Marketing programático ao alcance das PMEs: por onde começar

Por Bruno Campos de Oliveira*

Segundo dados do Governo Federal, somente em 2021 foram abertas mais de 3 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil. A mudança de cenário dos últimos dois anos acelerou a transformação digital das PMEs e a adoção de novos hábitos pelos consumidores, que, impulsionados pelo isolamento social, adotaram as plataformas online como o principal método para fazer compras. Se antes, ter uma estratégia de marketing digital, parecia algo viável apenas para grandes empresas, os empreendedores e pequenos negócios tiveram que redobrar seus esforços para atender a nova demanda, indo desde venda online e delivery por apps até atendimento via Facebook, Instagram e WhatsApp. Por essas razões, o marketing digital se tornou um aliado poderoso para os pequenos negócios que desejam crescer se beneficiando desses métodos.

Bruno Campos de Oliveira, CMO da ADSPLAY

A principal diferença entre as grandes empresas e as de pequeno e médio porte (PMEs), é a capacidade de investimento. Muitas marcas têm um orçamento limitado e, por conta disso, tem que priorizar as suas ações de marketing. Por isso é preciso estratégia. No marketing programático, uma estratégia é criada para impactar o consumidor certo, no momento mais apropriado para a conversão. Também é possível fazer ações de remarketing, retargeting e recuperar carrinhos abandonados.

Diferentemente do senso comum que parte do princípio que o marketing programático é uma estratégia para quem tem “bala na agulha”, posso dizer que é possível atender empresas com diferentes realidades, só mudando a quantidade de formatos que são recomendados. Para PMEs, por exemplo, recomendamos focar na tecnologia da mídia programática para aumentar seus resultados em banners de sites e mídia dentro de apps. Também, em momentos de maior verba, é possível inovar e testar canais como Spotify e DOOH, o Digital Out Of Home que são telas conectadas como é comum em elevadores, shoppings e até em abrigos de ônibus de grandes centros.

Por onde começar?

Para começar, o ideal para empresas de médio e pequeno porte é terceirizar o serviço de marketing programático a partir de agências ou as chamadas trading desks, que dispõem de profissionais habilitados para operar. As agências especializadas possuem um time de BI e gestores de tráfego além de relacionamentos sólidos, especialmente com fornecedores de inventário, dados e tecnologia. Isso normalmente implica em inventários por preços especiais, ajudando a empresa a fazer mais com menos. E não vamos esquecer que é preciso uma licença própria (SEAT) para operar dados e programática. Por isso não faz tanto sentido operar em casa quando o volume de mídia não é muito grande ou não se tem, no time, tantos profissionais especializados.

Já no caso das grandes empresas, é muito importante ter um percentual da verba já separado para a mídia programática como também, um outro pequeno percentual focado em canais inovadores como mídia programática dentro de jogos, formatos de alto impacto, uso de inteligência artificial, criação de banners com base em algoritmos entre outras novas tecnologias com potencial de aumentar muito os resultados.

Ou seja, no fim do dia toda empresa pode veicular programaticamente o que muda mesmo e a quantidade e diversidade de formatos recomendados para cada realidade de investimento.

*Bruno Campos de Oliveira é CMO da ADSPLAY. É formado em Marketing pela EACH-USP e se especializou em digital através de imersões diretamente no Vale do Silício – EUA. Também concluiu o xBA, Xponential Business Administration, ministrado pela StartSe University (EUA) e Nova SBE (Portugal). É professor e embaixador de digital marketing da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia no Brasil e co-autor do livro “Mídia Programática de A a Z”.

5 motivos para investir em tráfego pago nas redes sociais

*Por Flávio Zamprone

Entender, analisar e captar novos clientes é o desejo de todo empreendedor que tem seu negócio no ambiente digital. Investir em tráfego pago pode impulsionar as estratégias e aumentar o potencial de alcance das publicações do negócio. Atualmente, é possível começar uma campanha simples de engajamento com baixo custo.

Com o tráfego pago, o gerenciador do negócio consegue atingir a pessoa certa, no momento certo, com a comunicação certa. Além disso, pode ter acesso à várias métricas de todas essas ações, otimizar as campanhas, identificar os melhores resultados e ter uma segurança sobre como atingir seu público.

Abaixo, confira alguns motivos fundamentais para investir e o papel de cada um deles na sua estratégia.

Alcance de pessoas

O tráfego pago coloca pequenas e médias empresas no mesmo patamar. Não é necessário ter milhares de seguidores para sua comunicação alcançar um número maior de pessoas. Com o investimento, a chance de conversão do lead se torna mais efetiva. Pessoas que até então não tinham contato com a marca ou com o produto, podem ser identificadas e ter sua primeira experiência de compra ou contato.

Público ideal

O tráfego pago amplia a segmentação no mercado. Permite atingir e identificar com precisão o público ideal para o seu anúncio. Qualquer tipo de negócio pode ter acesso à diversas segmentações e impulsionar o que mais se encaixa com a proposta da empresa.

