Por trás do óbvio: como o marketing quebra padrões para transformar indústrias inteiras
Maitê Andrine
Todo mundo adora uma boa disrupção — pelo menos quando olha de fora. Mas por trás de cada grande mudança de mercado, há um ingrediente essencial que muitas vezes passa despercebido: o marketing. Ele não é apenas sobre vender, mas sobre provocar transformações, desafiar o status quo e reescrever as regras do jogo.
Quer um exemplo? Pense na Tesla. Quando a empresa surgiu, não bastava fabricar carros elétricos; era preciso mudar a mentalidade do consumidor, desafiar um modelo de negócios consolidado e transformar tecnologia em desejo. Em vez de seguir a cartilha tradicional de publicidade em massa e vendas por concessionárias, a Tesla apostou no relacionamento direto com o público, na construção de comunidade e no poder da narrativa. E deu certo.
Então, como o marketing pode quebrar padrões?
Se tem algo que aprendi observando as grandes marcas é que inovação sem estratégia é só uma boa ideia sem impacto. O marketing disruptivo precisa de alguns elementos-chave:
1. Questionar o óbvio – Toda indústria tem regras implícitas. Os mais ousados são aqueles que olham para essas normas e perguntam: “E se fosse diferente?” O Nubank fez isso ao tirar a burocracia dos bancos e transformar a experiência do cliente.
2. Se conectar com valores reais – As pessoas não compram apenas produtos, compram ideias, estilos de vida, propósitos. Um estudo do Boston Consulting Group revelou que 70% das decisões de compra globais são influenciadas por valores ESG. Ou seja, marcas que se posicionam de forma autêntica saem na frente.
3. Ser uma conversa, não um monólogo – No mundo hiperconectado de hoje, consumidores querem participar. O marketing deixou de ser sobre empurrar mensagens e passou a ser sobre engajamento genuíno. Marcas que entendem isso transformam clientes em embaixadores.
4. Estar sempre um passo à frente – Quebrar padrões exige inovação constante. O mercado não perdoa quem se acomoda. A Tesla, por exemplo, manteve seus carros em evolução contínua com atualizações de software que melhoram a experiência do usuário sem que ele precise trocar de veículo.
Mais do que vender, influenciar culturas
O marketing que faz história não se limita a conversões e faturamento. Ele molda comportamentos, inspira mudanças e redefine o que é possível. Grandes marcas não apenas acompanham o futuro — elas o constroem.
E aí, que padrões você está pronto para desafiar?