Coluna “Discutindo a relação…”

Melhorar a relação entre Agências de Propaganda e Clientes: um imperativo para o sucesso mútuo

Por Josué Brazil (com uma ajudinha do ChatGPT)

Foto de krakenimages na Unsplash

Esse assunto me apareceu de forma contundente ao ler um post do Dan Oliveira, CEO na Trammit Publicidade. Vale a leitura!

A relação entre agências de propaganda e seus clientes é fundamental para o sucesso das campanhas e, por extensão, para o crescimento de ambos os negócios. No entanto, diversos estudos recentes apontam para desafios persistentes que precisam ser enfrentados para fortalecer essa parceria.

Principais pontos de conflito

Processos de concorrência prejudiciais
Uma pesquisa realizada com líderes de 50 das maiores agências brasileiras revelou que 48% consideram os processos de concorrência como a prática mais condenável dos anunciantes. As críticas incluem a motivação de reduzir custos, o excesso de agências convidadas, a falta de remuneração para as participantes, a ausência de critérios claros e os retornos demorados e inconsistentes.

Desalinhamento de expectativas e escopo
Estudo do Instituto MestreGP em parceria com a Collabee apontou que 75% das agências digitais enfrentam como principal desafio a demora na aprovação de projetos, seguido por mudanças no escopo durante a execução (70%). Essas alterações impactam diretamente nos prazos e na qualidade das entregas.

Falta de reconhecimento do valor entregue
Segundo o Censo Agências, desde 2018, o principal motivo apontado pelas agências para a perda de clientes é a percepção de que os clientes não reconhecem o valor dos serviços prestados. Isso ocorre mesmo quando há entregas de qualidade e processos confiáveis, indicando uma falha na comunicação dos resultados alcançados.

Problemas internos nas agências
Pesquisa do Portal dos Jornalistas revelou que 89% dos gestores de agências não possuem processos e métodos estruturados para a gestão de clientes e equipes. Além disso, 83% não se sentem preparados para a gestão de suas equipes, enfrentando dificuldades em motivar, engajar e garantir a autonomia dos times.

Caminhos para a melhoria

Tempo para conhecer: investir tempo, estudo e aprofundamento no negócio e no mercado do cliente. Apostar em estratégia, planejamento e qualidade de entrega. Resistir às fórmulas mágicas e prontas.

Transparência e comunicação clara: Estabelecer canais abertos para feedbacks e atualizações regulares pode fortalecer a confiança entre agência e cliente.

Definição clara de escopo e expectativas: Alinhar desde o início o que está incluído no contrato e quais são as expectativas de ambas as partes evita surpresas e retrabalhos.

Valorização do trabalho da agência: Reconhecer e remunerar adequadamente os serviços prestados incentiva a agência a investir mais em inovação e qualidade.

Investimento em gestão interna: As agências devem buscar aprimorar seus processos internos, capacitar suas lideranças e estruturar melhor a gestão de projetos e equipes.

Pra terminar refletindo…

A melhoria na relação entre agências de propaganda e seus clientes exige esforço conjunto. Enquanto as agências devem investir em gestão e comunicação eficaz, os clientes precisam reconhecer o valor estratégico que essas parcerias oferecem. Somente com respeito mútuo, transparência e alinhamento de expectativas será possível construir relações duradouras e bem-sucedidas.

O mundo do ganha ganha a partir de informações valiosas

Imagem gerada por IA do Canva

Por Josué Brazil

Ontem, ao acompanhar a primeira edição do Doses de Mercado promovido pela Associação de Profissionais de Propaganda do Vale do Paraíba (APP Vale), tive a oportunidade de elevar meu conhecimento sobre os dados cross-plataforma.

Em um determinado momento, percebi o quanto a compreensão e análise de dados ricos e complexos pode jogar as estratégias de marketing e propaganda para um outro nível, um nível superior e que certamente entregará muito mais resultados para agências e, principalmente, anunciantes.

Buscar a complementaridade entre as informações, conhecimentos e insights e tentar entender como uma plataforma, uma ação ou um meio pode incrementar outro passa a ser fundamental. Chegamos, eu e Adriana Carvalho, também diretora da APP Vale e sócia fundadora da Interativa Marketing de Guaratinguetá, a discutir muito rapidamente sobre isso em meio a apresentação da dupla de palestrantes da Comscore.

Para tanto, é preciso antes de tudo, ter dados e informações confiáveis, tratados e segmentados. Lembrando sempre que dados sem contexto são quase nada. Ouvir as explanações da Comscore e as possibilidades que podem ser trabalhadas a partir de dados/informações confiáveis foi muito revelador, embora já tivesse uma boa visão sobre o tema.

Estamos em um momento de mercado em que a comunicação/propaganda deve ser extremamente segmentada, customizada e, em muitos casos, automatizada. Sem uma inteligência de dados fica difícil vencer as batalhas no campo dos negócios e consumo.

