Pesquisa VanPro mostra que a maioria das agências manteve crescimento no 1º semestre

Sondagem, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, aponta que 45% elevaram sua receita no primeiro semestre, e que 64% preveem um futuro melhor. Mas 30% registraram estabilidade, e 25%, queda de receita, mostrando um cenário diversificado por conta dos desafios

As expectativas das agências para os seus negócios e o setor de publicidade seguem positivas, segundo indica a nova edição da pesquisa VanPro, realizada pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, junto a 221 agências de 20 Estados e do Distrito Federal. Os dados, colhidos em agosto de 2024, mostram que 45% das agências elevaram sua receita no primeiro semestre de 2024. Por outro lado, mais de um terço (30%) apontaram estabilidade na receita, e 25% registraram queda na comparação com os primeiros semestres de 2024 e de 2023.

As agências que cresceram entre 10% e 30% foram 23% do total; enquanto 12% ampliaram a receita acima de 30%, e 10%, em menos de 10%. Já as que registraram perdas superiores a 30% foram 10% das entrevistadas.

As perspectivas sobre o futuro situaram-se próximas à sondagem de janeiro último. O índice de agências que apontou perspectivas de futuro boas ou muito boas foi de 64%, em comparação a 66%. Em contrapartida, o índice de agências que consideram o cenário futuro como ruim, muito ruim ou têm previsão de interromper as atividades aumentou de 5% para 8%, enquanto 3% – um ponto percentual acima da pesquisa anterior – não conseguem prever. Já o índice das que projetam estabilidade caiu de 27% para 25%.

“A nova sondagem mostra que o cenário financeiro para as agências é diversificado, com a maioria delas crescendo, mas uma parte expressiva apontando estabilidade ou mesmo queda. São números que refletem os atuais desafios competitivos do mercado”, destaca Daniel Queiroz, presidente da Fenapro.

Em sua avaliação, o fato de que um número significativo de empresas elevou sua receita e manteve seus lucros estáveis, ao passo que outras enfrentaram quedas, evidencia a importância dos investimentos em gestão, equipes, inovação e tecnologia, bem como a necessidade de revisão dos modelos de negócio, apontada como um desafio.

Para Ana Celina, diretora da Fenapro, a gestão eficaz continua a ser um pilar central para o sucesso, especialmente em um ambiente no qual a otimização de processos e a gestão de pessoas são os maiores desafios. “A realização de um planejamento estratégico e de reflexão sobre mercado pode trazer soluções para os problemas comerciais e de crescimento, apontados, cada um, por cerca de um terço das agências”, completa.

Desafios

Quando perguntadas sobre os três principais desafios, 50% das agências indicam a gestão de processos e equipes. Em segundo lugar, com 44%, vem a gestão de pessoas e políticas de RH, e, em terceiro, a gestão comercial e a captação de clientes, apontada por 38% das agências.

Outros desafios são a gestão do crescimento e a criação de novos negócios, mencionada por 36% dos entrevistados, e a inovação tecnológica e otimização da execução, apontada por 30% como sendo um dos principais desafios de sua agência.

“Estes indicadores demonstram que as agências, mesmo registrando crescimento nos negócios, ainda têm desafios em termos de gestão, principalmente no que se refere às pessoas, que são o seu maior ativo”, observa Roberto Tourinho, presidente do Sinapro-SP e integrante do GT da Fenapro. “É preciso que elas se voltem mais ao desenvolvimento de políticas e processos que tornarão a sua gestão mais eficaz nos diversos aspectos da operação”, destaca.

Ferramentas de automação e IA

O uso de ferramentas de automação e Inteligência Artificial (IA) no trabalho criativo das agências, tais como ChatGPT e DALL-E, vem avançando, com 79% das agências já adotando esses recursos, em comparação a 64% no ano passado, e 31% há dois anos. Já 14% pretendem implantá-las ao longo dos próximos seis meses.

Por outro lado, 6% não pretendem utilizar ferramentas de automação e IA no trabalho criativo, índice que mostra uma queda em relação aos 11% registrados no ano passado, e 30% há dois anos. As ferramentas de IA mais utilizadas são o ChatGPT, Midjourney, Gemini, ferramentas da Adobe e Copilot.

