O que você comunica nem sempre é o que você queria comunicar
O que é sentido para você? Como você produz sentido nas suas comunicações?
Será que o que consideramos “sentido” é de fato a realidade? Quando pensamos na Teoria da Comunicação, ele está muito relacionado ao código. A gente sabe que existem ruídos, que existe o canal, etc. e tal. Mas o sentido mesmo está no código, certo? Então, a gente escolhe as palavras coerentes ao nosso público, tenta criar uma narrativa agradável e simples. E mesmo assim, muitas vezes, não funciona. O que estamos fazendo de errado?
Veja bem, a Análise de Discurso (escola francesa) desconstrói essa ideia de “sentido”. Ela defende que o que criamos é uma NOÇÃO DE SENTIDO, não o sentido em si. E para essa noção chegar o mais próximo possível ao que desejamos, precisamos de interação. Vai muito além do código que usamos, das palavras que escolhemos, do meio. É a nossa forma de nos conectar ao nosso público. Como deixamos os assuntos mais atrativos? Como fortalecemos a relação? Como ouvimos? O que nossos comportamentos comunicam? (Pense nisso tudo como empresa).
Enquanto a gente achar que apenas jogar uma informação na campanha, no jornal ou na revista já será suficiente, continuaremos errando. Precisamos pensar em comunicação como gestão, como relacionamento, como diálogo, como construção. Nunca emitiremos uma mensagem se o nosso público não estiver afim de ouvi-la. Vamos começar de novo?