Marketing: as 5 lições mais valiosas para aplicar em 2025

Por Marcela Fernandes*

Em 2024, o marketing passou por uma série de transformações, muitas delas impulsionadas por inovações tecnológicas e pela evolução do comportamento do consumidor. As mudanças que marcaram o ano, que podem ser agrupadas em cinco áreas (inteligência artificial, sustentabilidade, inclusão e diversidade, automação de processos e experiências imersivas), têm tudo para se consolidar como tendências que as marcas precisarão adotar para se manter competitivas em 2025 e além.

O futuro do marketing já chegou

Sem dúvida, a adoção da inteligência artificial foi uma das revoluções mais marcantes de 2024. Segundo a Kantar, 67% dos profissionais de marketing estão empolgados com as possibilidades da IA generativa, uma tecnologia que permite criar campanhas personalizadas e automatizadas de forma mais eficaz.

Embora já utilizemos a IA para entender e segmentar o comportamento dos consumidores, o futuro vai exigir ainda mais dessa personalização. As empresas precisarão ir além e criar campanhas ainda mais direcionadas e relevantes.

A IA, portanto, não será apenas uma tendência passageira; ela vai se consolidar como uma ferramenta indispensável para melhorar o engajamento e aumentar a eficiência nas estratégias de marketing.

Ao mesmo tempo, o movimento em prol da sustentabilidade se firmou como uma necessidade crescente, com 87% dos brasileiros afirmando querer adotar um estilo de vida mais sustentável, segundo a Kantar. Isso reflete uma tendência global que não pode ser ignorada.

As marcas, então, precisam realmente se comprometer com práticas sustentáveis se quiserem se destacar no mercado. E isso não é algo que pode ser feito apenas para cumprir tabela: as ações precisam ser concretas, como a redução de emissões de carbono, o uso responsável de recursos e o apoio a causas sociais e ambientais.

Além disso, comunicar essas práticas de maneira transparente e genuína é essencial para conquistar a confiança dos consumidores. Afinal, no mercado de hoje, “sem sustentabilidade, sem negócios” é o que está em jogo. Quem não se adaptar a essa nova demanda corre o risco de perder relevância, especialmente diante de um público cada vez mais consciente de seu poder de compra.

As pautas de inclusão e diversidade também ganharam destaque em 2024. Quando aplicadas de maneira verdadeira, essas iniciativas ajudam a construir uma imagem de marca sólida e geram maior engajamento e lealdade dos consumidores; a HubSpot, por exemplo, aponta que campanhas com foco em valores sociais e de inclusão tiveram um ROI muito mais alto em 2024.

Isso significa que as marcas precisam olhar para dentro e adotar uma abordagem mais inclusiva em diversos aspectos, da escolha de fornecedores diversos à promoção de um ambiente de trabalho que seja, de fato, inclusivo, sem se esquecer da construção de produtos e serviços que atendam às necessidades de todos os consumidores.

Eficiência e engajamento

A automação de processos continua sendo uma prioridade para as empresas, especialmente com vistas a 2025. Ferramentas de automação são essenciais para otimizar campanhas publicitárias, personalizar mensagens em grande escala e analisar dados em volumes cada vez maiores – tudo isso contribui para aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.

A Kantar aponta que a inovação disruptiva, especialmente por meio da automação, será um fator de diferenciação importante para empresas que buscam crescimento sustentável. Nos próximos anos, será necessário que os profissionais de marketing integrem ainda mais essas ferramentas automatizadas em suas rotinas diárias, permitindo uma comunicação mais estratégica e eficiente com os consumidores.

Por fim, uma das formas mais eficazes de engajar o consumidor em 2024 foi a criação de experiências imersivas. Tecnologias como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) foram amplamente exploradas para oferecer experiências de marca inovadoras e memoráveis.

Essas experiências têm o poder de captar a atenção do público de maneira única, criando uma conexão emocional com a marca em um ambiente saturado de informações. Investir em experiências imersivas pode ser uma excelente maneira de fidelizar os consumidores, especialmente quando se oferece a eles momentos marcantes que agreguem valor à marca de forma impactante.

