Grendene assume controle do e-commerce de Melissa

Loja virtual da marca passa a ter a sua gestão feita pela própria Grendene, desde a tecnologia até a logística. Iniciativa busca aprimorar a experiência do cliente

Seguindo com a estratégia de impulsionar as vendas on-line no Brasil e no exterior e manter um relacionamento próximo do consumidor, a Grendene, maior exportadora de calçados do Brasil e uma das maiores produtoras mundiais, vai internalizar as operações do e-commerce nacional de Melissa, uma das principais marcas de calçados do país. A mudança será feita em 18 de fevereiro.

Segundo Paulo Pedó, diretor de Negócios Digitais da Grendene, a loja virtual, até então terceirizada, passa a ter a sua gestão feita pela própria Grendene, desde a tecnologia até a logística. “A iniciativa não muda a forma como o público já acessa a loja virtual. Nós unificamos dois domínios que haviam e com a internalização, todo o e-commerce e conteúdo de estarão concentrados no site www.melissa.com.br. A mudança faz parte do processo de transformação digital da Grendene, que tem como um dos objetivos internalizar o e-commerce de todas as nossas marcas para nos aproximar ainda mais do consumidor e gerar experiências customizadas”, explica. Em setembro do ano passado, a loja on-line da Melissa nos Estados Unidades já havia passado pelo mesmo processos.

As experiências e o próprio processo de internalização do e-commerce das marcas da Grendene estão sendo potencializados pelo departamento de Digital Commerce da Companhia. Também já estão sob a gestão da empresa o e-commerce de Zaxy, Ipanema, Grendene Kids e Rider Brasil, além do e-commerce B2B. A expectativa é concluir a migração de todas as marcas até março deste ano.

Sobre Melissa

Lançada em 1979, a marca integra o grupo calçadista brasileiro Grendene. Hoje presente em mais de 70 países, nasceu inspirada na moda dos pescadores da Riviera Francesa. Seu primeiro modelo, batizado de Aranha, logo ganhou o gosto nacional. Só na última década, Melissa fabricou mais de 32 milhões de pares de sapatos. Melissa é também reconhecida por suas criações de perfume e acessórios como bolsas que já se tornaram icônicas. Uma das primeiras marcas do mundo a promover collabs, tem orgulho de uma história que conta com a participação de grandes nomes da moda mundial, como Jean-Paul Gaultier, Karl Lagerfeld, Vivienne Westwood, Jeremy Scott e Vitorino Campos. No ano de 2020, a marca com a sua collab com a marca dinamarquesa, Viktor&Rolf se tornou a primeira marca brasileira a desfilar na semana de Alta Costura de Paris. Sempre vanguardista, Melissa ultrapassa o segmento fashion e ainda conta com coleções elaboradas por artistas como os designers brasileiros Irmãos Campana e a arquiteta iraniana-britânica Zaha Hadid – além de suas três galerias físicas, centros de grandes exposições e ativações artísticas e culturais, localizadas em três dos principais centros urbanos do mundo (São Paulo, Nova York e Londres). Outro grande orgulho dos 40 anos da marca, Melflex® – forma proprietária de PVC 100% reciclável – nos estabiliza como conscientes e conscientizadores do conforto e do estilo aliados à sustentabilidade.

Sobre a Grendene

Fundada em 1971, a Grendene é a maior exportadora de calçados do Brasil e uma das maiores produtoras mundiais. Detentora das marcas Melissa, Grendha, Zaxy, Rider, Cartago, Ipanema, Pega Forte e Grendene Kids possui tecnologia proprietária e exclusiva na produção de calçados para os públicos feminino, masculino e infantil.

Com cinco unidades industriais, distribuídas por Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul e 11 fábricas, tem capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares/ano. Por meio de representantes comerciais, distribuidores, exportações diretas e da subsidiária Grendene USA, Inc. (EUA), seus produtos alcançam 65 mil pontos de venda no Brasil e 60 mil fora do país. A Companhia conta ainda com showroom Melissa em Milão, três “Galeria Melissa” (São Paulo, Nova York e Londres). Em 2019, registrou lucro líquido de R$ 495 milhões.

