Aquele abraço
Josué Brazil
Sempre na primeira ou segunda aula de Mídia digo que não há uma área da propaganda que tenha evoluído, alcançado sofistificação, técnica e importância quanto a mídia.
É lógico que sempre trago todas as brasas para a minha sardinha (rs), mas há um enorme fundo de verdade nesta afirmação. O profissional de mídia passou por mudanças radicais nos últimos 20 ou 30 anos. Além de ter que passar a dominar novas técnicas e entender novas tecnologias, passou a ter (graças a Deus)um papel muito mais estratégico.
Ao longo do percurso houve dor, como sempre há quando passamos por mudanças. Mas houve também a delícia de vencer desafios e se firmar como um profissional importante e decisivo para o anunciante. Ao longo do caminho aproximou-se cada vez mais do planejamento e da criação, o que ajudou a quebrar a imagem de um profissional meramente “burocrático”.
A atuação do departamento saiu do final da linha de produção das campanhas e passou a integrar-se ao planejamento, desenvolvimento, implementação e pós campanha. Vieram os meios digitais e a multiplicação absurda dos pontos de contato com o consumidor. Ficou muito mais difícil fazer mídia. O consumidor ficou exigente, cético e aloca atenção somente em mensagens muito interessantes, úteis e pertinentes. Tudo isso, entretanto, só torna a coisa mais instigante, divertida e desafiadora.
Li há alguns anos num especial sobre os profissionais de mídia da Meio&Mensagem que o mídia seria o grande integrador das disciplinas e das plataformas de comunicação, promovendo um pensamento amplamente estratégico e capaz de gerar muita sinergia de comunicação para as marcas e produtos. Concordei na época e sigo concordando firmemente.
Leciono mídia há mais de 20 anos. Nunca foi fácil. Os alunos sempre torceram o nariz para essa área de atuação. Quando coloco as fórmulas e métricas em pauta… quase um desespero na sala. Mas consegui “salvar umas almas” que hoje atuam ou atuaram em mídia. Tive que aprender muito também para poder repassar da melhor maneira possível.Continuo tendo que aprender bastante.
Sabemos da “dor e delícia” de ser o que somos. Ganhamos mimos mais do que qualquer outro profissional da agência. Ganhamos jantares, almoços, cafés da manhã, festas, ingressos para shows e espetáculos. Mas também sofremos enorme pressão de veículos e anunciantes. Sofremos a pressão dos prazos, das falhas na programção, dos possíveis erros nos mapas… Enfim, dor e delícia, sempre!
Fica aqui um enorme abraço e desejo de muito sucesso a todos que atuam em mídia.
É exatamente isso! Irei compartilhar. Abraço
Valeu, Filipe!