O marketing de 2025 e além

Em resumo, está muito claro o que podemos tirar de tudo isso: o marketing de 2025 (e dos anos que virão) será determinado pela capacidade de adotar novas tecnologias, promover a sustentabilidade de forma autêntica, abraçar a diversidade, automatizar processos e criar experiências imersivas. O mercado estará cada vez mais competitivo e as empresas precisam se adaptar a essas tendências.

*Marcela Fernandes é Analista de Marketing da Fornalha Mineira

10 tendências de marketing que movimentarão o mercado em 2025

Relatório da Kantar aponta sustentabilidade, transmissão ao vivo e IA generativa entre principais temas

Da sustentabilidade à transmissão ao vivo, das mídias sociais à IA generativa, essas são apenas algumas das tendências para o próximo ano segundo o relatório Marketing Trends 2025, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

“Com base em apontamentos dos nossos especialistas, analisamos e recomendamos tendências macro e micro. O objetivo é que os profissionais de marketing considerem os temas como parte do planejamento estratégico para sua jornada de crescimento de marca em 2025”, afirma Milton Souza, CEO da Kantar Insights Brasil.

As análises são apoiadas por dados comportamentais e atitudinais extensivos da Kantar e oferecem insights relevantes, em um cenário caracterizado por mudanças sociais, demográficas, regulatórias e legislativas, bem como avanços tecnológicos desenfreados.

De acordo com a Kantar, essas são as 10 tendências que farão a diferença em 2025:

1. Segurança virá em primeiro plano com a IA generativa

Os profissionais de marketing ainda estão tentando descobrir como implantar a GenAI, qual será seu impacto e quais são os riscos. Isso porque novas funcionalidades são reveladas com frequência e o medo de ficar para trás é real: mais de um em cada três executivos não acha que ele ou suas equipes têm as habilidades de IA de que a empresa precisa.

A procedência dos dados utilizados pela IA, por sua vez, também será um grande tema em 2025. À medida que a GenAI se torna mais sofisticada, mais pessoas pressionarão pela transparência. Prova disso é que 31% dos brasileiros dizem que anúncios gerados por IA os incomodam e seis em cada 10 consumidores afirmam se preocupar com a criação de anúncios falsos feitos pela IA generativa.

Quer estejam usando a tecnologia para informar decisões de investimento, quer estejam utilizando para ajudar a criar ideias e conteúdos, os profissionais de marketing precisarão de garantias de que os dados de treinamento nos quais os modelos são baseados são confiáveis e relevantes.

2. Sustentabilidade será um trabalho de marketing

Atualmente, 87% dos brasileiros dizem querer viver um estilo de vida mais sustentável e 56% dizem que pararam de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta.

Com a promessa de que 2025 será um grande ano para a legislação de sustentabilidade, aumentando seu impacto nas principais economias do globo, isso forçará as marcas a ver o tema como oportunidade – e também como risco.

“Até agora, a maioria dos profissionais de marketing não tiveram um desempenho satisfatório em fazer com que a sustentabilidade seja vista como algo significativamente diferente pelos consumidores. Apesar disso, nossa análise do Kantar BrandZ Global sugere que o marketing relacionado à sustentabilidade já contribuiu com R$ 1,1 trilhão para o valor das 100 maiores marcas do mundo”, afirma Souza.

3. Inclusão será um imperativo para o crescimento de marca

Dados da Kantar mostram que os brasileiros esperam que as marcas sejam mais responsáveis socialmente. Prova disso é que 76% concordam que as empresas têm a obrigação de tornar a sociedade mais justa – 4 pontos percentuais acima da média global.

Embora as evidências de que a inclusão leva ao crescimento de marca continuem a aumentar, os profissionais de marketing seguem subestimando seu impacto. Tanto é que, no Brasil, ao não apostar na comunidade LGBTQ+, nas mulheres, nas pessoas com deficiência e nas pessoas pretas e pardas, as marcas têm uma perda potencial de R$ 1,9 trilhão – estimativa do poder de consumo desses grupos.

