Discutindo a relação…

Arregaçar as mangas e encarar

ENIC 51

Artigo de Josué Brazil

Antes de tudo devo escrever: não quero ser nem parecer pessimista, mas algumas coisas devem ser ditas. Então vamos lá!

Os números atuais da economia brasileira não são nada alentadores. Nova revisão (para baixo) do crescimento do PIB o coloca em algo próximo ou abaixo de 1%. A inflação continua resistindo e avançando. A confiança da indústria diminui e o varejo está apertado com estoques altos.

Passada a Copa do Mundo teremos que encarar o período (quase improdutivo) das eleições. A Meio&Mensagem de 28 de julho vem com matéria de capa (longa e muito boa) com a seguinte manchete: “Mercado revê estratégias para o segundo semestre”.De acordo com a Folha de São Paulo o setor de serviços também perdeu confiança na economia brasileira (folha.com.br/no1493743).

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Como disse isso tudo está aí colocado não apenas para compor um cenário de fim de mundo e promover o pessimismo, mas sim para contextualizar a grande indagação: como o mercado de comunicação do Vale do Paraíba vai encarar o segundo semestre de 2014?

A acima citada matéria da Meio&Mensagem traz informação de que as agências esperam redução das verbas e maior cobrança por resultados. Vai rolar isso por aqui também? O tempo dirá.

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Uma das carências de nosso mercado é não ter números que evidenciem o tamanho de nosso mercado e que indiquem se estamos crescendo, encolhendo ou mantendo posições.Esta ausência torna complicada uma abordagem estratégica de médio e longo prazo. Os players do setor movimentam-se apenas baseados em seus próprios números e em observações não muito amplas do mercado. Que tal lançar uma pesquisa que indique, ao menos, se houve crescimento, estagnação ou encolhimento? Ninguém precisa abrir números, só dizer como foi, em dados percentuais, esse primeiro semestre. Todos: veículos, agências e fornecedores. Seria ótimo!!!

Neste momento em que a atividade publicitária lida com grande perda de valor e a quase extinção do tão comentado glamour, nada pior que a atividade econômica perder força. Devemos estar prontos para reagir, para rever estratégias e, principalmente, olhar mais a frente e reposicionar de vez nosso ganha pão.

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Patricia Cordeiro em foto da época em que atuou no marketing da TV Vanguarda

É hora de lembrar que temos que partir para a briga! Temos que trabalhar mais e não só pelos nossos negócios e sim pelo mercado e atividade como um todo. Trago aqui o comentário feito no post da entrevista do Jair Rodrigues (essa causou mesmo) feito pela nossa querida Patricia Cordeiro. Vale a leitura:

“Que bela entrevista! Sou fã do Jair desde que trabalhamos (eu bem menos que ele) na extinta KS Propaganda, em Taubaté, quando comecei minha carreira profissional, como estagiária. De lá pra cá vi muita coisa do mercado do Vale do Paraíba, São Paulo e agora da região de Campinas. E digo a vocês: não há outro caminho senão um trabalho sério de desenvolvimento de mercado. Pra que vocês não se desesperem, as agências daqui sofrem com a proximidade de São Paulo, e têm problemas comuns, porém, pouco foi feito em conjunto. Agora, o pontapé inicial foi dado. Agências, veículos, anunciantes sentados na mesma mesa pra entender o modelo ideal de negócio da região. É preciso explicar ao mercado anunciante qual é o valor de uma agência e de profissionais competentes. É preciso explicar pras agências, e seus diretores, como se ganha respeito trabalhando de forma ética, criativa, investindo em pesquisas e valorizando o trabalho de seus profissionais. É preciso explicar aos profissionais que só tem valor quem constrói uma carreira de muito trabalho e transparência. Há esperança, mas há também muito trabalho. O mercado será de quem tiver forças e determinação pra fazer a lição de casa.
Um abraço saudoso (que palavra antiga) aos amigos do Vale do Paraíba.”

Simbora arregaçar as mangas porque o bagulho promete ser ainda mais louco neste segundo semestre!