Ao avaliar a evolução no uso de automação e IA nos processos da agência, 17% conseguem observar impactos significativos; 43%, moderados, e 28%, pequenos. Já 3% não identificaram mudanças, enquanto 9% não aplicam ferramentas de automação e IA.

Os tipos de impacto mais mencionados foram aqueles relacionados à otimização do trabalho, com maior agilidade na execução de tarefas, redução de custos e automação de tarefas repetitivas, bem como a melhoria na qualidade, com processos menos suscetíveis a erros humanos, melhor aproveitamento dos profissionais, maior atenção destes aos detalhes, aprimoramento analítico e insights mais profundos obtidos a partir da análise de dados, fatores estes que estão permitindo tomar decisões melhor embasadas e estratégicas.

A crescente adoção de ferramentas de automação e IA nas agências reflete uma mobilização para mudanças em busca de competitividade e inovação. No entanto, o impacto variado dessas tecnologias e a concentração na tecnologia promovida pelo hype corporativo, o ChatGPT, sugere que é necessário um movimento proativo dos empresários do setor em busca de novas ferramentas.

Perfil das agências participantes

O perfil predominante dos participantes da pesquisa VanPro é similar ao das sondagens anteriores. A maioria dos respondentes são agências full-service (97%), com equipe de até 20 pessoas (54%), que têm mais de 20 anos de existência (51%), ou entre 11 e 20 anos (35%), e 96% delas são associadas ao Sinapro de seu estado, e 73% ao CENP.

Assim como em todas as sondagens VanPro realizadas até hoje, o perfil de receita anual das empresas é mais diversificado do que os outros fatores. A maior frequência é de agências com receita de até R$ 1 milhão, representando cerca de 34% das entrevistadas.

Cerca de 22% do conjunto dos participantes da sondagem têm receita anual entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 16%, entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, e 13% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. As empresas com receita anual superior a R$ 10 milhões foram 15% das respondentes.

Sobre a Pesquisa VanPro

A pesquisa Visão de Ambiente de Negócios – VANPRO é feita pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO desde 2017, e tem como principal objetivo medir e mapear o cenário atual e quais são as perspectivas para o futuro, além de conhecer os principais desafios dos sócios e executivos de agências de todo o país.

Fonte: GPCOM Comunicação Corporativa

Televisão, redes sociais e sites de jornais são os meios mais populares para acessar notícias, diz YouGov

TV segue no topo, com 63,7% dos brasileiros afirmando usá-la para se informar

Em plena era digital, a televisão continua sendo a mídia mais popular para consumo de notícias no Brasil, de acordo com a multinacional de pesquisa de mercado on-line, YouGov. Dados da YouGov Profiles mostram que 63,7% disseram ter usado a TV para se informar sobre histórias locais, nacionais e internacionais relevantes. A porcentagem ainda é estatística e substancialmente maior do que a registrada no segundo canal mais popular, as redes sociais, com 53,8%. Essas são as únicas mídias que são usadas regularmente por mais da metade dos adultos entrevistados.

É importante observar que a preferência por determinadas mídias varia de acordo com certas características demográficas. Por exemplo, no contraste por gênero, as mulheres são estatisticamente mais propensas a usar tanto a TV (67,3%) quanto as redes sociais (58%) para obter informações, em comparação com os homens (59,9% e 49,3%, respectivamente). Os homens, entretanto, tendem a preferir sites de notícias on-line com mais frequência (57,6% vs. 52,9% para as mulheres brasileiras).

O estudo também destaca que os brasileiros com idade entre 45 e 54 anos e aqueles com mais de 55 anos tendem a assistir a notícias na TV com mais frequência do que os jovens entre 18 e 24 anos (69,5% e 74,1%, vs. 49,3%). Na verdade, os jovens em geral tendem a dizer que são informados com menos frequência por praticamente todas as mídias observadas. Eles são semelhantes a outras faixas etárias apenas em sua preferência por blogs e newsletters (usados por cerca de 16% dos entrevistados em todas as faixas etárias).

