Queda de fronteira

As barreiras e fronteiras estão caindo

Na última quarta feira aconteceu o Ciclo de Comunicação 2017 no Departamento de Comunicação Social da Unitau. Este evento tem como finalidade aproximar ainda mais os alunos dos cursos de jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas do mercado de trabalho.

Acompanhei mais de perto os eventos do Ciclo destinados ao curso de publicidade e propaganda, uma vez que, como talvez a maior parte de vocês saiba, sou professor e coordenador deste curso.

Duas coisas me chamaram a atenção nos painéis e palestras que ocorreram ao longo da quarta feira (manhã e noite). E ambas tem relação com a quebra de fronteiras.

A primeira coisa é o sentimento muito presente de que as fronteiras entre as habilitações de Comunicação Social estão se apagando pra valer. Ou seja, os alunos ouviram do mercado que é preciso ter habilidades e expertise de todas as habilitações. Não é o caso de se saber de tudo ou tentar saber de tudo. Não. Mas a ideia é ter uma formação integrada e generalista.

Isso implica, inclusive, no desenvolvimento de um número maior de habilidades durante a passagem pela faculdade/universidade.

A segunda coisa a me chamar a atenção é o fato de as barreiras geográficas estarem ruindo. Agências de comunicação (ou de propaganda) começam a incluir em seu portifólio de clientes empresas de outras regiões do país. Clientes de porte significativo, vale ressaltar. Podemos dizer que as agências estão sediadas em nossa região, mas estão se transformando em players de maior abrangência territorial. As três agências que participaram do Ciclo de Comunicação (especificamente em publicidade e propaganda) são todas de Taubaté (Molotov, Simari e BR 012) e todas atendem contas de outras regiões do Brasil. E em cada uma delas há pelo menos uma conta de porte.

Creio que as agências digitais foram as primeiras a trilhar tal caminho. Algumas delas, talvez pela proximidade com a internet e os meios digitais, não viam a distância ou a não presença física como barreira. E isso deve ter despertado o mesmo desejo e ambição nas agências ditas tradicionais. E parece que vem dando certo para várias delas.

Fatores como custo menor (a crise gerou uma oportunidade para agências com menor estrutura), agilidade de decisões, equipes com boa qualidade de pessoal e muita vontade de atender contas de maior porte vêm fazendo com que agências aqui do Vale do Paraíba vençam licitações e concorrências por trabalhos de anunciantes que, antes, só seriam atendidas por agências das capitais.

A queda das barreiras geográficas configura-se como uma enorme oportunidade para que as agências de nossa região desenvolvam trabalhos de maior visibilidade e possam ampliar seu faturamento. Como consequência, há a possibilidade de que elas experimentem um ciclo de crescimento e aprimoramento.

Vale a pena ficar de olho para ver se estas duas tendências (se é que podemos cahamá-las assim) se concretizem totalmente a médio e longo prazo.

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