10 dicas de marketing para conquistar mais clientes em 2024

Varejo deve ter 1,5% de crescimento real em 2024; especialista dá dicas para vender ainda mais

O varejo brasileiro deve continuar em ritmo de alta em 2024, como apontam as projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que indicam um crescimento real de 1,5% para o próximo ano. Nesse panorama, é importante que os empreendedores e empresas contem com técnicas e práticas de marketing que ajudem a impulsionar as vendas e conquistar mais clientes, garantindo o lucro e se destacando da concorrência.

Frederico Burlamaqui – especialista em marketing e estratégia de negócios
Foto: Raphael Bernadelli

Desde a segmentação do público-alvo até a adoção de novos canais de distribuição, há uma série de medidas que podem ser tomadas para atrair mais clientes e aumentar a receita, é o que aponta o especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui. “O marketing é uma poderosa ferramenta para atrair, engajar e conquistar clientes. Ele ajuda as empresas a se conectarem com seu público-alvo de maneira efetiva, destacando-se da concorrência e gerando impacto positivo nas vendas e nos resultados. Os negócios que não estão atentos a essa estratégia podem ficar para trás, perdendo oportunidades de crescimento e sucesso”, explica.

Frederico conta que para impulsionar as vendas, é essencial compreender quem constitui o público-alvo da sua empresa, para que seja possível, antes de qualquer coisa, desenvolver estratégias de marketing e vendas eficazes que atinjam esse conjunto de pessoas com maior propensão a se interessar pelos produtos ou serviços que você oferece. “É fundamental coletar informações sobre o mercado e os consumidores, processo pode ser conduzido por meio de pesquisas de mercado, análises da concorrência e monitoramento de redes sociais. Ao compreender o público-alvo, fica mais fácil desenvolver campanhas de marketing direcionadas e personalizadas, aumentando as oportunidades de conversão e fidelização. É fundamental ter em mente que o perfil do público-alvo pode evoluir ao longo do tempo, sendo necessário manter-se atualizado e atento às transformações no mercado e no comportamento do consumidor”, explica Frederico.

10 dicas de marketing para conquistar mais clientes em 2024

1 – Invista na sua Marca

A marca é uma espécie de “super resumo” das percepções que o cliente tem de um negócio. Ela condensa expectativas de qualidade, atendimento, design e padrão de serviços, sendo o ativo mais importante de qualquer negócio e o fator central de compra para maioria absoluta dos consumidores. Invista na construção e gestão de uma marca confiável e desejável, alinhada com os desejos do seu mercado-consumidor.

2 – Invista em estratégias digitais e SEO

O Marketing Digital se destaca como uma das abordagens mais eficazes para impulsionar as vendas, permitindo que as empresas alcancem uma ampla audiência de maneira rápida e eficiente. Essa estratégia demanda investimentos em SEO, que consiste na otimização do site e do conteúdo para os motores de busca, tornando-os mais acessíveis aos potenciais clientes. Adicionalmente, é fundamental investir em conteúdo de qualidade, abrangendo blogs, redes sociais e e-mail marketing, para atrair e envolver os clientes.

3 – Foque no relacionamento com o cliente

Investir no relacionamento com o cliente é outra tática essencial para aumentar as vendas. Isso implica fornecer atendimento de alta qualidade, com respostas rápidas e eficazes, além de soluções personalizadas que atendam às necessidades específicas dos clientes. Ferramentas de CRM e pós-venda também são indispensáveis para manter o relacionamento com os clientes e assegurar a sua fidelização.

4 – Faça promoções e ofertas especiais

Promoções e ofertas especiais surgem como estratégias eficazes para atrair uma maior clientela e incrementar as vendas. Disponibilizar descontos e promoções em datas marcantes, como a Black Friday e feriados, e criar ofertas especiais incentivadoras para impulsionar as compras são práticas recomendadas. Além disso, investir em gatilhos mentais, como a escassez e a urgência, pode estimular os clientes a realizar compras.