Rede Globo no topo, tanto na TV quanto nas redes sociais, para consumo de notícias no Brasil

Ainda de acordo com os dados da Profiles, o canal mais assistido pelos brasileiros que se informam sobre notícias pela TV é a Rede Globo. De acordo com a plataforma, quase sete em cada 10 pessoas desse nicho (69,8%) acessaram a emissora pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. RecordTV e Band também registram percentuais que se aproximam da preferência de metade da população adulta pesquisada (49,2% e 44,1%, respectivamente). O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) aparece em quarto lugar.

Algo semelhante acontece com as redes sociais. As plataformas mais usadas pelos brasileiros que recebem notícias por meio desses aplicativos são o Instagram (do qual 83,1% desse nicho da população são membros), o Facebook (76,6%) e o YouTube (69,7%). Muito atrás na preferência, já que são usados por menos da metade dos brasileiros que assistem a notícias nas redes sociais, estão o TikTok (do qual 46,3% desse público são membros) e o LinkedIn (34%).

É importante observar que os brasileiros que consomem suas notícias na TV ou nas mídias sociais, em comparação com a população em geral, tendem a preferir essas plataformas com mais frequência. Por exemplo, enquanto 69,8% das pessoas que recebem notícias na TV assistiram à Rede Globo nos últimos 30 dias, o número é menor em nível nacional, 56,1%. Entre os que recebem notícias das redes sociais, 83,1% são membros do Instagram. Entre o público em geral, o número é de 73,9%.

Digital versus tradicional: diferenças nos hábitos de consumo de notícias

Os dados da Profiles sugerem ainda que os brasileiros têm atitudes e comportamentos diferentes ao consumir notícias, dependendo se as recebem de canais digitais ou da mídia tradicional. Por exemplo, 43,7% das pessoas que consomem notícias pela TV, rádio ou publicações impressas dizem que confiam que os jornais publiquem a verdade. O número é estatisticamente mais baixo, 40,8%, entre aqueles que se informam em sites de notícias, aplicativos, podcasts, redes sociais e similares.

Os brasileiros que preferem a mídia tradicional também são mais propensos a dizer que confiam mais nos jornais estabelecidos do que nos tabloides, em comparação com aqueles que preferem canais digitais (39,2% vs. 36,9%, respectivamente). Da mesma forma, os brasileiros que obtêm suas informações da TV e similares tendem a dar mais importância ao histórico da mídia: 45,8% dizem que confiam na mídia com um histórico de objetividade, em comparação com apenas 43,5% entre os que preferem a mídia digital.

Por outro lado, os brasileiros que preferem a mídia tradicional são estatisticamente menos propensos a considerar as notícias de jornal com certo nível de ceticismo. Em comparação com aqueles que obtêm suas informações por meio de canais digitais, eles também têm menos probabilidade de acreditar que a mídia publica apenas um lado da história. Os dois grupos são mais ou menos iguais na opinião de que as notícias devem incentivar o debate, na lealdade aos canais de notícias preferidos e na expectativa de que, com frequência, há algum nível de viés político na mídia.

Fonte: Impulsione Comunicação

Mapa de agências é lançado

Parceria entre a FCSAC-UNIVAP e a APP Vale traz projeto de mapeamento de agências

A FCSAC (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação), em parceria com a APP Vale (Associação de Profissionais de Propaganda da RM Vale do Paraíba), irá produzir a primeira edição do mapa das agências de publicidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

O projeto será realizado por alunos de publicidade da UNIVAP, com a supervisão dos professores do curso. O objetivo deste trabalho é trazer mais visibilidade para o mercado regional.

Constantemente solicitado por vários players de nosso mercado, esse mapeamento ou “lista de agências” da nossa região agora vai vira realidade. A ideia é que depois o mapeamento seja lançado e disponibilizado ao mercado.

Para inscrever uma agência de publicidade, basta preencher os dados deste formulário.

Enquete do Procon-SP sobre a percepção do consumidor quanto ao atendimento automatizado

Consumidores ainda não se sentem à vontade com atendimento por chat e I.A.

