Coluna “Branding: a alma da marca”

Uma sociedade comunicadora, mas com muito pouco a dizer

A educação voltou a ser um dos principais temas de debate na atualidade. No olho deste furacão uma sociedade onde a tecnologia faz da comunicação a mola propulsora da revolução. Mas é aí? por que estamos discutindo isso? O que isso significa?

Significa que todos nós precisamos nos preparar para um mundo de comunicadores sem qualificação. No mundo revolucionado pela comunicação, toda opinião, não importa a sua qualidade, estará disponível e terá leitor, o que não significa educação. Significa o caos dos contraditórios.

Basta ver que hoje os veículos de comunicação tradicionais se preocupam em fazer “recall” da informação, caçando as chamadas fakenews. No entanto, cada vez mais a credibilidade destas mídias chamadas tradicionais é colocada à prova. Vivemos uma nova idade média, onde a desinformação, ou melhor, o desconhecimento paira no ar, e é preciso pessoas esclarecidas para conduzir.

No mundo globalizado onde a internet oferta troca de informações instantaneamente, o papel do educador nunca foi tão relevante. Na origem da palavra, que pode ser facilmente encontrada com uma “googada”, temos conceitos como o latino “ex ducere”, guiar para fora, ou também encontrado com outras raizes como “educir”, trazer para fora, ambas com o mesmo sentido.

Inclusive a palavra “conDUCIR” que vem desse radical nos da uma boa ideia do que isto representa.

Neste exemplo observamos o nó que se tornou a discussão sobre educar.

Encontrar a origem etimológica foi muito fácil, a um simples toque no “touch”. Porém, compreender a importância deste conceito requer preparo e vínculo. Não se faz um aprendizado simplesmente com um vídeo na internet ou com um professor sem ideologia. O educador é um CONDUTOR para fora dessa lama, uma função importante e valiosa , mas cada vez mais combatido.

Foto: Pixabay

Diferente do que muitos podem imaginar, um professor não é um “doutrinador” por excelência que se preocupa apenas em transmitir informações que lhe interessa, mas aquele que constrói um conjunto de experiências com estas informações que quando relevantes ao aluno faz o mesmo chegar ao que chamamos de significado. Muitas vezes o aluno encontra outro significado, mas nem por isso significa que no caminho não precisou ser conduzido pelo professor.

A construção do significado depende de um conhecedor dos caminhos e de outro disposto a caminhá-lo, dessa forma, se requer que o professor tenha vivência previa, convicções pessoais e de um aluno que apreenda a pensar por si só com suas próprias vivências.

A ideia de uma escola que possa ser transmitida on line e sem um professor com convicções pessoais parece nos levar a tentar achar combustão espontânea na educação.

O fato é que, seja por questões econômicas ou partidárias, estamos discutindo a educação, tentando criar um modelo fadado ao fracasso.

É possível construir uma educação mais contemporânea sem matar o aprendizado.

Basta deixar que o livre mercado a regulamente, pois, talvez para isso funcione o modelo.

O aluno deve escolher se quer mais aulas on line ou presenciais, pagando o justo preço por isso. E também escolher quem o regulará por estas informações, o professor de linha X ou aquele com linha Y.

Enfim, se não quisermos uma sociedade com um monte de informações que não nos serve como aprendizado é preciso deixar existir uma PLURALIDADE DOUTRINÁRIA. Sem tentarmos impor aquilo que acreditamos podemos tatear as coisas e aprender a decidir sobre o que nos serve ou não, e isso faz o compreender das coisas. Penso assim, mas aceito ser contrariado!

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Pessoal, no mês de Dezembro me darei férias desta coluna, até por que ela sairia bem no dia de Natal. Por isso, agradeço a todos pelo companheirismo da leitura, desejo um feliz fim de ano e um excelente 2019. Até a próxima !