O audiovisual na redução das barreiras digitais

Por Alexandre Luppi*

A revolução digital transformou a maneira como nos comunicamos, trabalhamos e consumimos informação. A indústria audiovisual brasileira tem se consolidado cada vez mais como uma parte importante da economia e da cultura nacional. E, falando também de uma visão mais macro, um levantamento feito pela Deloitte indica que o mercado global de filmes e entretenimento deve crescer uma taxa média de 7,2% ao ano, alcançando uma receita de US$ 170 bilhões em 2030.

O aumento da produção de vídeos curtos e tecnologias inovadoras, como Inteligência Artificial e vídeos 360, não fica de fora, não! É uma tendência que está impulsionando a criação de conteúdos cada vez mais imersivos e personalizados. De acordo com um estudo produzido pela Cisco, até 2025, os vídeos representarão 82% de todo o tráfego da internet, pois eles já não são mais apenas atrativos visualmente, mas também ótimos para transmitir determinadas mensagens e alcançar diferentes públicos. Já não é novidade para ninguém que o consumo de informações em formatos dinâmicos, que combinam narrativa, som e visuais impactantes, tem crescido em torno de todo o mundo.

No entanto, é evidente que nem todos acompanharam essa massificação tecnológica (não intencionalmente!). Essa rápida evolução também gerou um grande desafio: garantir que todas as pessoas tenham acesso às tecnologias e saibam utilizá-las de forma eficaz. Nesse contexto, os conteúdos audiovisuais surgem como ferramentas fundamentais para a promoção da inclusão digital, facilitando o acesso ao conhecimento e ampliando as oportunidades para aqueles que ainda enfrentam barreiras no uso da internet e de recursos tecnológicos.

Para exemplificar, deixo aqui os dados do TIC Domicílios 2024, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. O estudo mostra que 159 milhões de brasileiros (84% da população) acessam a internet no país. Entretanto, a pesquisa também revelou desafios para o processo de inclusão digital do país, apontando que 29 milhões de pessoas ainda não têm acesso à internet.

Dessa forma, a acessibilidade proporcionada pelos vídeos, podcasts e transmissões ao vivo é um dos principais fatores que tornam o audiovisual um aliado na inclusão digital, pois simplificam conceitos e tornam o aprendizado mais intuitivo, atendendo desde crianças até idosos. Pessoas que não possuem familiaridade com esse mundo podem encontrar dificuldades em textos escritos, mas acabam absorvendo com mais facilidade informações transmitidas por meio de elementos visuais e sonoros.

Não posso deixar de destacar alguns dos benefícios do audiovisual nesse contexto. O primeiro deles é o impacto direto na acessibilidade de pessoas com deficiência. Recursos como legendas, audiodescrição e intérpretes de libras permitem que indivíduos com deficiência auditiva ou visual, por exemplo, consigam consumir conteúdos de maneira mais autônoma. Essa adaptação não apenas amplia o alcance da informação, mas também fortalece o direito à comunicação e à participação de todos.

Outro aspecto importante é o papel das plataformas digitais na disseminação do conhecimento. Redes sociais como YouTube, TikTok e Instagram são utilizadas para ensinar desde habilidades básicas, como acessar um serviço bancário online, até temas mais complexos, como programação e empreendedorismo. Isso permite que mais pessoas tenham contato com a tecnologia de maneira prática e acessível, reduzindo as barreiras que impedem a inclusão digital.

Alexandre Luppi, co-fundador e CCO da Compasso Coolab – Créditos: Divulgação

A educação também se beneficia do uso de conteúdos audiovisuais. Com o crescimento do ensino à distância, vídeos explicativos e aulas online se tornaram uma alternativa eficiente para aqueles que não podem frequentar instituições de ensino presenciais. Cursos online, webinars e plataformas oferecem a possibilidade de capacitação profissional e desenvolvimento pessoal, independentemente da localização geográfica ou da condição socioeconômica do indivíduo.

Diante desse cenário, fica evidente que o audiovisual é peça-chave para a democratização da informação e o fortalecimento de uma comunicação mais acessível, interativa e adaptada às diferentes necessidades dos usuários. À medida que a tecnologia continua avançando, é fundamental que governos, empresas e instituições invistam em iniciativas que garatam que ninguém fique à margem dessa transformação. Além disso, com a ascensão tecnológica e a expansão das plataformas digitais, a tendência é que esse formato continue desempenhando um papel central na redução das barreiras de acesso ao conhecimento, contribuindo para uma sociedade mais conectada e inclusiva.

*Alexandre Luppi é co-fundador e CCO da Compasso Coolab

Coluna Propaganda&Arte

Saindo do lugar comum: Como a Inteligência Artificial está impulsionando o Geomarketing

Por R. Guerra Cruz

Geomarketing e Inteligência Artificial são duas tecnologias inovadoras que estão ajudando as empresas a alcançar o sucesso no mercado competitivo de hoje. Essas ferramentas fornecem informações valiosas sobre comportamento, preferências e tendências de mercado do cliente, o que pode ajudar as empresas a tomar melhores decisões e aprimorar suas estratégias de marketing.

O que é geomarketing?

Talvez você ainda não conheça o termo, mas geomarketing é uma combinação de informações geográficas e técnicas de marketing que ajudam as empresas a entender melhor o comportamento de seus clientes com base em sua localização. Essa tecnologia fornece uma análise detalhada do público-alvo e de suas atividades, o que pode ajudar as empresas a personalizar suas campanhas de marketing e melhorar o envolvimento do cliente. O geomarketing também pode ser usado para avaliar o potencial de um novo mercado e entender a concorrência em uma área específica.

A Inteligência Artificial, por outro lado, é uma tecnologia em rápido crescimento que tem o potencial de revolucionar a maneira como as empresas operam. Os algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados, identificar padrões e fornecer informações que podem ajudar as empresas a tomar melhores decisões. A IA também pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas, como atendimento ao cliente, melhorar a eficiência geral de uma empresa e até de sua publicidade, como o exemplo de campanhas digitais personalizadas.

3 vantagens do uso do Geomarketing e IA para os negócios

Uma das maiores vantagens do uso do geomarketing em conjunto com a IA é a capacidade de ajudar as empresas a entender seus clientes de maneira mais personalizada e precisa. Isso pode levar a diversas melhorias nos processos, como por exemplo:

● Campanhas de marketing mais eficazes e maior fidelidade do cliente;
● Identificação de quais lojas são mais populares entre os clientes em uma área específica e adaptar seus esforços de marketing para atrair mais clientes para esses locais;
● Personalizar o assunto de suas comunicações na mesma velocidade em que os temas do momento acontecem no mundo digital.

Ou seja, o geomarketing e a IA são ferramentas poderosas que podem ajudar as empresas a alcançar o sucesso no mercado competitivo de hoje. A tendência é que as ferramentas continuem se aprimorando e evoluindo, ao ponto de personalizarmos até o design das comunicações que estão sendo mais eficientes conforme o estilo de vida de cada pessoa impactada ou de acordo com as últimas localizações visitadas pelo público. Já pensou isso algum dia? Na verdade, isso já está acontecendo.