Coluna {De dentro pra fora}

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A pirâmide das necessidades profissionais

Lembra de Maslow com a hierarquia das necessidades humanas, a famosa pirâmide? Então, Roger D‘Aprix, profissional de comunicação super respeitado e escritor (Communicating for Change: Conectando o local de trabalho com o mercado e The Credible Company: Comunicar com a força de trabalho cética de hoje), aventurou-se a definir as necessidades de informações dos empregados.

Hoje, discutimos muito sobre a importância de uma comunicação estratégica, quais assuntos devem estar em pauta e se não estamos investindo energia para demandas sem relevância para o negócio. Tudo isso é muito preocupante, porém acredito que exista uma necessidade de informação ainda anterior a tudo isso. E é aí que o D’Aprix entra com sua listinha.

• Qual é o meu trabalho?

• Como estou indo?

• Quem se importa?

• Como estamos nos saindo?

 • Para onde estamos indo?

• Como posso ajudar?

Para não me estender muito, vou resumir em mais reflexões:

• Os funcionários têm clareza sobre o que é esperado deles?

• Eles recebem feedbacks?

• Eles são reconhecidos, têm um plano de desenvolvimento?

• Eles sabem como o trabalho individual é importante para o time e os resultados da empresa?

• Eles conhecem a estratégia da empresa para o futuro?

• Eles sabem como podem colaborar para essa estratégia?

Essas reflexões fazem parte da análise de D’Aprix e são muito coerentes para as nossas preocupações atuais. Não adianta querermos uma comunicação estratégia se nossos públicos ainda nem têm clareza sobre seu trabalho, se eles não recebem feedback. Para seu próximo planejamento, que tal começar pelas necessidades básicas do público interno?

Coluna {De dentro pra fora}

O fim do corporativês na Comunicação Corporativa

Vitor 2016

Vai ter post de linguagem de novo. De linguagem, de formato, de brand persona.

Nos últimos meses, vários clientes quiseram trocar ideias sobre formato de veículos/canais e a abordagem que usam em seus conteúdos.

A gente tende a ter uma visão bem quadradinha de comunicação corporativa. Você já pode descontrui-la totalmente, pois tudo tem mudado rápido e consideravelmente.

Nessa discussão, acho importante considerarmos dois pontos: os canais e a linguagem.

• Os canais estão se aproximando do comportamento cotidiano do nosso público interno. Redes corporativas, grupos fechados no Facebook, Instagram, grupos no WhatsApp (com muitas ressalvas e atenção, ok? Polêmicos!) e até as queridinhas publicações estão ganhando formatos digitais, como revistas eletrônicas (cheias de interatividade) e aplicativos. Yes!

• A linguagem está cada dia mais leve. Os textos pesados e com estruturas “certinhas” estão perdendo espaço para os textos informais. Muito mais próximos e convidativos.
O conteúdo ganhou uma abordagem mais humanizada, ou seja, fala-se de estratégia, mas com foco nas pessoas, considera a opinião do leitor, busca pautas que sejam interessantes para o empregado e se estabelece um diálogo.

Antes a gente escrevia textos jornalísticos tradicionais. Hoje, a gente escreve memes!

Esses dois pontos me lembram uma técnica que eu gosto muito de aplicar em CI: Brand Persona. Uma Brand Persona corporativa não pode mais ser chatinha. A gente ainda tem segmentos bem tradicionais, mas em geral a Comunicação Corporativa acompanhou as necessidades de relacionamento de todos nós. Então, ao definir a personalidade de sua marca, os comportamentos dela, o modo de falar com os públicos, os atributos, características e interesses, lembre-se de que o mundo passa por discussões importantes sobre preconceito, empoderamento, democracia e muitos outros.

Não existe espaço para mais uma marquinha. É preciso ser uma grande marca. E grandes marcas ficam longe do café com leite.

Ficou interessado na história do Whats? Cadastre-se neste estudo: http://www.comunicacaocomempregados.com.br/#!whatsapp/cdec

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A era do Menos é Mais

Vitor coluna

Acompanho muitas discussões sobre estarmos em crise ou não. Vou aproveitar o embalo para outra provocação: menos é mais. Já ouvi tanto isso, em tantos contextos diferentes. O que seria menos é mais? Menos verba é mais. Menos tempo é mais. Menos equipe é mais. Menos atenção é mais. Menos inteligência é mais. Menos texto é mais. (?)

Essa ideia ganhou tanta força que ultrapassou as barreiras da comunicação. Na vida, no mundo, no dia a dia somos levados pelo menos é mais. É preciso entregar mais com menos tempo. É preciso pagar mais com menos dinheiro. É preciso mais resultado com menos investimento. É preciso mais qualificação com menos dedicação. Está difícil fechar essa conta, gente!

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Não vamos repetir os mesmos erros. Principalmente em “momentos difíceis”, menos não é mais em Comunicação. Ainda mais em Comunicação Interna. Por que tais decisões foram tomadas? Por que o plano de saúde mudou? Por que a porcentagem de comissão caiu? Por que não batemos a meta? Por que a equipe foi reformulada? As mudanças geram ainda mais ruídos nas crises, por isso as pessoas precisam entender claramente cada decisão. Como? Com uma comunicação transparente e efetiva com os empregados. Ela ajuda a garantir a saúde da organização e a reduzir as informações distorcidas. Além disso, esse diálogo aberto com o funcionário aumenta a credibilidade da empresa e deixa esse relacionamento mais forte. Não se deixe enganar: nem sempre menos é mais.

Já pensou se nossos políticos tivessem uma comunicação aberta e transparente com a comunidade, detalhando cada decisão e seus impactos? Teríamos menos dúvidas e mais confiança. Vamos criar um movimento pelo fim da Era do Menos é Mais?