Mudanças sociais, políticas e demográficas tornarão a inclusão um tema ainda mais importante para muitos grupos no ano que vem, o que significa que também será uma consideração importante para as empresas.

4. Redes sociais precisam inovar para recapturar a atenção

Pouco menos de um terço das pessoas diz que os anúncios de redes sociais capturam sua atenção. Os profissionais de marketing costumam atribuir a culpa a um déficit de atenção entre públicos mais jovens. Mas esse pensamento está errado. O desencanto atinge todas as gerações.

Em 2025, a atenção nas mídias sociais precisará ser conquistada de forma contínua e consistente. E a qualidade do engajamento, que tem o maior impacto na eficácia criativa, se tornará ainda mais importante.

“Nosso relatório aponta que os anúncios precisarão ser específicos para a plataforma, além de bem-concebidos e bem-feitos, para que os espectadores reajam instantaneamente”, diz Souza. “Esperamos ver mais criatividade e inovação visual para capturar a atenção das pessoas, como tomadas de câmera experimentais, além de cortes e novas maneiras de contar histórias antigas.”

5. O quebra-cabeça da desaceleração do crescimento populacional

As empresas dependem do aumento populacional para impulsionar as vendas. Mas ele está atualmente abaixo de 1% no mundo e a previsão é de que fique negativo até o fim do século. Em outras palavras: em um futuro com menos pessoas e menos compradores, o grande desafio será conquistar uma maior participação de mercado.

Nesta equação também entram os fatores de que as pessoas estão se casando e tendo filhos mais tarde, bem como vivendo em lares menores, enquanto os grupos etários mais velhos tendem a gastar menos.

“O declínio populacional cria uma urgência para os profissionais de marketing predisporem mais pessoas para sua marca, para reivindicarem uma posição na mente dos consumidores e para encontrarem novos espaços nos quais crescer”, pontua o CEO da Kantar.

6. Em busca de uma estratégia que leve em consideração todos os formatos de vídeo

Entre canais tradicionais de transmissão, plataformas de assinatura sob demanda e serviços baseados em anúncios, há uma grande variedade de opções de consumo de vídeo disponíveis hoje. Isso, consequentemente, dificulta o trabalho dos profissionais de marketing na hora de saber como posicionar melhor a publicidade.

Para o próximo ano, os executivos precisarão levar essas nuances em consideração, testando e aprendendo para encontrar o mix certo para cada campanha. Em dados, um número pequeno planeja diminuir seus investimentos em TV aberta no ano que vem, enquanto mais da metade dos profissionais de marketing tem planos de aumentá-los em streaming.

7. Marcas se beneficiarão do poder das comunidades de criadores

As comunidades de criadores, seja sobre esportes, seja sobre beleza ou outro assunto, têm muito poder para predispor mais pessoas a uma marca. Isso significa que os criadores podem atuar como ponte vital para estabelecer confiança com os consumidores.

Em 2025, as marcas devem alinhar esse conteúdo dos criadores com sua estratégia e, assim, repercutir em diferentes canais. “É válido destacar que se trata de uma via de mão dupla. Colaborar com os criadores para entender o que eles buscam é de extrema importância para quem procura aumentar a base de usuários e a receita de anúncios”, comenta Souza.

8. Expandindo os limites da inovação

A inovação será essencial para marcas maiores que não conseguem crescer facilmente de outras maneiras. A boa notícia é que há muitas lições sobre como as empresas inovam para inspirar 2025.

A Fini, por exemplo, percebeu que seu apelo ia além dos doces. A companhia tinha potencial de levar suas cores vibrantes, texturas e sabores para categorias novas, o que resultou em colaborações de produtos como protetores labiais e calçados.

Marcas que encontrarem novos espaços para operar podem dobrar suas chances de crescimento. Aquelas com alta penetração e uma forte probabilidade de incremento terão, ainda, impulso para reimaginar o que estão fazendo e explorar novos fluxos de receita.

9. Transmissões ao vivo ainda terão força

Plataformas de transmissão ao vivo como Taobao Live, Douyin e WeChat alcançam metade da população chinesa para entretenimento e compras. E algumas previsões apontam que as vendas em transmissões ao vivo representarão 20% do varejo total no país até 2026.

