Profissional deve ser mais proativo e atuar como gestor do próprio trabalho. Ferramentas de colaboração evitam o isolamento social
por George Paiva*
Tecnologia e capital humano nunca estiveram tão próximos quanto agora, na Era da Colaboração. Com diversas tecnologias que permitem otimizar o tempo, diminuir custos e aumentar produtividade, os digital workspaces ganham mais espaço e adeptos em todo o globo. E um dado chama a atenção: a pesquisa Home Office Brasil edição 2016, da SAP Consultoria RH, aponta que nos últimos cinco anos, 80% das empresas brasileiras – públicas e privadas – implementaram a prática de home office, sendo 67% delas multinacionais.
A definição de home office não é apenas mudar o local de trabalho: estamos falando de uma profunda mudança de hábitos, que envolve horários, relações interpessoais, lazer e forma de ver a vida.
Para que esse movimento seja possível, a empresa deve disponibilizar o acesso a informações, ferramentas e recursos que, antes, eram localizados apenas nos escritórios. Ao mesmo tempo, o perfil desse profissional também se transforma: ele passa a ser responsável por produzir de onde estiver e sua gestão passa a ser feita por resultados, e não mais pelo modo de se trabalhar.
Há algumas características básicas que devem estar presentes nos colaboradores remotos:
● Conhecer bem o trabalho e as ferramentas: além de saber realizar as atividades básicas do dia a dia, o profissional deve dominar as ferramentas que o ajudarão a ser mais produtivo. Para que os resultados sejam de acordo com o esperado, ele também deve conhecer muito bem a organização em que trabalha e os seus processos operacionais e de colaboração.
● Gerir os próprios resultados: para atingir a produtividade esperada, cabe ao indivíduo fazer uma autogestão, pois ter alto nível de desempenho é essencial para trabalhadores remotos. Apesar do conceito de colaboração, a necessidade de supervisão e ajuda dos colegas deve ser menor em um digital workspace, assim, o tempo de troca de informações e reuniões será otimizado e melhor aproveitado.
● Controlar o próprio tempo: o teletrabalhador é mais sensível à distração e à dispersão. Ter uma agenda de atividades e um local adaptado dentro de casa são dicas preciosas para manter a autodisciplina e evitar a procrastinação de atividades.
As mudanças também devem ocorrer no psicológico de cada pessoa. Apesar de ser uma boa opção para aumentar a qualidade de vida, o home office exige que o profissional se adeque às novas formas de interação social. Evitar a solidão e o isolamento no exercício das atividades de trabalho é o grande desafio que os digital workspaces impõem às pessoas. Boas alternativas são encontros periódicos entre colegas e clientes e participar ativamente de redes sociais e grupos corporativos.
Não se trata, de fato, de uma mudança de tecnologia, apenas. É uma quebra de paradigma na forma de lidar com as relações de trabalho e sociais. De lidar com a vida.
*George Paiva é diretor de RH na América Latina da Orange Business Services
Fonte: aboutCOM – Natália Diogo