Crise de credibilidade e ética
Pela primeira vez desde que iniciei esse blog publiquei uma informação falsa. E não porque quis. Fui levado a isso. Cometi o erro de não checar a fonte e a informação. Acreditei totalmente na informação que me foi dada. E acreditei por sempre ter contado com a colaboração honesta e ética do mercado de comunicação do Vale do Paraíba e, recentemente, do mercado nacional de propaganda. Pois, sim, esse blog vem recebendo releases de vários pontos do país e tem selecionado algumas informações para serem publicadas de acordo com sua relevância, uma vez que o foco é o mercado regional e não o nacional.
Voltando a vaca fria: fui enganado. A pessoa que me passou a informação a respeito do fechamento da Box Criativo (veja matéria anterior no Publicitando) faltou com a verdade e deve responder por tal ato. E isso me levou a pensar na crise de ética e credibilidade que vivemos no país. Levou-me a pensar em como está faltando honestidade, responsabilidade e ética na condução das relações pessoais e profissionais. E até nas empresariais.
Assistimos a notícias de escândalos e prisões pela TV e pela internet todos os dias.Lemos diariamente nos jornais. Acompanhamos pelas revistas. O país vive uma crise ética que destrói sua imagem e derruba de maneira violenta sua reputação internacional. Esse conjunto de notícias de corrupção, propinas e atos ilícitos joga no chão a credibilidade do Brasil. Limita e restringe, deste modo, os investimentos internacionais em nossa – já combalida – economia.
Em meio aos escândalos e prisões vimos a notícia da prisão de um publicitário de uma grande agência de São Paulo suspeita de envolvimento no repasse de propinas. Um golpe duro na imagem da profissão de publicitário. Um arranhão fundo na imagem da indústria de propaganda. Aliás, mais um: já vivenciamos isso no Mensalão, quando duas agências foram amplamente envolvidas.
A comunicação, de modo geral, trabalha na construção de uma boa imagem, de uma boa reputação. Quando pessoas e empresas que têm como missão construir e manter imagens positivas de clientes faltam com a ética e a verdade temos um péssimo sinal, um indicativo negativo do momento ético atual.
Hoje disse em sala de aula que independente de tudo isso os bons cidadãos e profissionais devem levantar a cabeça, estufar o peito e seguir fazendo o certo. Pregando o correto. Agindo de maneira correta. Devemos ser justos, éticos, honestos em nossos relacionamentos pessoais e profissionais. E, agindo assim, influenciar a todos que convivem pessoal e profissionalmente conosco. É uma corrente do bem, verdadeiramente. Uma corrente da ética e da honestidade.
Temos que seguir de cabeça erguida e certos de que é possível melhorar tudo a nossa volta fazendo o que é certo! Mesmo que nos mintam, que nos enganem. Que abusem de nossa fé e boa vontade. Não importa! O certo é o certo. E ponto!
Como já disse (escrevi) antes: é hora dos bons. O país e suas instituições não melhorarão em um click. Não!!! Só a partir da vontade e das ações de quem é bom e ético é que as coisas poderão, de verdade, mudar!
Eu estou nessa! E vou seguir nessa!!! Podem me chamar e até me fazer de bobo em algumas ocasiões. Não importa. Sigo em frente mesmo assim.