Discutindo a relação…

Por de pé

ENIC 51

Artigo de Josué Brazil

Há um sentimento muito claro no ar do mundo da propaganda regional e, ao que tudo indica, nacional. Está ficando tão forte que parece que podemos tocar. É o sentimento de que algo (ou tudo) precisa ser mudado. Que algo precisa ser feito para que a atividade publicitária volte a ter o valor que teve há pouco tempo. Parecido com a discussão que vemos em toda a mídia agora sobre nosso futebol. Será que estamos também tomando goleada na semifinal???

Dia desses li uma coluna e até separei um trecho para postar na fanpage deste blog. O que o trecho do artigo dizia é que não basta ter uma boa ideia. Que a tal da Big Idea por si só não resolve. É preciso executá-la. Fazer com que ela aconteça, fique em pé. Já tinha ouvido algo semelhante em uma palestra do Fernando Musa, da Ogilvy Brasil.

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Fernando Musa, da Ogilvy Brasil

Estou escrevendo isso porque acredito que temos de passar da discussão, do diz que me diz, das ideias soltas e isoladas para a ação.  O que o mercado publicitário como um todo – veículos, fornecedores e principalmente agências de comunicação – precisa é de um planejamento comum e um detalhado plano de ação para sair da inércia e começar a agir principalmente sobre um dos elos fundamentais do processo publicitário: o anunciante.

Modelos publicitários estão sendo revistos no mundo todo e já há alguns cases brasileiros. O cenário de comunicação mudou absurdamente nas últimas duas décadas. O consumidor brasileiro é outro. O Vale do Paraíba mudou. A tecnologia não para de mudar. Por que um setor que vive de criatividade, inovação e de gerar valor através da difrenciação é tão resistente a discutir sua própria necessidade de mudar?

Temos que estabelecer estratégias e práticas comuns ao mercado para que a atividade publicitária volte a ganhar valor. Para tanto, um dos passos fundamentais é parar de mentir para si mesmo. É fazer o contrário do que fez a comissão técnica (ex, já que foi demitida ontem) da seleção brasileira pós fracasso na copa e admitir que há erros e desvios. Alguns graves. Não dá mais para ficar dizendo que está tudo ótimo e que está faturando horrores e tem clientes lindos.

Admito que há agências, veículos e fornecedores que estão muito bem, obrigado.Mas é nesta hora, em que está tudo bem, que devemos pensar em tornar o mercado maior e melhor para todos. Publicitários aos montes criticaram a desorganização tática e a falta de plano de jogo da seleção nacional de futebol através das mídias sociais ou em papos nos botecos da vida. Alguns criticaram o individualismo de alguns atletas. Mas o mercado publicitário regional atualmente parece seguir a tática do “cada um corra por seu lado que, se der, nos encontramos no vestiário”.

Não temos uma associação, por enquanto. Então por que não estabelecer alguns GTs que se encarreguem de pensar e executar ações voltadas para o fortalecimento do mercado? Por que não agendar um fórum regional e estabelecer algumas pautas para discussão? Essas são só duas sugestões. Precisamos de mais, muito mais. Prontifico-me a participar e colaborar, dedicando o tempo livre que me sobra.

O post com a entrevista do Jair Rodrigues, diretor de arte da Regional Marketing, publicado aqui há alguns dias causou as mais diversas e extremadas reações do mercado. Por que não aproveitar essas acaloradas discussões para por alguma ideia em pé em favor do mercado?

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Jair Rodrigues, último entrevistado do Publicitando.

Caso você pense diferente e ache que nada precisa ser feito, das duas uma: ou você está mesmo muito bem, obrigado, ou mente muito bem para você mesmo.

Vamos passar para a ação planejada ou vamos continuar choramingando pelos cantos que é para ninguém ver???

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