Apesar dos avanços tecnológicos, SMS ainda reina no mercado mobile
No universo do marketing, apesar de toda a evolução promovida por aplicativos para plataformas móveis como iPhone e iPad, o SMS via celular ainda é uma ferramenta de mídia muito eficaz para levar uma mensagem ao consumidor a qualquer hora e em qualquer lugar. Ao bom e velho torpedo são dedicados muitos esforços de mídia comandados por Paulo Henrique Ferreira, gerente executivo de mídias digitais do Grupo Lance! e por Mariana Miranda, head of sales da agência Hanzo Rio.
“É a única mídia que está 24 horas com o cliente”, ressalta a publicitária no evento ‘Mobile marketing e a interatividade digital’, promovido pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AmCham Rio), em 6 de abril. Para Paulo Henrique, explorar as potencialidade do SMS está entre as prioridades da unidade de negócio digital do Lance!, que engloba o Portal L! Mobile, versão web do serviço de distribuição de conteúdo esportivo via celular. “O desafio é ser sempre mais criativo, investir em ações de interatividade e estimular esse canal.”
As estratégias das ações de mobile marketing têm abraçado com entusiasmo as possibilidades oferecidas por tablets – em 2010, foram vendidos 100 mil no Brasil – e smartphones – o país fechou fevereiro com 22 milhões de telefones 3G –, mas as vantagens do Short Message Service, segundo os convidados do encontro, são maiores. “Além de alcançar o consumidor até no momento da compra, é possível escolher a faixa horária em que a mensagem será enviada, seleção do target de acordo com o perfil desejado, além da máxima atenção do cliente no recebimento do SMS”, lista Mariana. “O SMS é a principal experiência bem-sucedida de conteúdo pago”, completa o executivo do Lance!.
Paulo Henrique e Mariana destacam em uníssono a preocupação com a qualidade do conteúdo e a relevância da mensagem, levando em conta que é um serviço cobrado e pode ser considerado invasivo. “Há um compromisso com o leitor de nunca deixar o envio no ‘piloto automático’. Mantemos três profissionais que editam o conteúdo para SMS, Portal L! Mobile e outras editorias”.
O cuidado com a relevância da mensagem pode ser ainda maior nas ações publicitárias voltadas para a mídia móvel, uma plataforma de comunicação direta com os consumidores. “O celular é um objeto muito pessoal e é fácil o usuário sentir que sua privacidade foi invadida”, lembra Mariana.
A responsável por novos negócios da Hanzo citou números da recente pesquisa Monitor Acision 2011 indicando que 89% dos usuários entrevistados afirmaram ter recebido mensagens com algum tipo de propaganda. O mesmo estudo apontou que 79,1% dos consultados afirmaram estar dispostos a receber mensagens em seus celulares, desde que sua privacidade seja respeitada. O maior receio é de que a campanha seja identificada como spam e rejeitada pelo usuário. Hoje, de acordo com resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras de telefonia estão proibidas de enviar mensagens sem autorização do cliente, o chamado ‘opt-in’.
Para Mariana, além de garantir a relevância da mensagem, os desafios para os criadores de campanhas de marketing que utilizam essa mídia incluem lidar com os consumidores como indivíduos e não como massa, fazer o melhor uso dos benefícios do celular, além de compreender melhor o papel do celular no marketing mix. “Não dá mais para pensar no celular apenas como a ‘cereja do bolo’ das ações”, afirma.
Fonte: http://www.nosdacomunicacao.com/