The Hitchhiker’s Guide to the Clube de Criação
Estagiário da Agência de Comunicação Integrada na UNITAU, 6º semestre de publicidade e propaganda, 20 anos. Olá! Sou Renan Ávila, e como correspondente do Vale Publicitando no Clube de Criação e passageiro de primeira viagem em Sampa, devo dizer: primeiramente, NÃO ENTRE EM PÂNICO se você perdeu esta edição. Mas você publicitário que ainda não conhece o clube, converse com o embaixador da sua universidade!
Como são 3 dias de evento, decidi ficar por São Paulo mesmo na casa de uma amiga, mas se você não tem nenhum conhecido por lá que possa te hospedar, o Airbnb tem quartos à oferta por até R$19 o pernoite dependendo da localização. Se ainda te assusta passar uns dias no quarto da casa de desconhecidos, Hostels também são uma opção.
Para começar, logo na abertura do festival tivemos Clarice Falcão e Adriana Falcão, mãe e filha correndo contra o tempo do painel pra contar sobre a trajetória de suas vidas. Correr também é outra atividade que se faz durante o festival, porque não há tempo pra descansar, comer, apreciar as exposições, mostrar a pasta, participar dos workshops, ir ao banheiro ou pegar todos os brindes que se vê pela frente. No fim das contas, algumas palestras terão de ser sacrificadas para que se possa aproveitar o evento como um todo, até porque o preço do ingresso é bem salgado, mas admito que valeu cada centavo.
No sábado logo depois da abertura, teve “Enquanto procuram o novo, o bom anda sumido” com Rynaldo Gondim (Diretor de Criação de Grupo de Contas da Almap BBDO) que comentou sobre a importância da ideia e da relação cliente/agência ressaltando que “Em algum momento, paramos de dizer o que pensamos e falamos apenas o que o cliente quer ouvir. Temos anunciantes querendo apenas ‘não errar’ e criativos querendo fazer campanha que faça sucesso na sala de reunião.”
Logo depois parti para “Produção de conteúdo audiovisual para um mundo multi tela”, onde foram abordados novos jeitos de produção de conteúdo transmídia e uma discussão sobre novos usos para a segunda tela.
Para participar dos workshops que acontecem durante o evento, é necessário se inscrever antecipadamente pois as vagas são limitadas, mas se você ficar por perto e atento caso a sala não lotar, dá pra entrar numa boa. Às 17h rolou o workshop “Tenha ideias. Fique rico. Seja Famoso. Agora.” Com Marcelo Costa e Christiano Abrahao que ensinaram um processo de brainstorm para lapidar ideias e fazer com que elas funcionem.
Depois do evento que se prolongou até as 23h, é hora de voltar pra casa. Mas caso ache que não vai dar tempo de chegar até o metrô antes da meia noite, chama um Uber! O serviço passou a aceitar dinheiro desde julho e no Uber Pool sai por uns R$6 a viagem.
No domingo teve “Por que somos tão poucas na criação das agências?”, um debate com Joanna Monteiro (CCO – FCB Brasil – Mediadora); Juliana Constantino (Creative Strategist – Instagram); Laura Esteves (Diretora de Criação – Y&R);Andreia Barion (Diretora de Criação – WMcCann); Gabriella Marcatto (Assistente de Arte – JWT) que nos mostrou de relance a realidade delas nas agências e suas experiências.
Em seguida, acompanhei “O humor nos tempos de cólera”, um papo super descontraído e bem humorado com Carlão Busato (Diretor de Cena – Hungry Man – Mediador); Cláudio Manoel (Casseta e Planeta); Angela Dippe (Atriz e Comediante); Paulo Tiefenthaler (Larica Total, Terminadores); Marcelo Zorzanelli (Cocriador – Site Sensacionalista); Marcelo Marrom (Humorista – Multishow), neste painel, o roteiro foi literalmente jogado pelos ares, o que rendeu muitas piadas posteriormente.
Um pouco depois era hora de “WTF R U GUYS DOING?” com Fernando Machado (Senior Vice President Global Brand Management – Burger King – EUA) em que entendemos como foi a remodelação da identidade visual da marca, contando inclusive com comentários de cases famosos como o polêmico McWhopper no Peace One Day.
No fim da noite, todos famintos querendo um Burger King, e nenhum por perto… Procuramos no Google um lugar que fosse bom e barato, mas parecia que todos os lugares que achamos ficavam no fim do universo. Estava junto com os embaixadores e fomos para um barzinho próximo à Cinemateca Brasileira, onde um espetinho era R$7,90. Ficamos por lá, com peso na consciência, dor no bolso, e tirando muito sarro daqueles preços. E quando o garçom chegou para perguntar o que iríamos pedir, ainda estávamos fazendo piada dizendo: “E se pedirmos dois espetinhos e uma água? Pode até ser da torneira que não ligo!”. Enfim, não passamos fome. Mas caso fique em dúvida de onde comer, é melhor checar o iFood antes ou até rachar uma pizza entre os amigos.
Enfim segunda-feira. Último dia de evento. Todos exaustos. Neste dia decidi adotar outra estratégia para acompanhar o máximo de palestras possíveis. Resolvi ficar na área aberta, onde havia pufes confortáveis e disputadíssimos para acompanhar os streamings de todas as palestras tanto da sala Facebook como da sala Globosat. Bem, minha estratégia não deu muito certo, porque consegui um puff no melhor lugar, mas de tão confortável e de tão exausto que estava, cai no sono. Mas a palestra de Stephan Moritz da Mokoh Music abordou “Como produzir som padrão internacional de forma colaborativa e bem resolvida”. Ele também mostrou alguns cases como o da Sony Bravia onde foi usado um acústico da música Firestone (Kygo) e comentou também o caso das músicas lançadas em campanhas acabarem caindo no gosto e bombando nas rádios.
Entre outras atrações, no fim do dia houve a premiação do 40º anuário. Em resumo, isso foi o que mais gostei no Festival do Clube de Criação. Foi sensacional. E parando pra fazer as contas aqui: Ingresso: R$195; Transporte: R$42; Alimentação: R$200; Ver seu amigo ganhar prata na categoria estudante do anuário: Não tem preço. Parabéns, Breno.
Ano que vem já quero ir de novo. Recomendo à todos criativos irem pelo menos uma vez. Agora é tarde. Esperem por 2017. Até lá, “Até mais, e obrigado pelos peixes!”.