Pesquisa coletou dados junto às entidades representativas para entender níveis de atuação, desafios e perspectivas para amparar políticas para o setor
Um terço das entidades de audiovisual do Brasil está concentrada no estado de São Paulo. Apesar da concentração geográfica, 48% têm atuação de abrangência nacional. Além disso, todas as 27 unidades da federação têm ao menos uma entidade atuando, mesmo que sediada em outro estado; 31% das entidades atuam também fora do País. Esses são alguns dos dados levantados pelo Mapeamento das Entidades Representativas do Setor Audiovisual no Brasil, finalizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e disponível aqui.
O documento, desenvolvido pela professora Alessandra Meleiro, do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da Universidade, foi lançado, na Expocine 2022, em São Paulo, no último dia 22 de setembro. Segundo a pesquisadora responsável, a etapa quantitativa do Mapeamento foi realizada entre dezembro de 2021 e março de 2022. “As informações obtidas são de extrema importância para identificar os tipos e níveis de atuação das entidades do setor audiovisual, de forma a fornecer subsídios para a formulação de diretrizes e políticas para um aperfeiçoamento da ação pública destas entidades no País e no município de São Paulo”, comenta a docente.
O Mapeamento coletou informações das entidades representativas do setor audiovisual (Associações, Sindicatos Patronais, Sindicatos dos Técnicos, Coletivos, Fóruns, Conselhos de Cultura, dentre outras – formalizadas ou não), de todos os níveis de abrangência (nacionais, regionais, estaduais, municipais) e de todos os elos da cadeia produtiva do setor audiovisual.
Objetivos
O Mapeamento buscou, entre outros pontos, identificar quantas e quais são as entidades, a quem representam e como se articulam/articularam; buscou também entender os perfis de atuação, suas principais características e contribuições para o setor; analisar a sustentabilidade econômica das entidades; e avaliar a crise vivida no setor, em especial o impacto da pandemia do Covid-19 e as articulações em torno da Lei Aldir Blanc de apoio à cultura.
O documento ainda traça as perspectivas futuras e a agenda de pautas das entidades (em curto, médio e longo prazos), bem como identifica os principais desafios do setor, as articulações políticas e os níveis de ação de advocacy (conjunto de ações que visa influenciar ou implementar políticas públicas que atendam às necessidades do setor audiovisual), nos âmbitos municipal, estadual e federal. Por fim, o estudo buscou identificar os níveis de atuação das entidades que operam no município de São Paulo com a Spcine (Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo).
A iniciativa contou com o apoio do Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual (CENA) da UFSCar e com o patrocínio da Spcine, empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, vinculada à Prefeitura do município. O Mapeamento das Entidades Representativas do Setor Audiovisual no Brasil pode ser acessado na íntegra neste link ou no site. Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente com a professora Alessandra Meleiro, pelo e-mail ameleiro@iniciativacultural.org.br.
Fonte: UFSCAR – Denise Britto