Precisamos falar sobre colaboração
Transformação digital e ambiente hiperconectado pedem uma mudança cultural na forma como, hoje, as empresas se organizam para trabalhar. E essa é uma boa notícia
por Rodrigo Coppola
A inércia, lei descrita no século 17 pelo físico Isaac Newton, talvez seja um dos principais freios da inovação tecnológica. A tendência de se manter a trajetória a uma mesma velocidade não é restrita somente a objetos em movimento, mas à organização social como um todo. Trazer inovação passa, portanto, pela transposição de barreiras culturais. E os temas colaboração e transformação digital estão, exatamente, nesse estágio: o de vencer as forças que visam manter o status quo.
Primeiramente, é preciso entender do que se trata, efetivamente, a transformação digital. Essa tendência tem como base a forma como as pessoas interagem com o mundo em todos os aspectos, seja em sua vida profissional, seja na pessoal, graças à capacidade quase irrestrita de conexão, mobilidade, cloud computing e acesso facilitado à informação.
Colaboração, por sua vez, ganha cada vez mais força em um ambiente hiperconectado. O que no passado dependia de reuniões ou encontros presenciais para ser debatido, hoje, ocorre quase que sem barreiras, independentemente de onde as pessoas estejam: conectado à internet, qualquer aparelho pode permitir troca de ideias com ajuda de soluções de áudio, videoconferência e outras tecnologias que permitem a interação entre as pessoas. Mas isso é apenas o começo.
Abraçar a colaboração é muito mais do que implantar uma solução: trata-se de uma nova maneira de estruturar a organização. Isso reflete no ambiente de trabalho – como é o caso dos workspaces do futuro, que explorem os benefícios da comunicação unificada e contenham soluções de conferência, como serviços de reuniões via web e vídeos fáceis de usar, com áudio interativo, e ferramentas que amparam as dinâmicas entre os funcionários – como ocorre com as comunicações unificadas – uma convergência de tecnologias que une todos os meios e dispositivos de comunicação e mídia, sejam eles de voz, texto ou vídeo. Tudo isso para permitir que os colaboradores se comuniquem com mais efetividade e criem uma dinâmica de trabalho mais produtiva.
Mas como mudar o status quo?
Para que a inovação supere a inércia e consiga derrubar as barreiras que impedem o posicionamento digital das organizações, é preciso que sejam vistas vantagens de uma transição. Qualquer adoção de nova tecnologia deve ser feita após uma profunda avaliação do negócio e o entendimento de seus pontos positivos – cenário que é avaliado caso a caso, dependendo da realidade de cada empresa. Mas uma coisa é certa: no médio prazo, a pressão, que já é feita, hoje, pelos clientes, virá de dentro da própria empresa. E com força: a Deloitte estima que até 2020, cerca de 75% da força de trabalho mundial será formada por Millennials.
Esse grupo já está inserido, a partir de suas experiências digitais, no ambiente hiperconectado proporcionado pela transformação digital. A produtividade do negócio dependerá disso. Por isso, antes que seja tarde demais, precisamos falar sobre colaboração.
*Rodrigo Coppola é Gerente de Desenvolvimento de Negócios de Colaboração para América Latina na Orange Business Services.
Fonte: About.com – Danilo Fernandez
É incrível que tem gente que não se deu conta disso ainda. Justo os publicitários/comunicadores, aqueles seres antenados, moderninhos e porque não usar um termo antigo… “prafrentex”? Conectamos o trabalho mas tem gente que ainda prefere usar papel, fazer reunião… e olha que não estou falando só de profissionais de agência. Tente reunir um grupo na universidade pra fazer um trabalho online, ou criar um documento que sirva de brainstorm pra várias pessoas colaborarem, sai até briga. Justo entre os millennials, aqueles bebês que já nasceram conectados. “Novo” e “moderno” não são a mesma coisa. E portfolio então… tem estudante (e até profissional) que ainda não tem currículo/portfolio em plataforma online! Isso porque dá pra ter um site sem pagar nada. Acorda galera!
Infelizmente é verdade, Jair. Temos muito que caminhar neste sentido ainda.