Marketing digital B2B em 2025: negócio, execução e inovação integrados geram o desafio

Por Mário Soma*

O marketing digital no B2B “subiu a régua” em 2024. O que antes era considerado quase suficiente (pensar em campanhas e gerar leads), hoje não funciona como antes. As empresas enfrentam um dilema mais complexo: como educar o mercado e criar um diferencial competitivo real quando a comunicação digital virou commodity?

As tendências para 2025 no marketing digital não são muito diferentes se comparadas com as do ano passado, a não ser pela Inteligência Artificial (IA), que deve acelerar uma série de mudanças em termos de produtividade.

Mesmo assim, dá para continuar apostando que tudo começa na base: o negócio. Poucas empresas conseguem conectar comunicação e marketing às estratégias que realmente impulsionam o crescimento. É aqui que muitas falham.

Nos diagnósticos que tenho participado, os padrões de erros são claros:

  • Excesso de foco em conteúdos e canais digitais, sem estratégia definida.
  • Indicadores Chave de Performance (KPIs) que não se sustentam.
  • Muito investimento em mídia paga, mas quase nada em dados sobre o Perfil Ideal de Cliente (ICP ) e inteligência de mercado.
  • Marketing e Comercial trabalhando sem integração, duplicando esforços, com mensagens e visões diferentes.
  • Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM) mal gerido, com dados ruins que resultam em insights distorcidos.
  • Assessoria de imprensa (PR) subutilizada na estratégia digital.
  • Branding colocado em segundo plano.

Segundo a pesquisa “O Estado do Marketing no Brasil”, conduzida pelo Hubspot, a aproximação dos times de diversas especialidades é vital para o crescimento, sendo que 59% dos profissionais entrevistados concordam que trabalhar em equipe para aumentar a qualidade dos dados é fundamental na caminhada rumo à uma compreensão sólida do cliente.

Por isso, uma possível solução é a prática do marketing ambidestro que equilibra execução eficiente com exploração inovadora:

  • A execução eficiente garante o funcionamento diário: Campanhas regulares, anúncios pagos e conteúdos evergreen. Aqui o Retorno Sobre o Investimento (ROI) tende a dar sinais de vida.
  • A exploração criativa abre espaço para novas ideias, como Account Based Marketing (ABM) personalizado e IA para nutrir leads: É o que constroi a diferenciação a longo prazo.

Dessa forma, alcançar o sucesso exige:

  • Alinhar ainda mais a área de marketing com a área de negócios: Estratégias de comunicação são ferramentas, não o fim em si mesmas.
  • Investir nos dois lados: Execução sem inovação é previsível; inovação sem execução é insustentável.
  • Questionar sempre: Quando foi a última vez que sua equipe propôs algo disruptivo?
  • Testar, ajustar e aprender: É na consistência que surgem os resultados.

Comunicação no B2B não é custo, é investimento. Gera melhores resultados quando alinhada ao negócio e guiada por uma estratégia ambidestra.

E você? Está explorando novas possibilidades enquanto domina a execução ou preso a táticas que já não entregam resultados? O futuro pertence a quem une maestria e ousadia, com foco no que realmente importa: o negócio.

*Mário Soma é CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação

 

 

Estudo da ESPM indica o que causa nostalgia

Estudo da ESPM aponta que música, filmes e séries influenciam o sentimento de nostalgia

Pesquisa realizada pelo Núcleo de Marketing e Consumer Insights da ESPM mostrou ainda que alimentos e brinquedos também são destaque como ativos de lembranças do passado

Música, filmes e séries são os tópicos que mais despertam o sentimento de nostalgia apontados no estudo Consumo Nostálgico do Núcleo de Marketing e Consumer Insights (NUMA) da ESPM, escola de negócios, comunicação e marketing. A pesquisa, realizada em parceria com a empresa MindMiners, ouviu 561 pessoas em todo o território nacional, sendo 48% concentrada no Sudeste.

Para 59% dos entrevistados as músicas são responsáveis por mais pensamentos em relação ao passado, seguido de filmes e séries, com 50%. Alimentos ocupam o terceiro lugar, com 48%, e em seguida brinquedos com 37%. O universo etário do estudo variou entre 18 e mais de 41 anos e em todas as faixas a música aparece como principal ativo do passado, para mais de 50% dos participantes.

A nostalgia é um aspecto importante para 27% dos participantes, que remete à boas sensações como felicidade para 53%, emoção para 45%, bem-estar para 34% e tranquilidade para 32%. “É um contraponto interessante, pois a pesquisa apontou que a nostalgia não está vinculada a sentimentos de melancolia. As atividades do passado são boas lembranças”, diz Helder Haddad, coordenador da área de Inteligência do NUMA, que também pontuou que mães (58%), pais (40%) e avós (22%) têm papel relevante na influência nos gostos por produtos e atividades do passado dos entrevistados.

Outros pontos destacados no estudo mostram que 31% dos participantes da classe A pensam bastante sobre os brinquedos da infância, contudo as classes C, D e E concordam pouco (32%) com essa afirmação. As regiões Norte e Centro-Oeste pouco se lembram das comemorações no passado, enquanto o Nordeste faz questão de manter essas festividades presentes na memória (29% responderam concordar totalmente com essa afirmação). A alta memória olfativa está presente para 26% dos entrevistados do sexo feminino, enquanto para o perfil masculino pouco importa.

Diversas marcas e produtos foram citados pelos participantes, entre eles Atari, Avon, Disney, Estrela, Kinder, Kichute, Kodak, Melissa, Mesbla, Mirabel, Nestlé, Neutrox, Nintendo, Pernambucanas e Trakinas.

A pesquisa mostrou ainda que os participantes afirmam pensar nas brincadeiras do passado (32%), lembram do cheiro da infância (27%), lembram de comemorações do passado (32%), lembram de desenhos animados do passado (25%) e admitem ser uma pessoa propensa a sentir nostalgia (35%).

Fonte: NovaPR – Flávia Nakamura