Estudo realizado pela SBVC revela que a quantidade de lojas de vestuário cresceu 6,8% no Brasil, após a pandemia

A Região Sudeste que concentra 42% da população do país, representa 46% do consumo de vestuário, afirma Estudo da SBVC

Segundo dados do Ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro 2022 da SBVC, em 2021 as 38 maiores redes de venda de Moda e que ainda incluem Calçados e Acessórios somaram cerca de R$ 73 bi, ou seja, algo como US$ 14 bi e que chegariam perto de 30% do mercado total. Isso apenas reforça também a importância das lojas individuais e pequenas redes na composição do mercado.

Imagem de FULVIO_TOGNON por Pixabay

Pensando neste cenário, a SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo e a Cognatis Inteligência Aplicada desenvolveram um Estudo com base no banco de dados sobre demografia, consumo e empresas e que reúnem mais de 3 mil variáveis, além da utilização de sua ferramenta de georreferenciamento, Nettool®. “Realizamos este estudo com o objetivo de dar uma visão geral de como se comporta a cadeia de consumo de moda no Brasil, assim como o que os consumidores compram e quanto gastam.”, comenta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

O estudo mostra que as Classes socioeconômicas A e B, totalizam 24,7% do total de domicílios no Brasil, porém consomem 42,2% do consumo de vestuário no país. Já para as Classes C, D e E, por sua vez totalizam 75,3% do total de domicílios, porém participam com apenas 57,7% no consumo de vestuário. Além disso a Região Sudeste que concentra 42% da população do país, representa 46% do consumo de vestuário.

O estudo também avaliou as categorias de vestuário, e concluiu que a participação do gasto com vestuário feminino decresce com a classe social e o gasto com vestuário infantil aumenta com o decréscimo da classe social, ou seja, a participação é inversamente proporcional ao poder aquisitivo das famílias.

Metodologia

O estudo avaliou mais de 3.000 variáveis de consumo, demográficas e de empresas do mercado varejista de moda no Brasil.

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC

Venda online de alimentos cai 27% e de eletrônicos aumenta 600% com o Brasil atingindo um ano de pandemia

Criteo divulgou dados sobre o comportamento de compras online no Brasil no último ano de isolamento social; a demanda por roupas e acessórios continua crescendo

Março marca um ano desde que o Brasil adotou oficialmente medidas de isolamento social devido ao aparecimento da Covid-19. Desde então, o uso do e-commerce cresceu exponencialmente, à medida que os brasileiros se voltaram para essa forma de fazer compras para atender suas necessidades no conforto de suas casas. Em abril de 2020, após o primeiro mês de isolamento social, snacks e chocolates tiveram o maior crescimento no consumo online no Brasil. Agora, um ano depois, as compras online de alimentos caíram 27%, enquanto outras categorias, como artigos esportivos, que teve queda em 2020, estão começando a crescer.

Criteo, a empresa de tecnologia global que fornece publicidade confiável e impactante aos profissionais de marketing do mundo, analisou os dados de transações dos últimos doze meses para compreender os efeitos que a Covid-19 teve nos hábitos de consumo no Brasil e nas categorias de produtos que continuam a ser comprados online.

Enquanto a demanda online por alimentos despencou, a venda de roupas e acessórios continuou a aumentar 23%, apesar dos longos meses de isolamento social. Especificamente, os dados da Criteo viram aumentos de + 227% nas compras de trajes de banho, + 113% em chaveiros, + 111% em anéis e + 95% em colares.

Ao contrário do que foi observado em 2020, a venda de artigos esportivos cresceu 127%, indicando que os brasileiros podem estar ansiosos para voltar a se exercitar ao ar livre ou até mesmo intensificar a rotina de exercícios em casa.

“A pandemia causou mudanças duradouras no comportamento do consumidor à medida que passamos de medidas altamente restritivas para medidas moderadas de isolamento social. Isso se reflete diretamente nas compras e canais de consumo escolhidos pelos brasileiros à medida que a pandemia evoluiu no ano passado. Dados os diversos níveis de conforto com as compras em lojas físicas, continuamos a ver os profissionais de marketing adaptando suas vendas e engajamento às estratégias omnichannel para atender o cliente onde ele está”, afirma Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo.

Eletrônicos e itens para casa com venda em alta

Ao comparar o mercado de vendas de comércio eletrônico de 2020 com as vendas de 2021, a Criteo descobriu que os dispositivos eletrônicos portáteis e produtos domésticos tiveram aumentos consideráveis.

Com os consumidores isolados em casa, muitos tiveram que adaptar suas áreas de estar para acomodar o trabalho em home office e espaços escolares. Devido a esta nova forma de viver, as vendas online de cadeiras e escrivaninhas continuaram a aumentar 142% e 125%, respectivamente, enquanto a compra de laptops aumentou 666% e a de tablets aumentou 492%. Isso continuou a aumentar à medida que muitos consumidores perceberam que continuarão trabalhando e estudando remotamente por um longo período de tempo.

No entanto, os dados da Criteo mostram que as vendas de produtos eletrônicos e domésticos não giram apenas em torno do trabalho e da escola. Os videogames e os televisores também registraram aumento no número de vendas, de 412% e 248%, respectivamente, à medida que as pessoas buscam formas de se divertir com segurança em casa.

Muitos consumidores também estão aproveitando para melhorar suas casas, resultando em um crescimento de 28% das vendas online no setor de decoração para casa, especificamente um aumento de + 272% em itens de cozinha, +188 em itens para sala de jantar, + 161% em prateleiras e +59 nas mesinhas de cabeceira.

Metodologia

A Criteo analisou dados comerciais de mais de 1000 clientes no Brasil de 15 a 28 de fevereiro de 2021 em comparação com 15 a 28 de fevereiro de 2020.

Fonte: Sherlock Communications – Marcos Paulo Neiva