A evolução dos consumidores: fique de olho.

A matéria de capa da Meio&Mensagem desta semana (data de capa 11 de abril) traz uma interessante entrevista com o presidente da Diageo no Brasil, Alexandre Louro. A Diageo mantém em seu portfolio marcas como Red Label (o Brasil é o maior mercado para esse produto atualmente), Johnnie Walker e Smirnoff.

A matéria trata basicamente do crescimento exponencial da empresa no Brasil. Mas, um dos pontos abordados pelo executivo ao longo da entrevista me chamou a atenção: a ascensão de pessoas para outras classes sociais. E por que se isso não é nada de tão novo asim? Porque ele aborda um aspecto importante e pouco comentado. Ele diz que, no momento, muito se fala do crescimento da classe C, mas que há excelentes outras oportunidades na ascensão de classes. Alexandre cita a grande migração de consumidores da classe C para a B e da B para a A. E de como esse movimento vai fazendo com que essas pessoas passem a consumir produtos e marcas as quais anteriormente não tinham acesso. Ele cita uma estimativa que dá conta de que em 2020 a classe A brasileira crescerá tanto quanto toda a população da França. E que dessa ascensão emergirá um impressionante poder de compra.

Alexandre Louro explica que, obviamente, é necessário ter atenção com a classe C em função do volume (de 30 a 40 milhões de consumidores), mas que uma classe A onde teremos três milhões de novos consumidores é algo que não pode ser posto de lado. É bastante consumo. E consumo de produtos que podem oferecer maior margem de lucro às empresas.

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Ao pensar sobre tudo isso cheguei a conclusão que, após vários anos de história de crise econômicas e imobilidade social, o Brasil apresenta um mercado consumidor diversificado e em franco crescimento, o que abre possibilidades novas para praticamente todos os níveis de produtos/serviços/marcas.

Para quem trabalha com propaganda e marketing está na hora de por essa conversa na pauta diária de seus anunciantes e/ou empresas. E de modo rápido. As marcas que chegarem primeiro a uma nova posição na mente e no coração dos novos consumidores certamente se estabelecerão por lá um bom tempo, pois foram as primeiras a reconhecer o novo status das pessoas. E gente adora ser reconhecida e valorizada, não é?!

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