Sem diálogo, não existe relação
Sabe quando você analisa aquele casal conhecido que não consegue estabelecer um diálogo e pensa: Hum, essa relação não vai longe. Talvez essa seja a realidade da comunicação das empresas com seus empregados. Sabe aquela relação que só existe por obrigação? É triste, não é?
A Comunicação Interna, além de tudo que já escrevi nos outros posts, precisa ser mais que uma emissora de mensagens. Ela precisa provocar reflexões e estabelecer um diálogo com os empregados. Hoje em dia, quase ninguém é mais (só) ouvinte. São todos emissores. E tem mais: quem sustenta uma relação apenas por obrigação?
Os perfis profissionais mudaram. São diversas gerações coexistindo no mercado, porém todo mundo quer participar e sentir-se parte do todo. Falar, opinar, construir e ter convicção de que está sendo ouvido. Logo, se a comunicação da sua empresa não abrir espaço para o diálogo, esqueça o engajamento.
Fala-se muito de ambientes e processos colaborativos no mundo corporativo. Em comunicação, também falamos muito de colaboração. Comunicação Interna não vai escapar! O desafio é grande, pois quando se abre espaço para o diálogo é preciso ouvir coisas que nem sempre estamos dispostos (como empresas). E, mais que ouvir, as empresas precisam se posicionar e também dialogar. Logo, a liderança precisa estar cada vez mais preparada em sua função de comunicar e alinhada ao discurso institucional.
Outra parte do desafio é como estabelecer esse diálogo. Quais canais usar? Como usá-los? Sem dúvida, a comunicação face a face sai na frente. Mas ela não dá conta do trabalho sozinha. É preciso repensar os processos de comunicação das empresas com os empregados, garantir mais voz aos funcionários, pensar em canais mais colaborativos e realmente discutir essa relação. Antes que a situação chegue ao limite.