Artigo aborda gestão de comunidades

Gestão de comunidades ganha mais protagonismo em 2021

por Emídia Felipe*

Se você é CEO ou atua em alguma liderança estratégica, provavelmente já buscou ou vai buscar saber, em breve, o que é gestão de comunidades e quais os benefícios para o seu negócio. Dados do Relatório de Comunidades 2021 da CMX — uma das maiores referências globais para gestores — mostram que 69% das empresas vão aumentar o investimento nesta atividade este ano.

Imagem de Gordon Johnson do Pixabay

O avanço tem base nos resultados de 2020, quando as comunidades empresariais ganharam força no Brasil e no mundo, uma vez que a pandemia evidenciou ainda mais o valor das conexões entre as pessoas para aumento de engajamento, produtividade e relacionamento — seja entre clientes ou colaboradores. É por isso que, neste momento, em que as pessoas e as ligações entre elas são o ativo mais estratégico para qualquer organização inteligente, a abordagem de comunidade pode ser um ótimo catalisador para destravar e ampliar a entrega de valor para o mercado.

Mas o que é gestão de comunidades empresariais? É gerir redes sociais?

Não. Este é um engano comum, considerando que uma comunidade conta muito com redes sociais entre as suas estratégias de comunicação. Mas isso é só parte do trabalho. Gerir comunidades, na prática, é gerir as conexões entre as pessoas para impactar positivamente a vida delas e os resultados estratégicos da empresa, numa relação ganha-ganha. Isso pode ser feito por meio de programas de embaixadores/promotores, estímulo de produção de conteúdo pelos membros da comunidade, incentivo ao suporte técnico entre os próprios clientes, produção de eventos para engajamento de grupos de interesse estratégico, entre outras iniciativas.

Assim como qualquer área-meio, a gestão de comunidades precisa ter todas as suas ações vinculadas aos objetivos estratégicos da empresa, como redução de churn; de tempo e de custo em suporte técnico; de turnover; e aumento de fãs/defensores dentro de clientes (especialmente nas áreas técnicas); bem como ampliação da “paixão” pela marca, para citar alguns exemplos. As ações e suas métricas vão variar de acordo com a missão de cada grupo. De todo modo, o sucesso da gestão de comunidades mora na interseção entre o que as pessoas querem criar e compartilhar e o que a empresa precisa que elas criem e compartilhem.

Como toda área em estruturação — e, sobretudo, que trata de relações humanas — gestão de comunidades empresariais pode parecer algo difuso para pessoas mais pragmáticas. Mas essa impressão pode ser superada se olharmos para os ganhos que pessoas e empresas têm quando se unem em torno de um propósito, de uma crença, da vontade de evoluir. Anos atrás, em Tribos, Seth Godin, referência global de marketing, chamava comunidades de tribos e pontuava como elas criam “fãs verdadeiros, defensores e criadores de novas conexões”. O termo “tribos” não aparece à toa. Em Sapiens, Yuval Harari conta como somos seres comunitários há centenas de milhares de anos e diz que “Uma realidade imaginada é algo em que todo mundo acredita e, enquanto essa crença partilhada persiste, a realidade imaginada exerce influência no mundo”.

*Emídia Felipe é Community Manager na Neurotech e co-host do Capítulo Recife da CMX

Fonte: Compliance Comunicação – Assessoria de Imprensa

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