Fico imaginando o quanto de resultado as agências podem deixar de entregar para seus clientes sem ferramentas adequadas de dados e análise. Do mesmo modo, sou obrigado a imaginar o quanto os anunciantes poderiam estar incrementando ainda mais seus resultados.

Sei que não é barato acessar dados e informações através de plataformas qualificadas como a Comscore. Mas também sei que ainda não temos uma cultura solidificada em torno disso. Boa parte dos planejamentos e estratégias – quando existem – são feitos de modo intuitivo e acreditando em dados nem sempre 100% válidos.

E aqui a gente cai no velho chavão: o barato pode sair caro. Os clientes talvez tenham que entender que é necessário, sim, remunerar melhor seus parceiros de marketing e comunicação para que eles possam comprar pesquisa, assinar plataformas e, assim, ter acesso a um universo de informações que permitam, com formação técnica e raciocínio analítico, entregar estratégias bem mais vencedoras.

A equação não é simples, pois envolve todos os players do mercado de marketing e comunicação. Talvez, por isso mesmo, eventos como o de ontem colaborem para que uma nova cultura vá se formando e agências, consultorias e anunciantes consigam ir formatando soluções que impulsionem os resultados de todos.

É um ganha ganha! E, acredito, todo mundo quer ganhar.

A criatividade de sempre com um novo visual: Maria Fumaça Publicidade completa cinco anos

Agência joseense anuncia reposicionamento estratégico e novidades para 2025

Este ano foi muito especial para a Maria Fumaça Publicidade que completou cinco anos de existência, mais de 50% de crescimento e novos projetos dentro e fora do país. Para celebrar tantas conquistas e acompanhar as constantes transformações do mercado, a Mafu, como é carinhosamente chamada pelos clientes e parceiros, reformulou sua marca. O rebranding, além de trazer uma nova identidade visual, propõe a atualização no posicionamento estratégico da agência, que agora conta com um portfólio de produtos mais completo e preparado para atender as diversas demandas de comunicação e marketing do mercado.

“A gente piscou e lá se foram 5 anos. E fico muito feliz em ver quanta coisa a gente conseguiu construir nesse período. Agora, a Mafu, se prepara para uma nova fase de olho em novos desafios. E nada melhor para representar essa transformação do que um rebranding completo da marca. O reposicionamento não é apenas estético, mas também estratégico”, destaca Ana Claudia Carvalho Muniz, Fundadora e Diretora de Operações da agência.

Segundo ela, a Fumaça continua simbolizando a marca, pois não foi escolhida à toa. Como uma locomotiva, a Mafu segue a todo vapor rumo a novos horizontes, rompendo barreiras, estreitando distâncias e conectando pessoas. O manifesto da marca
representa muito a forma como a equipe trabalha: “O motor é forte e a passagem é marcante”.

A agência aproveita o novo momento para contar outra novidade, a entrada da então Head de Novos Negócios, Gabriela Cleto, na sociedade da empresa. Ela continua a frente do time comercial e planejamento de mídia, mas agora com ainda mais responsabilidades. “Nossa missão é ser parceiro de negócios dos nossos clientes.

Queremos que eles cresçam de forma sustentável e que possamos estar ao seu lado durante toda a jornada. Nosso foco é na agilidade, qualidade e na confiança das relações que construímos. É uma honra poder falar que sou sócia da Mafu, uma empresa que me fez crescer muito e que compartilha dos mesmos valores que eu. Estou muito feliz e preparada para os desafios que virão.” garante Gabriela Cleto.

Todas essas mudanças consolidam ainda mais o propósito da Mafu que é o de conectar empresas com seus públicos e transformar ideias em resultados. Para isso, o portfólio de produtos contempla serviços que vão do off ao on, agregando soluções inovadoras, que geram resultados e transformam o jeito de dialogar com seus públicos.

Atualmente, a agência atende uma carteira variada de clientes, em segmentos como: indústria, educação, saúde, mercado imobiliário, financeiro, turismo religioso, varejo supermercadista, automotivo e shoppings.

Neste último ano, a Maria Fumaça Publicidade começou a atender clientes de outros Estados e, para o próximo ano, viabilizará seu primeiro projeto internacional participando da maior feira de manutenção aeronáutica do mundo, a MRO Americas. Como uma locomotiva, a Mafu venceu barreiras, superou limites e moldou lideranças que se diferenciam no mercado da comunicação regional. Ana Claudia Carvalho Muniz entendeu a importância de criar um ambiente de trabalho flexível e acolhedor, reforçando o valor de gestão humanizada.

Uma atuação de sucesso que ganhou a confiança e parceria de marcas como: AGC Vidros, CenterVale Shopping, PB Consignado do Vale, Poliedro, Reurbi, Villarreal e Simpatia Supermercados, I9 Yamaha e muitas outras. Para Maurício Buzzetto, sócio da
I9, “a Maria Fumaça foi um divisor de águas para o meu Departamento de Marketing e o trabalho em conjunto impactou diretamente minhas vendas. São mais de 4 anos de parceria, desafios e muitas conquistas.”

