por Adalberto Generoso*
Todo mundo sabe reconhecer uma marca bem sucedida. É a do jingle, da frase, ou até mesmo daquele comercial que te fez chorar ou morrer de rir. O reconhecimento e a conquista do status de inesquecível é algo construído e pavimentado por um trabalho árduo que, acredite, vai muito além da criatividade das mentes brilhantes dos profissionais da publicidade e do marketing.
É que para chegar ao público, a marca passa por um processo intenso de criação, produção, distribuição e divulgação e isso exige muita, mais muita organização. Na era da informação e da digitalização, essa competência vira um desafio e, até mesmo, um problema para as marcas. Isso porque um terço dos materiais digitais produzidos por grandes corporações não são utilizados, são subutilizados, ou são consumidos fora de vigência. Ineficiências que geram prejuízos de até U$D 3.17 milhões por ano, inclusive, podendo se estender para passivos jurídicos no caso de utilização de materiais fora de vigência, segundo pesquisas da Adobe.
Em busca de suprir esse gargalo do mercado publicitário, novas soluções tecnológicas estão surgindo para organizar toda a bagunça digital do marketing. A principal delas é o gerenciamento de ativos digitais por meio do DAM (Digital Asset Management), plataforma que armazena, organiza e torna útil toda a biblioteca de ativos digitais – fotos, áudios, vídeos, contratos, e absolutamente tudo que pode ser armazenado em nuvem – pelas marcas.
Por definição da jornalista especializada em martech, Pamela Parker, “um DAM é a fonte única da verdade”, onde os profissionais de marketing, por meio de metadados anexados, conseguem saber qualquer coisa antes de usar o ativo, como se a empresa possui os direitos de imagem de determinado ator, ou se a equipe jurídica aprovou determinada campanha.
Assim, o primeiro ganho percebido para as empresas é o dinheiro economizado, principalmente em meio a um cenário de crise financeira e de recuperação do setor do tombo histórico causado pela pandemia – segundo report da Gartner, em 2021, houve uma alta de 6,4% nos investimentos em marketing globalmente.
Mas ainda mais do que a certeza da economia é a potencialização e fortalecimento do seu brand. Esse, considero o maior dos benefícios da gestão de ativos digitais. Sua marca manterá a força em todos os canais e pontos de vendas, físicos ou on-line, uma vez que TODOS os ativos digitais distribuídos, em todos os canais seguem o mesmo padrão, são consistentes e mantêm a mesma qualidade e versão. O colaborador da China terá o material correto na mesma hora que o do Uruguai e o do Brasil também. É a maximização da eficiência que a longo prazo gerará lucro e mais lucro. É sua marca, de fato, chegando em todo o mundo.
*Adalberto é empreendedor serial e tem mais de 10 anos de experiência em marketing digital. já ganhou 3 Cannes Lions e mais 10 prêmios internacionais de publicidade digital. foi um dos idealizadores do GuiaBolso e ex-sócio e CMO da Cheftime, foodtech adquirida em 2019 pelo GPA. Além disso, é mentor de marketing, tecnologia e growth para startups e atua como palestrante para a turma do curso de Marketing Digital do Núcleo de Empreendedorismo Tech da USP.