Como será o amanhã, responda quem puder…
Já estamos no início de novembro. Para quem não lembra é o penúltimo mês do ano (rs). Estamos, portanto, definitivamente na reta final de 2014. Tenho ouvido e lido muita gente do setor de comunicação reclamando deste ano de Copa do Mundo e eleições (e que eleições). Parece que 2014 realmente não foi um ano fácil para quem trabalha com negócios ligados à propaganda e comunicação.
Como é sempre importante olhar para a frente fico aqui remoendo como será 2015. A economia termina este ano na UTI. Crescimento quase zero, inflação, rombo nas contas do governo federal e de vários estados, capacidade de atrair investimentos muito prejudicada pela perda de confiança. Como será que as coisas vão ficar para a propaganda, o marketing e a comunicação? Há, sabemos, aquele velho discurso de que a primeira verba que se corta ou reduz é a de propaganda quando as coisas não vão bem. Será que isso ainda é verdadeiro?
O fato é que o consumo caiu bastante de ritmo e que as marcas e fabricantes já demonstram enorme preocupação. O varejo deu sinais de perda de fôlego nos últimos dois meses. O crédito, com o recente aumento da taxa de juros básica (a tal da SELIC), vai ficar caro. O anunciante vai partir para cima do mercado investindo para conseguir os raros recursos dos consumidores ou vai se retrair e esperar que tudo melhore?
Particularmente aposto em um 2015 bastante complicado para nosso setor, com algumas ilhas de prosperidade aqui e ali. Ao mesmo tempo torço para errar totalmente essa previsão.
Não gosto de exercícios de futurologia de final de ano, mas o ano que virá após Natal e Revellion é intrigante. Desperta nossa imaginação. Principalmente se somarmos ao quadro econômico o quadro político. É inegável que o país saiu dividido do pleito à presidência. Tentar antecipar o quanto isso impactará o andamento dos investimentos e o humor da economia é complicado!
A indústria da propaganda vem tentando se adaptar às mudanças de cenário e buscado implementar novos modelos de negócio. Será que esses modelos ainda novos, em alguns casos, resistem a um período de estagnação da economia?
Sim, este artigo tem muitas perguntas e talvez nenhuma resposta. Mas a ideia é provocar mesmo. Não é responder!
Teremos que ficar ainda mais atentos aos modelos de nossos negócios e seus processos. Cuidar muito da gestão e ficar de olho em oportunidades que possam surgir. Não podemos mesmo antecipar o amanhã, mas podemos trabalhar pesado para que ele não nos surpreenda totalmente.