Métricas

Além dessas ações, é possível ter acesso às métricas da campanha. As plataformas de anúncios disponibilizam os dados e realizam comparativos para entender o desempenho e as melhorias de cada campanha. O empreendedor pode monitorar de perto o tempo e a ação do usuário e como ele está aderindo às estratégias.

Retorno rápido

Os resultados das campanhas patrocinadas podem ser notados quase que de forma imediata. Ao contrário do investimento orgânico, mais pessoas são atingidas por aquela campanha, em consequência, mais retorno pode ser esperado. Com as métricas definidas, o desenvolvimento da ação se torna mais assertivo.

Além disso, pode ser medido por meio do investimento gasto e volume de pessoas que alcançaram o objetivo que o anunciante selecionou. Assim, ele tem a noção do quanto aquela oportunidade está custando.

Remarketing

O Remarketing é uma ferramenta criada pelo Google Adwords que possibilita a divulgação de anúncios para pessoas que já tiveram algum tipo de contato com o seu negócio. As campanhas podem ser veiculadas com diversas plataformas do meio digital, isso facilita ao anunciante uma visão mais ampla do público que tem acesso e uma maior chance de compra.

*Flávio Zamprone é gestor de tráfego pago da G Digital – startup de desenvolvimento de softwares para marketing e vendas que cresceu 20% em 2020.

Cashback deve fazer parte da estratégia de atração de clientes no e-commerce

por Felipe Rodrigues*

Um dos principais desafios para empresários e gestores de empresas que buscam no e-commerce uma estratégia eficaz para ampliação das vendas – e consequentemente do faturamento – tem relação com a atração de clientes para a loja online.

Atrair clientes para o e-commerce exige a adoção de uma série de medidas e de esforços. É importante ter tempo para dedicar ao desenvolvimento de um bom plano estratégico, que contemple ações de marketing de conteúdo, remarketing, um bom trabalho de SEO, desenvolvimento de promoções, incentivos para clientes que fizerem a primeira compra com cupons de descontos ou frete grátis, etc.

Felipe Rodrigues

Outra maneira de conseguir atrair clientes qualificados – e inclusive de fidelizá-los – é investir na participação de um bom programa de cashback. Esse sistema, que devolve parte do dinheiro das compras de volta ao consumidor, é muito popular nos Estados Unidos desde 1998 e vem ganhando força no varejo brasileiro. Essa certamente é uma estratégia interessante para atrair clientes, uma vez que a sua marca estará exposta em uma vitrine extremamente democrática, ao lado de marcas superfamosas e reconhecidas no mercado, mas que podem não oferecer um produto como o que você produz.

Dentro de uma plataforma de cashback, além disso, você já terá um fluxo de consumidores altamente qualificados, que estão acostumados a comprar online e que, em muitos casos, utilizam o e-commerce como um dos principais meios para a aquisição de uma série de itens. Ter esse público como cliente é extremamente interessante e fidelizá-los, quando se utiliza o cashback combinado com um bom atendimento, é uma vantagem importante para o negócio. Esse consumidor se sente motivado a voltar a comprar na loja para usar os valores recuperados. Esse estímulo acaba construindo um ciclo de compras, uma vez que o cliente enxerga os benefícios de maneira rápida e prática e, consequentemente, volta a comprar utilizando os valores que recebeu.

Uma pesquisa realizada pela Ebit Nielsen em parceria com a Elo aponta que as vendas online cresceram 47% apenas no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 38,8 bilhões. Nesse mesmo intervalo de tempo, estima-se que os cupons de descontos e o cashback movimentaram mais de R$ 1,5 bilhão. Apesar de ainda representar uma fatia pequena no varejo online, o cashback já começa a se apresentar como uma ferramenta com potencial e as marcas que oferecerem essa vantagem ao consumidor desde já tendem a colher bons frutos antecipadamente.

Também chamado de “compra inteligente”, o cashback traz uma vantagem interessante se comparado, por exemplo, aos programas de milhagem, em que o consumidor precisa acumular uma quantidade de pontos razoável para conseguir trocá-los por produtos e serviços relevantes em estabelecimentos pré-determinados. Ocorre que ao aderir ao cashback, o consumidor tem a liberdade de utilizar os valores em novas compras de forma quase imediata. É por isso que penso no cashback como um caminho sem volta. As chances de frustração do consumidor são minimizadas, uma vez que o uso do bônus acontece da maneira que o próprio consumidor escolher. Com esse mecanismo, atrair o consumidor e fidelizá-lo pode ser uma conquista feita em poucos cliques!

*Felipe Rodrigues é especialista em e-commerce, fundador e CEO do Meu DimDim, plataforma de cashback 100% brasileira – www.meudimdim.com.br

Fonte: Scaramella Press – Fabiana Scaramella

76% das empresas pretendem ampliar investimentos em marketing digital em 2021

Estratégia que ganhou força durante a pandemia se consolida como o “novo normal” do mercado

O marketing digital crescerá de importância no próximo ano como estratégia de vendas das empresas. É o que revela a pesquisa Estratégias de Marketing Digital para 2021, elaborada pela Adaction, veículo de comunicação especializado em ações de mídia digital e Inflr, startup especializada em ações com influenciadores digitais. De acordo com o levantamento, 76,19% dos gestores de marketing e executivos pretendem ampliar os investimentos em marketing digital em 2021. Foram ouvidas 2.100 pessoas durante o mês de novembro. “As pessoas estão cada vez mais conectadas. O marketing digital já supera 50% dos investimentos em campanhas por ser mais assertivo”, diz Thiago Cavalcante, diretor da Adaction e da Inflr.

