Inclusão digital

Projeto Rede de Comunicação do ITA possibilita inclusão digital para comunidade ribeirinha em Acará (PA)

Objetivo foi instalar uma rede de comunicação para 1.500 habitantes na comunidade de Boa Vista

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A partir de um olhar comunitário, o projeto Rede de Comunicação, composto por alunos do curso Engenharia da Computação e C-lab (Laboratório de Cidadania) do ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica), foi até a pequena Boa Vista do Acará, uma comunidade de 1.500 habitantes localizada na cidade de Acará, no Pará (PA), para realizar a inclusão digital dessa população ribeirinha de baixa renda por meio da instalação de uma rede de comunicação. O projeto teve como colaboradores o IDDS (International Development Design Summit) Amazon 2016, coordenado pelo D-lab/MIT (Development through Dialogue, Design and Dissemination), o LASSE (Laboratório de Sensores e Sistemas Embarcados), da UFPA (Universidade Federal do Pará), e contou com o financiamento da T61/ITA.

A Rede de Comunicação, após identificar as necessidades locais, instalou o hardware no período de março a setembro de 2016. Neste período, três alunos do ITA viajaram mais de uma vez para Boa Vista do Acará para planejar e implementar o projeto com participação intensa da comunidade e dos parceiros, levando a internet à escola, ao posto de saúde e à Associação de Produtores. Além disso, em julho, dois alunos foram selecionados para participar do encontro internacional IDDS na comunidade.

De acordo com Cecília César e John Bernhard Kleba, professores do ITA, cada aluno trouxe diferentes talentos, que no trabalho em grupo, se complementaram e fizeram o projeto ser um sucesso. “Para a realização desse projeto, lidamos com a cultura e expectativa local. Além da instalação da rede de comunicação, impactamos diretamente a vida de uma comunidade carente por meio do uso inteligente da tecnologia”, disseram os professores.

Sobre a instalação – Um enlace de rádio foi instalado com o uso de 4 antenas Ubiquiti Airgrid M5 HP Ag-hp-5g27 27dbi, interligando a UFPA (Universidade Federal do Pará) à torre próxima da escola da comunidade (6 km), e um segundo enlace comunica com uma segunda torre localizada a 2 km junto à Associação de Produtores de Boa Vista do Acará. A banda do link de rádio é de 100 Mbps e foi fornecida pelo CTIC (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação) da UFPA.

Uma segunda fase do projeto, que inicia em breve, desta vez sob coordenação do NUPEF – Rio de Janeiro/Fundação Ford, vai realizar a capacitação da população local para o uso inteligente da internet, priorizando o acesso digital como ferramenta de educação, de saúde pública e de auxílio para as cooperativas de produtores locais.

O projeto contou ainda com a colaboração da SBA Communications, Laps Informática, Constrói Telecom e Cisco.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social – ITA – Thaís Mazini

De SJCampos para o Vale do Silício

Startup de iteanos é qualificada no Vale do Silício

Formados pelo ITA em Engenharia de Computação e Engenharia Aeronáutica, três iteanos se uniram para iniciar uma trajetória empreendedora. Depois de consolidar a primeira empresa, nascida dentro do ITA-DCTA, criaram uma nova startup que foi qualificada recentemente no Vale do Silício.

Tudo começou quando, em 2004, Alysson Melo, Antonio Davi e George Batschinski fundaram a empresa GTAC, que nasceu na Incubaero, incubadora do ITA-DCTA. Eles desenvolviam soluções em softwares sob encomenda para diversos mercados, em especial o da aviação, atendendo a clientes como Azul, TAM, GOL, Embraer, Helisul, entre outros.

Há cerca de dez anos, uma nova oportunidade surgiu. Juntos, os três vislumbraram a criação de uma plataforma de aceleração do desenvolvimento de sistemas e minimização do custo total de um projeto de software. Posteriormente, durante um período de mais de um ano, analisaram e estudaram o mercado, entendendo as soluções disponíveis e então decidiram criar a Back4app, que nasceu em 2015 com o aporte de capital de investidores-anjo que apostaram na ideia.

startup-1018514_640Segundo Antonio Davi, a Back4app surgiu da própria necessidade dos três. “Depois de termos desenvolvido centenas de projetos de software nos últimos dez anos para grandes empresas e startups brasileiras, percebemos que boa parte do desenvolvimento de software é repetitiva e pode ser automatizada. O Back4app nasceu para isto. Para tornar o desenvolvimento de software mais rápido e eficiente”, conta.

Em janeiro deste ano, surgiu uma grande oportunidade no mercado, quando um grande player chamado Parse (empresa que pertence ao Facebook) decidiu desligar e um milhão de desenvolvedores que o utilizavam ficaram sem solução para seus aplicativos. “Nos colocamos no mercado como o melhor substituto para o Parse e temos crescido muito rápido desde então. Estamos 100% dedicados a este projeto”, completa Antonio Davi.

Em março, uma nova versão da plataforma Back4app foi lançada. O tiro foi certeiro e milhares de desenvolvedores ao redor do mundo migraram para o Back4app e começaram a recomendar a empresa. A plataforma já conta como mais de 7 milhões de dispositivos conectados e processa diariamente mais de 2 milhões de requisições em sua infraestrutura.

“Somos muito gratos por toda a experiência que tivemos no ITA. O instituto nos possibilitou desenvolver uma rede de relacionamentos muito forte com os próprios iteanos, o que nos ajudou muito ao longo destes anos e ainda tem nos ajudado. Além do brand do ITA, que nos deu credibilidade no momento que estávamos apenas começando. E também não podemos deixar de citar as iniciativas do H8, que nos possibilitou desenvolver esse nosso espírito empreendedor”, finaliza o engenheiro.

E a repercussão foi rápida, pois em um curto tempo, a empresa atraiu a atenção de players de peso no Brasil e nos Estados Unidos. A Back4app foi então convidada a ingressar no programa de desenvolvimento de empresas da Endeavor e também selecionada para ingressar no concorrido programa Launchpad, da Universidade de Stanford. Após 30 dias nos EUA, a empresa recebeu um aporte de capital da aceleradora de empresas do Vale do Silício, a Plug & Play Ventures, e ingressou em seu programa de aceleração Startup Camp. Desde então, a startup está instalada no Vale do Silício, entre as mais visadas empresas de tecnologia do mundo.

Assessoria de Comunicação Social – ITA