Comunicação onde o público está
O homem nunca foi poste. É verdade! Sempre se moveu e se mudou. No início mudava mais, sempre em busca de caça. Depois fixou-se um pouco mais ao aprender a plantar seus alimentos. Depois vieram as cidades. A civilização. E a evolução dos meios de transporte: animais, trens, carros, barcos e navios, aviões.
O ser humano passou a viver essencialmente em grandes concentrações urbanas e o tempo tornou-se um bem raro. Enviar mensagens publicitárias que consigam estabelecer diálogo eficiente com os diferentes públicos alvo ficou extremamente difícil.
A propaganda em dispositivos móveis pode contatar o consumidor naqueles momentos em que ele não estaria disponível em/para outras mídias. Pode contatar o público naqueles momentos que passamos a chamar de microtédio – filas, elevadores, salas de espera, intervalos entre uma atividade e outra etc. Isso a torna interessantíssima a ponto de muitos apostarem fortemente em seu crescimento, a ponto de considerá-la a bola da vez.
Interação, engajamento, alto nível de resposta e atenção voluntária são aspectos positivos que merecem destaque no mobile marketing. Entretanto, o terreno é fértil, mas ainda pouco conhecido. Todos estão aprendendo: clientes/anunciantes, agências de comunicação, agências digitais e operadoras de serviços móveis.
O crescimento exponencial na venda de smartphones no Brasil associada à venda significativa de tablets, torna ainda mais atrativa a publicidade móvel. Inclusive para campanhas voltadas para a classe C.
A revista PróXXIma (publicação do Grupo Meio&Mensagem), em sua última edição, traz um excelente panorama do mobile marketing no Brasil. A matéria aborda agências especializadas, clientes, agências “convencionais”, operadoras de telefonia celular, enfim, ouve todos os players deste emergente e já bastante importante setor. A matéria traz números que ilustram bem essa importância. É leitura obrigatória para quem quer ficar antenado com o que acontece de mais novo no mundo da comunicação mercadológica.
O bacana da publicidade móvel é que há soluções aplicáveis a todos os portes de anunciantes. Há espaço para a aplicação do mobile marketing em campanhas regionais de comunicação. Podem ser criadas ações extremamente dirigidas e focadas tanto em promoção como em institucional e fidelização.
A aposta é que 2012 é o ano do mobile no Brasil. O cenário está pronto. Já há demanda e dinheiro suficientes para gerar uma massa de investimento no setor. Vamos ver se os atores estarão dispostos a encenar com grandeza esse novo ato da comunicação. Afinal de contas, o homem continua não sendo poste.