B2B não precisa de Marketing? Claro que precisa!

Por Danilo Superbi*

Por muito tempo as empresas que não conversam diretamente com o público consideravam o marketing uma ferramenta pouco eficaz para conquistar e reter clientes, especialmente nos setores industriais e tecnológicos, em que historicamente as marcas focaram em vendas diretas e parcerias comerciais. Contudo, com a transformação digital moldando os mercados, o marketing B2B assume um papel estratégico crucial para impulsionar o sucesso empresarial.

Ao construir uma marca sólida e consolidar credibilidade, o marketing torna-se um diferencial competitivo. Em ambientes altamente competitivos, as empresas necessitam comunicar de forma eficaz seus valores e competências. Uma estratégia de marketing bem elaborada permite que as organizações transmitam sua experiência, inovação e comprometimento, estabelecendo uma base sólida para relacionamentos duradouros.

Além disso, o marketing atua como um motor essencial para a geração de leads e a expansão da base de clientes. Utilizando táticas como marketing de conteúdo, SEO (Search Engine Optimization) e estratégias de mídia social, as empresas conseguem atrair potenciais clientes, guiá-los ao longo do funil de vendas e convertê-los em clientes satisfeitos. Essa abordagem proativa torna-se especialmente crucial em mercados saturados, onde a busca ativa por soluções específicas é comum. Tudo isso pode parecer complexo, mas funciona muito bem.

Na era digital, o marketing transcende a simples extensão das práticas tradicionais; é uma resposta estratégica às mudanças no comportamento do comprador. Empresas que adotam estratégias digitais ganham uma vantagem competitiva, alcançando um público mais amplo, adaptando-se às preferências online dos compradores e otimizando eficientemente a jornada do cliente.

A análise de dados também não deve ser esquecida. A capacidade de compreender o comportamento do cliente, avaliar o desempenho das campanhas e ajustar estratégias com base em insights analíticos torna-se inestimável. Empresas que tiram proveito efetivo da análise de dados obtêm uma visão mais clara do seu mercado-alvo, permitindo uma tomada de decisão informada e estratégias de marketing mais precisas.

Contrariando abordagens tradicionais de vendas, o marketing não se resume apenas a conquistar novos clientes, mas também a cultivar relacionamentos duradouros. Por meio de estratégias de fidelização, comunicação consistente e personalização, as empresas conseguem construir uma base de clientes leais que não apenas retornam para futuras transações, mas também atuam como defensores da marca.

Em síntese, o marketing B2B não é uma mera opção, mas uma necessidade para empresas que buscam prosperar no cenário empresarial moderno. Facilitando não apenas a geração de leads e a expansão do alcance, o marketing estabelece as bases para relacionamentos duradouros e diferenciação competitiva. Empresas que compreendem e investem estrategicamente estão não só preparadas para sobreviver, mas para prosperar em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo e digitalizado.

*Danilo Superbi é Sócio da DASS Consultoria

Empresas B2B devem investir mais em marketing em 2024

Ao menos 61,5% das empresas B2B devem ter orçamentos maiores em 2024

A nova edição da pesquisa “Status do Marketing B2B” conduzida pela Intelligenzia, agência pioneira em Marketing B2B, e publicada nesta semana aponta que empresas do segmento B2B terão mais verba para investir em Marketing em 2024 – ao menos 61,5% declararam que os investimentos serão maiores no próximo ano – desse número, ao menos 14% vão ter um investimento superior a 25% no orçamento.

Mesmo com o aumento da verba, 55,7% afirmaram não ter certeza sobre o cumprimento das metas de marketing este ano. “Embora o investimento tenha aumentado esse ano, impulsionado principalmente pela volta total dos eventos presenciais, as incertezas econômicas tornaram mais difícil a geração de demanda de uma maneira geral”, explica Gabrielly Abrantes, gerente de Estratégias Digitais da Intelligenzia.

Em relação à alocação da verba de marketing realizada este ano, as empresas mantiveram o foco na geração de leads (66%). Em segundo lugar estiveram as ações de branding (64,9%) e, em terceiro, a geração de demanda (40,3%). Apenas 13% dos entrevistados investiram em ações de ABM (Account Based Marketing).

Agências precisam ser técnicas

Neste ano, a pesquisa confirmou a tendência da busca por agências digitais mais técnicas – esse número pulou de 59,7% em 2022 para 72,5% em 2023. Entretanto, a exigência por mais conhecimento técnico das agências no B2B não se reflete na busca por agências especializadas. Apenas 45% dos respondentes declararam buscar agências de nicho para o trabalho em Marketing.

Em se tratando do tipo de agência contratada, as assessorias de imprensa seguem sendo os fornecedores mais buscados, após uma retração em 2022. A busca por agências especializadas em marketing digital, design, produção de conteúdo e performance segue estável ao longo dos três últimos anos de pesquisa.

O número de empresas que adotou algum sistema ou software para gerenciar processos de Vendas ou Marketing no Brasil aumentou em 2023 em comparação com o ano passado, de acordo com a nova pesquisa o Status do Marketing B2B – ed. 2024, realizada pela agência de Marketing B2B Intelligenzia junto a 355 profissionais do setor.

Aumento nas equipes internas de Marketing

Ao contrário de 2022, quando houve um aumento no número de empresas com apenas um funcionário na área de Marketing (passou de 16% em 2021 para 31,4% em 2022), o ano de 2023 mostra que a contratação para a área voltou a estar no foco das empresas, com o aumento expressivo de áreas com mais de três pessoas -56,9% no total.

Esses números também refletem na divisão entre agências e equipes internas. Em 2021, 26,6% das empresas tinham uma equipe interna somente para as atividades de Marketing. Este ano, 2023, esse número passou para 35,4% – com menos externalização das atividades.

Além disso, nos últimos anos, a tendência de descentralização dos serviços de marketing marcou o mercado, com as empresas criando ecossistemas internos para abrigar diferentes fornecedores. Pelo primeiro ano esse movimento mostra uma tendência de reversão, com um aumento significativo em relação em relação a 2022 – 33,3% contra 14,9% do ano passado.

Uso da tecnologia

O número de empresas que adotou algum tipo de ferramenta para Inbound Marketing também aumentou este ano – a pesquisa apontou uma diminuição de 36% para 27,6% de organizações que declararam não utilizar nenhum tipo de tecnologia desse tipo.

Ao mesmo tempo, as duas principais ferramentas presentes no mercado brasileiro, hoje, registraram aumento em sua adoção. A primeira delas, RD Station, registrou aumento de 6,9% em relação ao ano anterior, e o Hubspot, mais tímido, teve um aumento de 3,9%. Players como Leadlovers, Marketo, Pipz, Sharpspring e Mailchimp sumiram este ano, enquanto outros, como DemandBase foram citados pela primeira vez na pesquisa – refletindo a pluralidade que é própria desse mercado.

Desafios para 2024

Melhorar a experiência do cliente B2B e auxiliar a organização na aquisição de novos clientes são os dois principais desafios para o Marketing nos próximos dois anos. E o primeiro está diretamente relacionado com o segundo: melhorar a experiência do cliente também significa melhorar a sua jornada.

Esse fator é tão relevante que praticamente 76% dos respondentes escolheram esse como o principal desafio para 2024, seguido da aquisição de novos clientes (61%), fomentar o branding (48%) e incorporar novas tecnologias, como Inteligência Artificial (34,2%).

É possível fazer o download completo da pesquisa aqui