Mídia exterior muda cenário urbano e impacta público em tempo real

Por Marcela Fróes da Motta Mattos*

Em um mundo onde a atenção é disputada segundo a segundo, a mídia OOH – Out of Home – vem se reinventando com agilidade e inteligência. De painéis estáticos a experiências interativas conectadas ao mobile e à inteligência artificial, o OOH deixou de ser um meio complementar para se consolidar como parte estratégica nos planejamentos de mídia de marcas globais e nacionais.

A principal tendência mundial deste segmento e a que mais tem repercutido é o Digital Out of Home (DOOH), que segue em ritmo vertiginoso de crescimento. Telas digitais em tempo real, programáticas e interativas transformaram a maneira como marcas e consumidores se comunicam nas ruas. A possibilidade de segmentar, personalizar e atualizar campanhas instantaneamente coloca o meio em sintonia com a lógica da mídia digital.

Campanhas OOH precisam estar cada vez mais integradas a dados de geolocalização, comportamento, poder de consumo e audiência em tempo real. A união com dispositivos móveis permite criar experiências em multicanais, onde o impacto na rua pode ser ampliado com QR Codes e ativações geolocalizadas.

A onda verde também chegou às ruas através da mídia exterior. São os mais novos e conhecidos projetos de Gentileza Urbana. Uso de materiais recicláveis, estruturas verdes, energia limpa e devolutiva social para as cidades, começam a ganhar protagonismo nos principais centros urbanos. Cada vez mais, vemos as marcas buscando ações criativas que gerem mídia espontânea e engajamento nas redes sociais, reforçando a força do OOH como gerador de buzz e relevância.

Quando olhamos nosso Brasil, tão grande e diverso, o OOH tem mostrado resiliência e capacidade de adaptação. Dados recentes do CENP (Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário) apontam um crescimento contínuo na participação da mídia exterior nos investimentos publicitários. As grandes capitais, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba seguem como vitrines de inovação, e exemplos de adaptabilidade com empresas investindo em DOOH e mais do que isso, entendendo a mídia exterior como complemento de experiências e presença marcante na jornada dos consumidores urbanos.

Historicamente, o OOH sempre teve grande impacto por sua presença física e alcance massivo. Mas sua evolução nos últimos anos ampliou não apenas sua eficiência, mas também sua capacidade criativa. Hoje, OOH é mídia de performance, de branding, de ativação e de experiência.

De um meio visto como tradicional, diria que ele passou a ser um hub de inovação – combinando tecnologia, dados, design e impacto urbano.

Em um cenário saturado de telas pessoais, a mídia fora de casa voltou a ser protagonista, justamente por ocupar espaços públicos de forma relevante e criativa. O desafio agora é continuar evoluindo em métricas, mensuração e integração com o digital – sem perder sua essência de mídia urbana, humana e coletiva.

O futuro do OOH já está nas ruas. E ele é muito mais inteligente, dinâmico e conectado do que nunca.

*Marcela Fróes da Motta Mattos é formada em Comunicação Social e Diretora Comercial da Midialand.

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