Segunda enquete do Procon-SP sobre a percepção do consumidor quanto ao atendimento automatizado, mostra que 97% dos participantes ainda precisam de atendimento humano para interagir com as empresas – percentual é ainda maior do que na consulta anterior

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

O segundo levantamento feito pelo Procon-SP sobre a percepção do consumidor quanto ao uso da Inteligência Artificial (I.A.) no atendimento automatizado ao consumidor, por parte de empresas de comércio eletrônico, revela que apesar de ser uma ferramenta que traz benefícios, ainda é preciso ser aperfeiçoada e melhor implementada.

Um total de 824 pessoas que acessaram o site do órgão paulista de defesa do consumidor entre os dias 18 de junho e 19 de julho, responderam espontaneamente ao questionário com treze questões de múltipla escolha.

Acesse aqui o relatório completo com todas as informações sobre a pesquisa

Apesar de os resultados indicarem uma necessidade de aprimoramento nas ferramentas de atendimento automatizado, quando perguntados sobre as vantagens da I.A. para as relações de consumo no comércio eletrônico, do total de participantes que responderam à nova enquete, quase 51% afirmaram que a pode trazer tanto vantagens como desvantagens; outros 26% apontaram mais desvantagens e 23% opinaram que traria mais vantagens.

Já 24% (198 participantes) afirmaram ter sido vítimas de golpes ou fraudes em função do uso da ferramenta, citando situações como: perfis falsos, valores bem abaixo do mercado, entre outros. A percepção revelada pelos consumidores com relação aos golpes atribuídos ao uso da I.A., aponta para a necessidade de atenção por parte das empresas e dos órgãos de defesa do consumidor na prevenção contra este tipo de problema, que é cada vez mais frequente no mercado de consumo.

Necessidade de recorrer ao atendimento humano

Dos 591 consumidores que revelaram ter interagido com um chatbot durante uma compra online, mais de 97% informaram que posteriormente foi necessário buscar um atendimento humano. As razões apontadas foram: respostas da I.A. eram imprecisas, insatisfatórias, incompletas ou a I.A. não entendeu o que estava sendo solicitado.

Este percentual é ainda maior do que na consulta anterior, realizada em setembro do ano passado, quando 92% dos consumidores que responderam afirmaram precisar de atendimento humano para concluir sua interação com as empresas.

Perfil do consumidor

O levantamento aponta ainda que quase 80% (657) já identificaram publicidade direcionada ao seu perfil nas redes sociais em função da I.A.

Quando perguntados a respeito do uso da I.A. para a empresa traçar o perfil do consumidor por meio de cadastros e históricos – coleta de dados, acompanhamento e análise do comportamento do consumidor –, dos 719 entrevistados que compram via internet, 50% informaram serem desfavoráveis em função da invasão de privacidade e insegurança; 30% declararam ser favoráveis por facilitar e agilizar a busca e 19,75% informaram não ter opinião formada.

Sobre a pesquisa 2024

Esta segunda pesquisa sobre Inteligência Artificial feita pela equipe do Procon-SP ficou disponibilizada no site da instituição de 18 de junho a 19 de julho; os consumidores que acessavam a página eletrônica e as redes sociais eram convidados a participar.

Um total de 824 pessoas responderam espontaneamente ao questionário com treze questões de múltipla escolha, com perguntas sobre o uso da I.A. na coleta de dados e análise de comportamento, publicidade personalizada para o seu perfil, fraude após a interação com I.A., entre outras.

Já na primeira consulta feita pelo Procon-SP sobre a experiência dos consumidores com Inteligência Artificial, em setembro do ano passado, foram 1.043 pessoas que responderam ao questionário: veja aqui

Estudos e pesquisas

As enquetes comportamentais sobre a opinião e experiência do consumidor são usadas para implementação de ações de educação para o consumo – como palestras, materiais educativos etc. –, além de fornecerem subsídios aos trabalhos da Instituição voltados ao segmento.

Para os consumidores interessados no tema das relações de consumo e as novas tecnologias, o Procon-SP realiza mensalmente a palestra gratuita Relações e Consumo na Era Digital; a iniciativa é gratuita e as datas podem ser conferidas no site

Além da palestra, o órgão paulista de defesa do consumidor disponibiliza em seu site o Guia de Comércio Eletrônico que traz informações e dicas importantes; leia aqui

Fonte: Assessoria de Imprensa | Procon-SP – Ricardo Muza