Fonte: CDN Comunicação – Fábio Souza

Artigo mostra importância do digital commerce

Por que o digital commerce é 5x maior que o e-commerce?

*Por Maurício Trezub

Vivemos a Era da Transformação Digital. Muito se lê e se fala sobre esse movimento e isso faz com que as companhias busquem reformular totalmente a sua estratégia de negócios e posicionamento, se quiserem se manter competitivas no mercado. O problema é que os varejistas estão errando na formulação da estratégia de transformação digital ou estagnados sem saberem em que investir. Não sei dizer qual dos dois é mais perigoso!

Digital First Retail é o termo que temos usado para definir a tendência crescente da jornada de compra do consumidor ser influenciada por canais digitais, não importando onde a transação final acontece. É muito importante que este movimento seja entendido pelos varejistas e que a experiência de compra desta nova jornada seja repensada.

Um estudo recente da Deloitte mapeou que 56% das vendas em lojas físicas envolvem um dispositivo digital, ou seja, o consumidor pode ter pesquisado o produto no Google no trabalho, ter comparado preços num app no celular ou ainda ter visitado o e-commerce de várias marcas antes de ter decido ir à loja física. Nos Estados Unidas, a Forrester estimou que o volume de vendas influenciadas pelo digital é 5x maior que as vendas online. Ou seja, entender a jornada digital é hoje 5x mais importante que ter um e-commerce competente.

Desta forma, podemos afirmar que a maioria das vendas de uma loja hoje começa no online, pois o primeiro instinto do consumidor quando está interessado em um produto é pesquisar informações e comparar os preços na internet. E muitas dessas buscas geram, de fato, vendas nas lojas físicas. Então, como melhorar a minha estratégica e conquistar um consumidor que conhece o produto na internet e depois vem comprar na minha loja?

A resposta está no conceito de micro moments, que, segundo o Google, são minúsculos momentos de intenção de tomada de decisão e formação de preferências que ocorrem durante a jornada do consumidor. Sua empresa precisa estar presente nesses momentos e é aí que entra o investimento na digitalização do negócio. O comportamento de consumo da geração atual mudou, e para sempre. Com o mundo baseado em buscas, as lojas físicas precisam perceber que devem ser encontradas facilmente com apenas um clique. Neste contexto, ter informações como localização das lojas, catálogo, estoque, preços, horas de abertura e fechamento facilmente encontráveis nos canais digitais durante os micro moments é fundamental.

Outra estratégia para atender às demandas e aumentar a satisfação desse público é permitir que a compra seja feita online e o pagamento na loja física, quando houver a retirada do produto – processo conhecido como Click and Collect. Desta forma, o varejista consegue aproveitar a vinda do cliente à loja para oferecer produtos que possam complementar o primeiro pedido dele. Se o cliente comprou um tênis novo, posso oferecer meias para usar com ele, por exemplo.

Muitos varejistas acreditaram que montar uma operação de e-commerce apartada das lojas físicas fosse uma estratégia de sucesso para o futuro. Pode até ter funcionado por um período, mas agora é a hora de repensar drasticamente essa posição. O relacionamento com uma marca não está isolado em um canal e para conseguir fornecer uma experiência de comprar fluida, e sem atritos, os varejistas vão ter que integrar canais digitais e físicos em todos os pontos de contato que fizerem sentido para entregar uma jornada que começa – prioritariamente – no digital.

Comprovadamente, o digital commerce é muito mais relevante que o e-commerce ou qualquer outro canal de vendas isolado. Isso significa que para oferecer produtos e serviços para o consumidor nesta nova era não há mais saída: é preciso aderir ao digital commerce!

*Maurício Trezub é diretor de e-commerce da TOTVS

Fonte: RMA Comunicação – Marina Escarminio