5 – Ofereça uma experiência personalizada

Para elevar ainda mais a satisfação do cliente, é fundamental adotar tecnologias que possibilitem a personalização da jornada do consumidor. Por meio da análise de dados e comportamentos de compra, é possível oferecer recomendações precisas e ofertas exclusivas. Ao compreender as preferências individuais, a empresa proporciona uma experiência única, fortalecendo o vínculo e aumentando as chances de fidelização.

6 – Utilize as redes sociais de forma estratégica

O impacto das redes sociais no cenário atual é inegável, e sua utilização estratégica pode potencializar a visibilidade da marca. É essencial criar e manter uma presença consistente, escolhendo plataformas alinhadas ao perfil do público-alvo e aos objetivos do negócio. A interação proativa, seja por meio de conteúdo relevante, respostas rápidas ou participação em discussões relevantes, fortalece o engajamento.

7 – Explore o poder do vídeo marketing

Em um ambiente digital cada vez mais visual, o vídeo marketing se destaca como uma ferramenta poderosa para envolver e cativar a audiência. Através de vídeos, é possível contar histórias envolventes, apresentar detalhes exclusivos de produtos e transmitir mensagens impactantes. A versatilidade do formato permite adaptar a estratégia para diversos propósitos, desde tutoriais explicativos até campanhas emocionais, algo que ajuda a empresa a conquistar a atenção do público de maneira mais efetiva, gerando maior identificação e memorabilidade.

8 – Utilize o poder das avaliações e depoimentos

As avaliações e depoimentos desempenham um papel fundamental na construção da confiança do consumidor. Destacar feedbacks positivos de clientes satisfeitos e incentivar a comunidade a compartilhar suas experiências fortalece a credibilidade da marca. Essa transparência proporciona aos novos consumidores uma visão autêntica sobre a qualidade dos produtos ou serviços, influenciando positivamente as decisões de compra.

9 – Faça follow-up de vendas

O follow-up de vendas representa uma estratégia fundamental para incrementar as vendas, possibilitando que as empresas mantenham contato constante com os clientes e ofereçam novas oportunidades de compra. Isso demanda investimentos em geração de leads, prospecção, abordagem, negociação e fechamento, além do uso de ferramentas de automação de marketing e inbound marketing, que permitem que as empresas mantenham um contato eficiente e personalizado com os clientes.

10 – Analise as oportunidades

Diversos negócios podem ter grandes oportunidades – ou mesmo novas necessidades competitivas – com o avanço da tecnologia, as vendas online tornaram-se cada vez mais relevantes para o sucesso de um negócio, sendo uma aliada importante para impulsionar as vendas e atrair novos clientes. Nesse ponto, o e-commerce/ loja virtual, aplicativos e plataformas de vendas devem ser considerados.

Fonte: Trio Comunicação – Flávia Ferreira

“Marcas precisam oferecer experiência completa na Black Friday”, diz head de negócios do Gad

Para Mari Soccodato as empresas devem criar estratégicas disruptivas para atrair clientes mais atentos e dispostos a comprar

Imagem de Miroslava Chrienova do Pixabay

Com a expectativa das compras da Black Friday, os desafios aumentam para as empresas que precisam atender um consumidor mais maduro e exigente, que busca muito mais do que ofertas e produtos tradicionais.

“As pessoas querem uma melhor experiência com frete, com facilidade de pagamento, com a forma de desconto progressivo, muito mais do que alguns anos atrás. E quando falo de experiência significa que a empresa tem de atender às expectativas do cliente do começo ao fim, em todos os momentos de relacionamento da compra”, destaca Mari Soccodato, head de negócios da consultoria de marca e experiência Gad.

Ao longo de mais de duas décadas de atuação, Mari Soccodat já gerenciou e desenvolveu projetos para grandes marcas como: Coca-Cola (Brasil e global), Raízen – Grupo Shell, Danone Internacional, XP, Vibra Energia, entre outras, além de ter atuado em agências de Consumer, Empreendimento, Entretenimento, Saúde e Serviços.