Image by Gerd Altmann from Pixabay

Até 2023, mais de 60% dos orçamentos em publicidade devem ser alocados para o ambiente online. Enquanto mercados mais maduros já estão consolidados, o Brasil ainda tem um espaço considerável para crescer tanto em acesso como nas mídias. O País já é o sétimo mercado do mundo em marketing digital e deve fechar o ano movimentando algo perto de US$ 18 bilhões nessas plataformas.

“Estamos presenciando a consolidação do digital como estratégia para alcançar o grande público”, analisa Cavalcante. Segundo ele, o momento ainda é de aprendizado por parte das empresas, pois muitos iniciaram suas campanhas digitais em meio à urgência provocada pelo isolamento social.

Chama a atenção na pesquisa o fato de 42,86% dos entrevistados nem sempre mensurarem os retornos de suas campanhas digitais e outros 9,52% não fazerem questão disso. “Da noite para o dia, as empresas precisaram se reinventar. Quem não tinha presença digital precisou criar campanhas do zero para garantir a própria sobrevivência. Em 2021, este movimento será bem mais forte”, explica.

A análise de Cavalcante vai ao encontro de outro dado da pesquisa. Nem todas as empresas estão plenamente satisfeitas com os resultados obtidos em suas campanhas de marketing. Segundo o levantamento, somente 28,57% dos entrevistados se mostraram muito satisfeitos e outros 52,38% responderam que os resultados vieram dentro das expectativas. O restante declarou não ter obtido bons resultados.

Sobre as tendências para 2021, a maioria das empresas aposta na divulgação de conteúdo qualificado (38,1%). “A qualidade do marketing do conteúdo vai falar alto em 2021. É notório que o engajamento sempre dependeu e vai depender cada vez mais disto. E vai se destacar quem apresentar as melhores soluções às necessidades dos consumidores por meio da oferta de informação qualificada na hora certa”, diz Cavalcante. Outros 28,57% acreditam no uso de inteligência artificial como grande tendência para o próximo ano. “No atendimento ao cliente, por exemplo, a tecnologia é utilizada para automatizar os processos, bem como desenvolver robôs de atendimento ou assistentes virtuais – conhecidos como chatbot – para interagir com o cliente via chat de site, rede social e aplicativos, entre outros”, complementa. Os Webinars também são apontados por 19,05% dos entrevistados como forma de atingir o consumidor, seguidos pela integração entre e-commerce e redes sociais.

Com relação às redes sociais, 33,33% dos entrevistados afirmam não ter preferência por canal e apostam em todos como estratégia de marketing. Já aqueles que focam em alguma mídia específica, a maior parte (28,05%) acredita que o Linkedin é o melhor canal, seguido de Facebook e Instagram (19,05% cada).

A estratégia de remarketing deve ganhar peso em 2021. Ao serem perguntados sobre quanto do seu marketing de influência ajuda na estratégia de remarketing, a maioria dos participantes da pesquisa 57,14% responderam que um apoia o outro, pois ambos se complementam. Outros 28,57% afirmaram não saber mensurar e o restante acredita que são coisas distintas.

Marketing de influência

As empresas pretendem também ampliar seus investimentos no marketing de influência em 2021. Hoje, 77,77% declaram que esta estratégia tem peso grande ou médio em seus investimentos em marketing. Já a possibilidade de contratação de um influenciador para as campanhas é uma realidade para 42,86% dos gestores que participaram do levantamento. Outros 38,10% não descartam a possibilidade de contar com um. “Ao trabalharem com influenciadores, as marcas têm a oportunidade de investir menos recursos e conseguirem falar diretamente com quem realmente se interessa por seus produtos e serviços”, lembra Cavalcante.

Image by Gerd Altmann from Pixabay

Os dados da pesquisa são corroborados pelas perspectivas de mercado. As projeções são de que o TAM (mercado total endereçável) do marketing de influência vá bater a casa dos R $10 bilhões em 2021. Entende-se por TAM o total de receita disponível no mercado para serviços envolvendo influenciadores. “A tendência foi impulsionada pela pandemia, que consolidou de vez a era do boca a boca digital ao destacar o poder de divulgação na internet”, ressalta.

Sobre que tipo de influenciador digital contratariam, os entrevistados apostam em pessoas que se identifiquem com o propósito da empresa (35%) e com aqueles que tenham informação e conteúdo qualificado (30%). Outros tipos de influencers citados são aqueles com que os internautas se identificam por exibirem histórias reais (20%) e os mais maduros (15%). Os mais jovens não foram citados pelos entrevistados.

Fonte: Compliance Comunicação – Assessoria de Imprensa – Ana Borges