Vamos promover “espetáculos” cheios de bons conteúdos?
Por R. Guerra Cruz
Primeiramente, gostaria de me desculpar pela ausência ou atraso na minha postagem mensal. Equilibrar aulas na Universidade, trabalhos de redator e ainda cuidar de 3 filhos não é um job tão fácil assim rs
E por falar em equilibrar pratos e espetáculos circenses, este mês vamos falar de um assunto muito em alta na Academia e na boca do povo, a “sociedade do espetáculo” e como essa espetacularização está impactando nas campanhas das marcas (ou deveriam).
Antes de mais nada, precisamos entender que a “sociedade do espetáculo” é aquela em que as pessoas são constantemente bombardeadas com informações e estímulos visuais e sonoros, muitas vezes vazios e sem sentido. É como se vivêssemos em um grande show, em que tudo é feito para chamar a nossa atenção e nos fazer consumir cada vez mais.
Mas como o design criativo e sustentável pode ajudar nesse contexto?
Simples: ao criar campanhas publicitárias que chamem a atenção das pessoas para questões importantes, como a preservação do meio ambiente, a inclusão social e a valorização da diversidade, as empresas podem fazer a diferença na vida das pessoas e ainda promover a sua marca de forma positiva.
Um exemplo de campanha que fez isso foi a da empresa de cosméticos Natura, que em 2020 lançou a linha “Plant”, feita com ingredientes naturais e embalagens recicláveis. Além de ser uma opção mais sustentável para os consumidores, a campanha também trouxe à tona a importância da preservação do meio ambiente e da valorização da biodiversidade.
Outro exemplo foi a SSCS que visa conservar e proteger ecossistemas e espécies oceânicas combatendo a destruição da fauna marinha. O grupo uniu-se às agências de publicidade Tribal Worldwide São Paulo e DDB Guatemala para lançar uma campanha chocante de conscientização sobre os plásticos.
Tradução: “O plástico que você usa uma vez tortura o oceano para sempre”.
Mas o que faz uma campanha publicitária ser criativa e sustentável ao mesmo tempo?
Aqui vão algumas dicas:
● Pense fora da caixa: não tenha medo de sair do óbvio e criar algo novo e surpreendente. A criatividade é a chave para chamar a atenção das pessoas.
● Seja autêntico: não adianta tentar fingir que se importa com uma causa só para vender mais. As pessoas sabem quando uma empresa é verdadeiramente engajada em uma questão.
● Promova ações concretas e impactantes: não basta falar sobre sustentabilidade e inclusão social, é preciso agir de forma coerente com esses valores e demonstrar a urgência do fato.
● Use as redes sociais a seu favor: elas são uma ferramenta poderosa para disseminar mensagens e engajar o público, sempre pense em como ela vai propagar nesse meio antes de criar.
Já pensou que as estratégias da sociedade do espetáculos podem ser usadas para boas causas? Pense nisso!
Curiosidade: Quem cunhou o termo “sociedade do espetáculo?”
Guy Debord, filósofo e escritor francês, que em 1967 publicou o livro “A Sociedade do Espetáculo”, em que analisa a forma como as relações sociais são mediadas pelas imagens e pela cultura de massa. Sua obra é um importante marco no estudo da comunicação e da cultura contemporâneas.