De acordo com a executiva, a primeira Black Friday pós anos pandêmicos criou uma geração de consumidores acostumados à experiência de compra no e-commerce muito avançada. Por isso, com a expectativa alta, é preciso ofertar descontos e produtos de forma inovadora.

Como estratégia de negócio, reforça Mari, a BF é importante porque não só constrói um calendário de novos produtos e serviços ligados à data comercial, como também é um momento importante para o fechamento anual de vendas.

“A BF virou uma data importante em termos de marca, relacionamento e experiência, mas também em termos do negócio, de como a empresa consegue ir moldando as suas metas comerciais em cima do período, para alavancar vendas, e, também, para ir moldando o que vai ofertar e como vai ofertar no período de ‘Esquenta’, da Semana Black Friday e no depois, porque a marca continua se relacionando com o cliente a partir do momento que tem uma boa experiência com frete, que a entrega chega no dia, como a empresa agradece a compra e como faz o pós-venda”, completa.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Andrea Martins

Métricas de PR: como entender o papel da assessoria de imprensa

Por Talita Scotto*

A forma como você se comunica é importante. Ao longo de 2023, os melhores resultados vieram pelo “como”. O que vamos falar e como vamos falar. Além da estratégia, estamos falando de tempo. Porque um trabalho de PR leva tempo e nem todas a marcas estão preparadas para esperar por isso. Reputação sólida precisa ser construída.

Histórias relevantes agregam valor e são elas que têm a capacidade de construir credibilidade e uma imagem positiva. Mais uma vez, isso leva tempo. E é justamente nessa jornada, que é longa, que a assessoria de imprensa pode ter seu valor incompreendido.

A liderança frente ao PR precisa estar preparada para entender e avaliar os resultados, pois reputação corporativa é um dos grandes ativos de uma marca e isso nem sempre será medido por métricas exatas, pois autoridade é algo intangível.

Definir os entregáveis qualitativos dos quantitativos são bons caminhos já adotados por algumas empresas e profissionais de assessoria de imprensa, baseado, claro, nas estratégias estabelecidas para cada marca. Afinal, quando falamos de ROI, entender sobre objetivos é a primeira etapa no início de um projeto de PR.

A exposição estratégica de uma marca ou seu executivo num veículo de comunicação não se resume apenas a compará-lo, depois, com uma equivalência publicitária e uma justificativa orçamentária.

Construção de valor se faz, muitas vezes, baseada numa jornada de confiança, relacionamento, histórias que transformam e trazem uma nova perspectiva para o editorial do jornalismo.

Ser referência, ter autoridade e conquistar posicionamento não serão medidos por meio dos “picos de acesso” ao site da sua marca e tão pouco será possível cruzar o resultado de um artigo publicado num portal, com o aumento de vendas.

Você já precisou ter essa conversa? Ou melhor, você está preparado para essa conversa? Estratégia de assessoria de imprensa é uma constante, que não deve ser acionada num “quarter” do ano, ou apenas quando tiver um evento. PR é um corpo em movimento dentro de qualquer organização que visa pela sua reputação.

*Há 14 anos, Talita Scotto é diretora da Agência Contatto, empresa de comunicação 360 com foco em assessoria de imprensa, redes sociais, marketing de influência e produção de conteúdo.

A Marca é o maior ativo da empresa

Por Pedro Tavares*

Vivemos num mundo caracterizado pelo estresse do dia a dia, pela rapidez com que tudo acontece, pela permanente mudança de hábitos e atitudes, pela competitividade dos recursos financeiros e humanos, pela instabilidade e incerteza, e pela constante exigência com o sucesso.

É neste contexto que as marcas se assumem como o ativo mais relevante e valioso nas organizações. As marcas constituem a principal garantia de confiança, de reconhecimento de qualidade e ainda o símbolo mais expressivo das decisões de compra e consumo de produtos e serviços.

