Uma maratona de propaganda e comunicação mercadológica
Mais uma vez tive a oportunidade – eu e mais de 60 alunos da Comunicação Social da Unitau – de acompanhar uma edição do Festup – Festival Universitário de Propaganda. Esse evento, organizado pela APP e que chegou a sua vigésima quarta edição, reúne, em um fim de semana, diversos palestrantes de várias áreas da comunicação mercadológica e alunos (muitos de muitos lugares diferentes).
Vou tentar apresentar aqui um breve resumo do que vi e ouvi por lá. Não de tudo, mas daquilo que achei mais relevante. Vamos ver:
SÁBADO – 01/09
Comecei o dia muito bem, assistindo a uma excelente palestra do ótimo Hugo Rodrigues, da Publicis. O cara é fera e deu show de humildade e simpatia. Chegou a se emocionar de verdade com as palmas do público no final da palestra.
Ele centrou sua palestra em cinco itens que ele acha que a comunicação deve buscar trabalhar em um produto/serviço e estabelecer seu território: qualidade (citou o exemplo da Apple); serviço (o produto adicionar serviços, citou a Porto Seguro Auto); preço (estabelecer-se como o melhor preço, citou o Habibs); atendimento (o consumidor dá imenso valor ao bom atendimento, maior que ao preço e condições de pagto.) e ideia (o posicionamento, a ideia que pode diferenciar o produto).
Depois dele fui assistir ao Pyr Marcondes, da Plataforma PróXXIma, que palestrou sobre criatividade e inovação. Ele traçou uma trajetória de conceitos e ideias sobre inovação que abarcou biólogos, físicos e até Darwin. Mostrou que dos restos, do acúmulo de excedentes, do cruzamento de ideias e conceitos já usados é que surge a inovação. E que há saltos criativos da humanidade que surgem de momentos propícios para isso. Trouxe a conversa mais para o campo da propaganda mostrando o filme “Hitler”, de W.Olivetto para a Folha de S.Paulo, e o clássico “1984” feito para Machintosh, da Apple.
Isso é o que eu destaco do sábado!
DOMINGO – 02/09
Comecei o domingo assistindo à palestra de Marcello Magalhães da Leo Burnett Taylor Made. Marcello foi a Cannes esse ano e reuniu algumas tendências de tudo que observou por lá. São quatro:
brand militance – marcas abraçando uma causa (ver o case do Small Businnes Day)
brand real- marca se envolvendo na vida real das pessoas
brand app – marcas desenvolvendo tecnologia ligada a seus produtos e serviços (aplicativos, ver o case da Nike, Fuel)
brand shopping – como os hábitos de compra têm sido decisivos na hora de gerar relevância para as marcas
Na parte final ele apresentou o conceito HumanKind, que guia toda a filosofia de trabalho da Leo Burnett – a criatividade tem o poder de mudar o comportamento humano (vai virar livro editado no Brasil). Marcello mostrou que oHumanKind ativa-se através dos 4Ps
Pessoas – e não apenas consumidores
Propósito – a razão de existência de uma marca na vida das pessoas
Participação – menos discurso, mais ação
Popularidade – cria uma atmosfera em que a marca surge como uma propriedade das pessoas
Em seguida fui acompanhar a palestra do auditório laranja no módulo de mídia. O tema era – A inovação interativa e a mídia. Eram dois palestrantes. O primeiro a palestrar foi Guilherme Horácio da Agência ClickIsobar.
Horácio começou dizendo que os canais são muitos e estão interligados em diversas plataformas.Também afirmou que estamos passando de um mercado de massa para um mercado de nicho.Ele não é mais definido por geografia, mas sim por interesses.
Horácio apresentou uma pesquisa que mostra que o Digital influencia mais do que jornal, rádio e revista. Também afirmou que o trabalho dos mídias ficou mais complicado.Eles têm que enxergar dentro do caos a luz.
Depois foi a vez de Fabrício Proti, do Facebook.Ele iniciou dizendo que atualmente o Facebook tem 950 milhões de usuários no mundo e que ele está reconstruindo a internet em torno das pessoas. Não se procura mais apenas conteúdo, mas sim pessoas!
E que o foco de quem trabalha com comunicação deve estar no comportamento e não na tecnologia.
Ele demonstrou que apenas 150 pessoas são realmente importantes e influentes em sua rede no Facebook. Disse também que o Facebook tem 51 mi de usuários ativos no Brasil e que estes dedicam 07:45 de horas/mês ao site de relacionamento.
Fabrício disparou: Marcas grandes e globais passam a ter uma relação individual com suas marcas através do Facebook.
Para fechar o dia e o Festup assisti a uma ótima palestra de áudio de Jarbas Agnelli, que foi diretor de arte da W/Brasil e hoje é proprietário da AD, produtora de som. Destaco o fato de ele ter demonstrado que ele ter aprendido a trabalhar com imagem e som juntos fez com que seu trabalho melhorasse e ganhasse destaque. Mostrou um vídeo sensacional : The city of Samba. Procurem aí pela internet.
Foi isso! E foi bom demais. Ano que vem estaremos novamente por lá!