanha tentaram valorizar a imagem de professor ao Haddad, proposta que já havia dado certo com Ciro.

Na direita já está consolidada a ideia de um líder carismático, algo que há poucos anos seria inimaginável e até abominável, mas que hoje terá espaço nesta nova realidade, o centrão já está adaptado, sinalizando sua característica “mindinho”, no game of trones da política brasileira e que levará seu apoio perigoso, sua moeda de troca de governança a quem deve estar no poder.

Mas na direita haverá espaço para um pensamento mais moderado? Ou o PSDB terá que assumir seu lado social-democrata e ir conversar mais próximo das esquerdas?

Isso me parece depender da eleição de São Paulo, que nas últimas semanas foi até mais picante que a disputa nacional.

Enfim, esta eleição mudou o Brasil, isso não tem como negar. Porém ainda não sei se só de mãos ou realmente de ideias!