ACIT assina termo de parceria com Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté
Na manhã dessa quarta-feira, 09 de dezembro, o atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Taubaté, Ricardo Vilhena, participou do evento de apresentação das seis novas startups que vão compor o Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté (Hitt).
Durante o evento, foi assinado um Termo de Parceria entre a ACIT e o Hitt para o apoio ao desenvolvimento de novos projetos.
Atualmente, o Hitt tem como principais parceiros a Prefeitura Municipal e Universidade de Taubaté, através do EPTS.
A ACIT acredita que as startups podem trazem inovações além de buscar soluções para várias demandas das empresas da nossa cidade, pois a tecnologia e o empreendedorismo fazem parte do desenvolvimento do comércio e da economia.
A Associação está sempre atenta às novidades e há alguns anos já participa com a FATEC do campeonato Hackathon, que é uma maratona de ideias, e realiza também o Campeonato de Empreendedorismo com alunos do ensino médio do município em várias categorias, visando desenvolver os jovens para o mercado de trabalho.
O evento contou também com a presença do ex presidente da ACIT e prefeito eleito José Saud, do atual prefeito Ortiz Junior, da Reitora da UNITAU, Profa. Dra. Nara Fortes, além de vereadores da cidade.
“Esse novo Termo é importante para ampliar as parcerias da ACIT. Buscamos estar atualizados e atentos às novidades para oferecer melhorias para o desenvolvimento da nossa cidade e, simultaneamente, das nossas empresas e do nosso comércio. Queremos sempre oferecer as soluções mais modernas aos nossos associados.” ressalta Ricardo Vilhena.
ACIT é convidada para participar como “desafiadora” do 1º Hackathon promovido pela FATEC
No início do mês de novembro, a Associação Comercial e Industrial de Taubaté (ACIT) participou do 1º Hackathon, promovido pela Faculdade de Tecnologia de Taubaté – Centro Paula Souza (FATEC).
O presidente da ACIT, José Saud, durante evento HACKATHON
O Hackathon – modalidade Ideiathon – é uma maratona de ideias e a cada edição uma empresa ou instituição é convidada para participar apresentando um problema real para que os alunos possam trabalhar em possíveis soluções. Ao final, o “desafiador”, ou seja, a empresa convidada, é quem decide qual é a melhor solução.
Os alunos são divididos em equipes para que possam resolver o desafio de maneira rápida e eficiente, tendo como principal objetivo o aprimoramento dos estudantes nas técnicas de projeto, além de desenvolver a capacidade de trabalho em equipe e também o estímulo ao uso da criatividade e do aperfeiçoamento na habilidade de resolver problemas sob pressão.
HACKATHON de novembro tem apoio da ACIT
Nessa edição participaram 20 alunos, divididos em seis grupos, que foram avaliados por uma banca formada por professores da faculdade e demais avaliadores. A inscrição foi realizada pela internet e aberta ao público de forma gratuita e voluntária. Cada grupo recebeu um certificado de participação.
Você será substituído por um robô?
*Por Ronaldo Cavalheri
Você será substituído por um robô? Essa é uma pergunta que muitos profissionais se fazem ou que deveriam começar a pensar a respeito. O mundo passa por grandes transformações desde a revolução rural, onde tudo era mais controlável e previsível. Passamos pela era industrial, onde máquinas entraram em cena com uma produção abundante. Veio a era digital onde a informação e a conectividade impulsionaram ainda mais o consumismo. São evoluções naturais que impactam o mercado de trabalho. E agora estamos vivendo uma mudança de era, na qual começamos a passar por uma revolução exponencial, porém mais acelerada, com tecnologia de ponta disponível. Termos como computação em nuvem, IoT, Big Data, robótica, inteligência artificial, impressão em 3D e nanotecnologia se tornaram comuns no nosso dia a dia. Mas como isso vai impactar na vida dos profissionais?
Uma coisa é certa, nos próximos anos teremos muitas e rápidas mudanças. Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em torno de 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à robotização e automação. Mais da metade das funções hoje exercidas pelo homem podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão bastante curiosa é do Fórum Mundial Econômico que diz que 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não existem. Crianças em idade escolar sendo preparadas para algo que ainda não sabemos como será. Temos um futuro cheio de incógnitas em relação ao que irá acontecer com os profissionais. Quais serão as profissões do futuro? O ser humano terá espaço? Como os profissionais devem se preparar para tudo isso?
Não me arrisco a dizer quais serão as profissões mais requisitadas, pois elas ainda não existem. Porém, com toda a certeza me arrisco a dizer quais serão os profissionais mais requisitados pelo mercado. Parece complexo, mas a resposta é muito simples. Todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de socialização e intervenção criativa, que não resolva nenhum tipo de problema complexo e que ainda coloca em risco a vida será substituído por uma máquina.
Com isso fica fácil concluir que os profissionais mais disputados serão aqueles com características inerentes dos seres humanos como criatividade, capacidade de aprendizado e de adaptação, visão do momento e facilidade para se relacionar. Estou falando de soft skills, que são as competências e habilidades mais desejadas para os profissionais do século XXI. Mais relevante do que uma coleção de diplomas e certificados técnicos, as características comportamentais e sociais é que manterão o espaço das pessoas no mercado combinada com toda a tecnologia disponível. Estou falando de um cenário muito mais inteligente. O que é desafiador e prazeroso o homem faz, o contrário será direcionado para um robô.
Ronaldo Cavalheri, autor deste artigo
E como desenvolver as soft skills? Algumas pessoas têm habilidades natas e outras precisam correr atrás. E sim, é possível desenvolver essas características, mas para isso é preciso treino. Erroneamente muitos profissionais só enxergam o ensino tradicional como ambiente de capacitação. Falamos de comportamento, logo temos que estar em contato com outras pessoas onde possamos exercer essas competências. É preciso viver experiências diferentes.
Em um trabalho voluntário é possível desenvolver habilidades como relacionamento interpessoal e o espírito colaborativo. Em um Hackathon, que são iniciativas que estimulam a inovação, os participantes colocam a prova o seu potencial de resolver problemas complexos e extrapolar sua visão empreendedora. Em um curso de Fotografia é possível desenvolver um pensamento crítico e estimular o olhar criativo. Ou até mesmo em uma formação para chef de cozinha você vive experiências na qual ajudam a desenvolver suas características de líder e de trabalho em equipe. Independente da área de atuação é preciso se colocar em situações desafiadoras que auxiliem no desenvolvimento de características fundamentais para qualquer profissional de sucesso.
O avanço da tecnologia é inevitável, a robotização em massa será uma realidade, as pessoas devem assumir o que de fato é da sua natureza. Somos dotados de uma grande capacidade de criar e de se reinventar. Pode ser que nem todos acompanhem essa evolução. Naturalmente essa mudança trará perdedores e ganhadores. Meu papel aqui é a provocação para que todos enxerguem essa necessidade e tenham atitude para serem ganhadores. Não devemos temer as máquinas, e sim usá-las a nosso favor. A vida é feita de escolhas, nós somos feitos de escolhas. Você vai ser substituído por um robô?
*Ronaldo Cavalheri é Engenheiro Civil, Diretor do Geral do Centro Europeu – primeira escola de economia criativa do Brasil e Business Development Manager do Microsoft Innovation Center Curitiba.