Coluna “Discutindo a relação…”

Faça sempre o dever de casa

Por Josué Brazil

Imagem de Rosy / Bad Homburg / Germany por Pixabay

Nos últimos anos desenvolvi um gosto bastante particular por séries e realitys shows sobre mercado imobiliário, principalmente o de luxo ou alto padrão. Assisti e assisto vários deles.

Comecei recentemente a assistir a uma nova série sobre o mercado imobiliário de Nova York. É a série “Owning Manhattan”. E em um trecho de um dos episódios, o dono da imobiliária e protagonista decide delegar a venda de um lançamento a um de seus corretores, já que estava bastante atolado em serviço. Resolve então levar dois de seus corretores para uma apresentação ao construtor para que o mesmo escolhesse com qual iria trabalhar.

Um dos corretores é veterano, experiente e muito capaz. O outro é uma moça com menos experiência, mas com bons números de vendas e muito aguerrida.

Os dois corretores vão para a apresentação. O mais experiente leva um vaso de planta para presentear o construtor. A moça nada leva. O mais experiente apresenta primeiro e fala bastante dele: o quanto já vendeu, os recordes que bateu, o quanto é experiente e capaz. Depois vem a corretora. Ela fala pouco dela e mais do empreendedor e do arquiteto que projetou o edifício. Mostra conhecer bastante os negócios do construtor e a carreira, o estilo e as ideias do arquiteto, que por sinal é brasileiro.

Ao final das apresentações o empreendedor escolheu a corretora.

O que dá pra aprender com isso?

Dá pra aprender que muitas vezes você deve esquecer um pouco o que você já fez ou faz e focar no que o seu cliente já fez ou faz. Ele é o cliente. Seu desempenho e capacidade são importante? Sim, é óbvio. Mas mostrar que você buscou conhecer e entender os negócios e os produtos que vai ajudar a vender é FUNDAMENTAL!

Pesquise, faça o dever de casa. Estude o objeto de sua apresentação.

E no mercado e carreira publicitários? O que isso tem a ver?

Eu acredito que em duas ocasiões/momentos/oportunidades esse exemplo seja bastante útil. Vamos a eles:

1 – Em uma entrevista de estágio e/ou emprego

É muito importante em uma entrevista de estágio e/ou emprego que você estude antes o mercado e a empresa para a qual está se candidatando. Pesquise números, desempenho, projetos, realizações, produtos, serviços, filosofia de atuação. Pesquise a vida do empreendedor ou dos empreendedores e todos que estão imediatamente ligados a isso. No caso da corretora da série, ela estudou toda a obra do arquiteto responsável por aquele produto do empreendedor, leu artigos e entrevistas sobre e com ele. Na apresentação ela sabia o que move os projetos que o arquiteto realiza. De novo: issso é FUNDAMENTAL!

2 – Em uma prospecção ou concorrência

Em uma situação com esta parece até óbvio, não é? Mas nem sempre o pessoal que está na disputa pela conta faz o dever de casa. Chegar para uma apresentação com um profundo conhecimento do cliente e de seu mercado é decisivo. Entender o posicionamento, a missão, os valores e o modelo de negócios da empresa em prospecção ou disputa é um ponto crucial.

A informação está aí. Pega quem quer. E analisa bem quem pode.

Hoje há tanta informação disponível. Está tão mais simples obter informações através da internet. O que fazer com as informações já é outro passo. Em uma apresentação ou entrevista não adianta apenas despejar dados, números e informações. É necessário que você apresente algo a partir de tudo isso.

Em sua apresentação a corretora escolhida, após falar da trajetória e dos projetos e realizações anteriores do construtor e de tudo que havia apreendido do trabalho do arquiteto que projetou o imóvel, apresentou uma linha de trabalho para as vendas baseada em insights sólidos colhidos na pesquisa.

Fica a dica simples, mas sempre valiosa: faça o dever de casa. Sempre!

Sobre Cores e Sabores

Por Fernando Adas*

Fernando Adas, fundador da Fine Marketing e autor do livro “O Safado, a Biscate e Eu”.
Foto: Divulgação

Tudo caminhava bem na fila da sorveteria.

Sofia, a menina que estava à minha frente com os pais, olhava animada para as cores na vitrine.

Perguntei a ela qual sabor iria escolher e recebi um sorriso tímido de dúvida.

“Próximo”, grita o atendente e Sofia arrisca: “cupuaçu”.

A mãe surpresa intercede: “Cupuaçu? O que é isto”?

“É uma fruta típica da Amazônia” responde o moço do balcão e já oferece uma degustação a ambas.

O pai mais ansioso e menos receptivo à prova, pergunta: “o copinho custa R$15,00”?

A menina, meio esquecida na cena, retoma o protagonismo e decide: “Limão”.

Eu, torcendo pela paz familiar, sorrio e apoio a assertividade da decisão.

Nossa vida é cheia de palpites que vêm dos outros ou de nós mesmos. Nossas decisões resultam deles.

Pense bem, quantas marcas você consome sem que tenha decido por elas?

E se alguém decidiu por você, será que uma outra pessoa lhe influenciou? E talvez uma terceira tenha comprado…?

Nesse Natal, ganhei vários presentes, entre eles, um urso de pelúcia. A amiga, confiante, me explicou: “Pedi uma sugestão lá em casa e meu irmão trouxe de Miami”.

Tá vendo… vou curtir meu urso americano escolhido pela minha “amiga”, sugerido pela família e comprado pelo irmão.

Quando se fala de público alvo, devemos abrir o nosso olhar para este contexto.

Seu público consumidor pode ser eu (ou a menina do cupuaçu), mas a decisão, a influência e o pagamento da compra podem estar nas mãos de outros “targets”.

Um banco de dados preparado para prospecções ou relacionamento, precisa contemplar estes personagens.

Além das informações cadastrais como o nome completo, o endereço, telefone, e-mail, torna-se cada vez mais importante o olhar comportamental sobre o seu consumidor e seus clientes.

Em um primeiro momento, pesquise o comportamento de compra com a definição dos hábitos e motivações em relação à marca comprada.

Depois, avance ao comportamento social nas questões sobre religião, hábitos esportivos, time do coração e assim por diante.

Conhecer bem o seu público é uma jornada sem fim, aliás, como todo relacionamento deve ser. Uma troca constante de informações e ações.

Por isso, comece já e faça a sua fila de cliente crescer e ser bem atendida.

*Fernando Adas é fundador e diretor de planejamento e atendimento da Fine Marketing e autor do livro “O Safado, a Biscate e Eu: causos, cases e casos de um publicitário indiscreto”.

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