Coluna “Discutindo a relação…”

Pequenas, ágeis e enxutas

Semana passada aconteceu uma discussão muito legal no Linkedin a partir de um texto postado pelo grande Luiz Buono, sócio e fundador da Fábrica. O Luiz tem se destacado nesta plataforma com textos e reflexões sempre muito bacanas e úteis.

No texto ele narrou um acontecimento de três anos atrás: uma pessoa na fila do SXSW lhe disse que o futuro seria das agências ágeis, enxutas e que tivessem liberdade maior de movimento. Agências independentes. E o Luiz relacionou isso com o recente destaque que três agências brasileiras com esse perfil obtiveram na edição deste ano em Cannes. As agências são a David, a AKQA e a W+K. Esse assunto também foi capa da Meio&Mensagem de 01 de julho.

Comentei na postagem do Buono que acreditava fortemente em um futuro breve no qual as estruturas independentes e ágeis terão mais espaço, enquanto as grandes holdings de comunicação passarão por mais dificuldades.

Olhando para nosso mercado, o mercado do Vale do Paraíba e de interior de SP como quase um todo, podemos constatar que as estruturas condensadas de nossas agências – mais por necessidade do que por inventividade –  têm garantido espaço para  competirem até mesmo nos centros maiores. O digital e suas ferramentas deixaram tudo mais horizontal e como sempre tivemos talento agora podemos competir com a vantagem da estrutura pequena (mas competente), do preço inferior (nosso custo é menor) e da agilidade e multioferta de serviços.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

As primeiras a desbravarem essa trilha e abrirem espaço no mato do mercado das capitais e até do exterior foram as chamadas agências digitais.

Muitas agências – tradicionais e digitais – optam inclusive por trabalhar por projetos, montando equipes de freelancers de acordo com cada demanda. Mesmo em São Paulo capital esse modelo já é bastante encontrado. Tive uma conversa muito boa com o Filipe Crespo da criativosbr sobre isso. O modelo de operação deles é exatamente assim. Dois sócios e uma equipe de frilas de acordo com cada demanda de cada cliente.

Também acredito que muitos modelos operacionais de prestação de serviços em comunicação passem a coexistir. Um necessariamente não exclui o outro. Todos os tipos e modelos de negócios em comunicação, marketing e propaganda estão buscando aprimorar suas armas e caprichar cada vez mais na entrega. Uns permanecerão, outros talvez não.

O mercado é assim. E novos modelos de negócios em comunicação ainda estão por surgir. É aguardar para ver.