Transformação digital: o remédio contra a crise

Ferramentas tecnológicas de conectividade otimizam recursos, diminuem custos e aumentam receita

Samir El Rashidy*

Com a crise econômica e a consequente baixa de receita que as empresas têm enfrentado, o principal desafio é economizar, mantendo a qualidade dos serviços. É nesse momento delicado que apostar na transformação digital se mostra mais necessário, porque o uso da tecnologia tende a otimizar recursos, força de trabalho, agilizar processos e, por tudo isso, diminuir os custos das empresas.

A transformação digital no mundo corporativo, em especial com o uso de tecnologia de redes, deixou de ser parâmetro apenas para empresas que optam por uma gestão moderna, sendo agora de extrema importância também para corporações que querem crescer até em momentos de crise.

Dificilmente se vê hoje uma grande empresa que não investe em uma melhor conectividade e em soluções tecnológicas para esse fim. Isso porque elas remetem à comunicação entre funcionários, internos e externos, clientes e terceiros, e à operacionalização de processos, que fazem a empresa girar. Em uma era tão conectada, a empresa que permanece parcialmente conectada corre o risco de perder espaço para as mais inovadoras.

Por exemplo, armazenamento de dados na nuvem permite escalabilidade e flexibilidade na transmissão de dados entre membros e clientes, tornando o negócio mais dinâmico e com custo muito menor do que ter que manter um data center, dentro da instituição, ou máquinas espalhadas em um escritório. Isso sem contar com toda estrutura de backup.

O uso de áudio ou videoconferências permite a comunicação entre vários grupos de pessoas em qualquer lugar do mundo e em um único ambiente virtual. Somando essa capacidade a tecnologias de videoconferência, temos uma situação propícia para colaboração entre times, o que aumenta produtividade e também fomenta a rápida resolução de problemas e negociações. Fechar um negócio não depende mais de fuso-horário, preço de DDI, o que naturalmente aumenta o escopo territorial de clientes e suas receitas.

Houve também um preparo para que a digitalização não comprometesse a segurança. Redes definidas por software (Software Defined Network – SDN) tornam mais ampla a computação em nuvem e, principalmente, garantem o tráfego de informações mais seguro, por meio de uma interface de programação bem definida. Elas agem como uma internet particular, criptografando o tráfego de dados, e, assim, reduzindo as chances de ele ser interceptado ilegalmente.

Conectividade pela internet, via satélite ou fibra, é a base desse processo e hoje impacta, diretamente, no core da organização: afinal, quando falta conexão ou ela é de má qualidade, a reputação da empresa pode ser abalada ou mesmo negócios podem ser perdidos pela falta de uma comunicação adequada.

Adaptar-se às novas tecnologias e à transformação digital, em especial, é necessário em todos os setores, ainda mais em tempos de crise. Quantas não são as gigantes líderes de mercado que simplesmente desaparecem do mapa por não estarem atentas e não responderem com tempestividade às mudanças? Nenhuma marca, com certeza, gostaria de engrossar essa lista.

*Samir El Rashidy é Diretor de Soluções, Serviços e Pré-vendas para América Latina na Orange Business Services.

Fonte: About.com