A própria gestão das marcas mudou. Ontem o foco residia no cliente, hoje a visão é mais ampla e contempla os diferentes stakeholders porque todos podem ser embaixadores ou detratores. O foco apontava para a miopia da teoria dos tradicionais 4P’s, hoje tem de ser considerado todo um storytelling e uma experiência de 360º.

Hoje existem diferentes soluções para diferentes necessidades devendo ser considerada a multiplicidade e sinergia de touchpoints; os colaboradores eram catalogados como recursos humanos, mas são capital humano e como tal um fator decisivo pelo alinhamento, compromisso e impacto nos resultados; se ontem o investimento nas marcas estava do lado dos custos, hoje é uma fonte de proveitos e com valor financeiro associado.

O novo mundo e a nova economia trouxeram a exigência de um gestor de marca com competências globais e multidisciplinares, e a implementação de um modelo de gestão de marca integrado, consistente, transversal e dinâmico. O reconhecimento e a certificação deste modelo de gestão e de gestor de marca são uma realidade, e quem não evoluir e não se adaptar esta nova realidade não vai sobreviver (Darwinismo).

Este modelo de gestão de marca permite analisar, construir e avaliar a força e o valor financeiro das marcas, obedecendo a um conjunto de normas sob a certificação das ISO20671 e ISO10668, que identificam e exploram diferentes dimensões e métricas científicas de análise.

Partilhando uma visão macro deste modelo, são apontados três grandes desafios e competências para a construção de força e valor financeiro das marcas:

1. Identificar, mapear e dimensionar todos os stakeholders que têm impacto na construção da força de marca (não só para os clientes e consumidores, mas para todos os stakeholders; há setores de atividade em que a rede de stakeholders é tão complexa que o peso direto de clientes e consumidores pode não ultrapassar os 40%), definindo também os seus hábitos, atitudes, expetativas e comportamentos.

2. Identificar todas as variáveis e indicadores quantitativos de suporte a uma correta análise daquilo que é externo às marcas, nomeadamente o ambiente político, econômico e social; tratam-se de dimensões que não são controláveis pela gestão mas que podem ter um enorme impacto na performance da economia, das diferentes indústrias, empresas e marcas (próprias e concorrentes).

3. Mapear, dimensionar e monitorizar de uma forma contínua as dimensões e atributos de controlo interno: relação emocional e comportamental com os diferentes stakeholders, reputação (percepções), experiência (realidade), resultados da atividade no mercado (proteção legal, quotas de mercado e comunicação, cobertura geográfica, logística, preço, touchpoints, equipe e saúde financeira).

Como ponto de partida, há que ter em atenção que a importância e os pesos das diferentes dimensões e dos seus atributos são diferentes entre setores de atividade e mudam também com alterações de contexto. E como ponto de conclusão, há que considerar também que a análise isolada de qualquer um destes conceitos, dimensões ou atributos sem que seja no modelo integrado pode incorrer em enormes riscos de decisões incorretas e com elevados impactos no valor financeiro dos negócios e das marcas.

Os líderes das organizações, que são os reais gestores das marcas através da sua visão, conduta e capacidade de comunicação, têm a capacidade influenciar os stakeholders moldando as suas percepções e experiência. Mais do que nunca, têm de ter agilidade e capacidade de tomar decisões rápidas, têm de assegurar o alinhamento e o compromisso de todos os colaboradores e dos demais stakeholders.

Precisam estar familiarizados com todos os detalhes de estrutura e processos de forma a avaliar toda a organização e gerir simultaneamente planos de continuidade e alterações profundas que permitam fazer emergir marcas e negócios mais fortes.

É necessário colocar no radar que definir ou reforçar a cadeia de comando e responsabilidades, além de procurar e reforçar soluções que estejam alinhadas com o propósito da organização e do negócio, têm de abraçar as obrigações das marcas com a sociedade, assegurar a sustentabilidade da organização com horizontes onde a estratégia e o talento interno.

Ter um foco conjunto, promover uma comunicação clara e eficaz, e por fim têm de ter uma atitude transparente e ética.

*Pedro Tavares é CEO da OnStrategy