A história da Mafu resume um pouco dos desafios e conquistas do empreendedorismo feminino no Brasil e a constante busca pela excelência nas entregas e construção de relações duradouras. Segundo pesquisa realizada pelo Cenp-Meios, o mercado de publicidade no Brasil de janeiro a junho de 2024 superou R$ 10 bilhões em faturamento o que apresenta um horizonte de ainda mais crescimento para a agência em 2025.

Ana Cláudia é formada em Publicidade e Propaganda, com especialização e MBA em Varejo e Mercado de Consumo. Atua há mais de 15 anos com marketing, gestão estratégica e inovação. É fundadora e diretora de operações da Maria Fumaça Publicidade.

Gabriela Cleto é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pós-graduada em Gestão Estratégica de Mercados. Tem experiência na área comercial e estratégica e planejamento de mídia. É sócia e diretora de novos negócios e mídia da Maria Fumaça Publicidade.

Além de produtos e serviços: a ascensão da economia da experiência

Por Marcelo Wakatsuki*

Com a rápida evolução do mercado, uma nova abordagem está ganhando cada vez mais destaque: a economia da experiência. O termo se refere à criação de experiências marcantes e significativas para os clientes — da participação em uma iniciativa sustentável até a personalização do atendimento, a economia da experiência está revolucionando a forma como as empresas e os consumidores se relacionam.

O conceito

A economia da experiência, termo criado por Joseph Pine II e James Gilmore em 1998, é mais do que um conceito de negócios; ela propõe que as empresas proporcionem aos consumidores momentos únicos e que deixem uma impressão duradoura. Um dos momentos mais marcantes para a fidelização dos clientes é o contato derivado das diferentes formas de atendimento.

O estudo Customer Insights de 2024, realizado pela Zenvia, em parceria com a Mindminers e a SenseData, constatou que apenas 13% das empresas realizam um esforço de segmentar a comunicação de acordo com o perfil, enquanto 72% têm espaço para melhoria e 15% não têm nenhum tipo de personalização.

A personalização é um dos principais meios utilizados por empresas para evoluir a experiência do cliente. Atualmente, é possível utilizar até mesmo inteligência artificial para se adaptar aos gostos de clientes e tornar a utilização mais satisfatória. Investir em personalização ajuda a aumentar a satisfação e a diminuir cancelamentos, além de elevar radicalmente o nível do relacionamento entre empresa e cliente, por apresentar soluções adequadas e úteis.

Por outro lado, baixos níveis de personalização e segmentação, expõem o cliente a direcionamentos e comunicações superficiais e fora de contexto, gerando frustração e reclamações. Portanto, as empresas precisam estar extremamente atentas e personalizar ao máximo suas tratativas, para além do produto ou serviço.

O cliente 2.0

A ascensão da economia da experiência pode ser atribuída a várias tendências sociais e econômicas. Com os consumidores tendo acesso a uma infinidade de opções, a diferenciação tornou-se cada vez mais complexa — esse anseio por uma relação mais profunda vem do conceito de cliente 2.0, que impulsiona a economia da experiência. As empresas percebem, agora, que o verdadeiro valor está no diferencial ofertado em experiências que impressionem os consumidores. Investir na criação de experiências positivas não apenas aumenta a fidelidade do cliente, mas também ajuda a construir uma comunidade em torno da marca.

Exemplos de sucesso

Diversas empresas têm sido bem-sucedidas na implementação da economia da experiência em suas operações. Um exemplo é a Disney, que vai além da venda de ingressos para parques temáticos e filmes. A empresa proporciona experiências mágicas e memoráveis para pessoas de todas as idades, desde a preparação e entrada em um parque Disney até o momento em que assistem a um filme da companhia em casa.

Outro exemplo é a Nike, que ultrapassa a venda comum de tênis e roupas esportivas — a marca cria experiências imersivas para os clientes, como eventos de corrida comunitários e aplicativos de treinamento personalizados. Essas iniciativas promovem um estilo de vida saudável e conectam os consumidores emocionalmente à empresa.

O futuro da economia da experiência

Com o avanço da tecnologia e a crescente demanda por experiências personalizadas, as empresas terão ainda mais oportunidades de desenvolver, inovar e se destacar com seus consumidores. Entretanto, elas enfrentarão também o desafio de manter-se autênticas e relevantes em um mundo onde as expectativas do público estão sempre evoluindo.

A ascensão da economia da experiência representa uma mudança fundamental na forma como as empresas fazem negócios. Ao priorizar a criação de experiências significativas, as empresas se diferenciam da concorrência e constroem relacionamentos mais profundos e duradouros com os clientes.

*Marcelo Wakatsuki é CMO da Zenvia