Em 2025, a estratégia pode desempenhar um papel importante no envolvimento dos espectadores e no incentivo às compras. E, embora o comércio ao vivo se adapte melhor a itens pequenos e de movimentação rápida, todos os setores podem se beneficiar desse canal.

“Marcas estabelecidas no mercado devem se concentrar em construir associações de longo prazo, como a forma como atendem às necessidades dos consumidores. Já as empresas médias e pequenas precisam priorizar o aumento da conscientização e gerar interesse imediato”, diz Souza.

10. Redes de mídia de varejo estão em evolução

As redes de mídia de varejo (em inglês, retail media networks ou RMN) estão transformando a forma como as marcas interagem com os consumidores e permitindo anúncios mais segmentados e personalizados em vários pontos de contato – sites de varejistas, aplicativos, mídia de parceiros externos e até mesmo displays digitais nas lojas.

Ao colaborar com os varejistas em seus dados primários, os profissionais de marketing podem ser mais precisos na segmentação e personalização de sua estratégia, o que, por sua vez, significa que insights detalhados do consumidor podem ser usados ​​para otimizar os gastos com anúncios e melhorar a eficácia da campanha.

O relatório com os 10 artigos dos especialistas da Kantar está disponível para download neste link.

Fonte: AD Comunicação & Marketing

Cores no marketing: como impactam no sucesso da marca

É essencial que profissionais analisem objetivos da empresa, público-alvo e mercado para identificar a paleta “correta” para sua marca

Por Miguel Caiero*

As cores afetam o nosso dia a dia de maneira inconsciente. Escolher uma roupa para sair, comprar um determinado produto ou, até mesmo, escolher em qual restaurante você vai almoçar, podem estar associados às cores.

Se eu pedir para você associar a fome à uma cor, o amarelo ou vermelho serão predominantes entre as respostas. Essas cores têm sido associadas ao apetite e são frequentemente utilizadas em logos e embalagens de marcas de alimentos para despertar o desejo dos consumidores. Assim como se eu perguntar qual cor remete à saúde, a escolha mais provável será o verde. O verde é frequentemente utilizado em produtos relacionados à saúde e bem-estar devido à sua associação com a natureza e o frescor.

Mágica ou coincidência? Não! Psicologia das cores, o estudo de como o cérebro as identifica, influenciando em emoções e escolhas. Pesquisas têm demonstrado que diferentes cores têm o poder de evocar diferentes emoções e influenciar nosso comportamento de maneiras específicas. E no marketing não é diferente.

Imagine-se caminhando por corredores de supermercado cheios de produtos alinhados nas prateleiras. Você pode não perceber conscientemente, mas as cores das embalagens estão desempenhando um papel fundamental em suas escolhas. Logos e embalagens de marcas são cuidadosamente projetados para atrair nossa atenção e despertar nossas emoções, e as cores desempenham um papel essencial nesse processo.

Mas, é importante que o conceito das cores para uma marca seja bem analisado, considerando seu mercado de atuação e seus objetivos. Imagine uma agência funerária, por exemplo, usando tons quentes e coloridos. Um tanto quanto arriscado, não é mesmo?

Para chegar a uma paleta que faça sentido e converse com a marca, os profissionais de marketing precisam, primeiro, compreender o significado das cores e considerar algumas questões importantes. Após, realizar um benchmarking para analisar como as cores são usadas por empresas do mesmo nicho de mercado, estudar seu público-alvo e considerar os valores da própria marca. A Inteligência Artificial (IA) pode ser uma forte aliada nessa análise.

Recentemente, realizamos um estudo utilizando a IA que apontou insights interessantes sobre as cores usadas em anúncios nas redes sociais. O desempenho de campanhas de empresas do segmento de beleza foi 60% melhor com paletas de cores mais frias com tons de azul, verde e violeta. Por outro lado, campanhas de cuidados pessoais tiveram aumento de 40% no desempenho quando usados tons mais quentes, como vermelho, laranja e amarelo, nos anúncios.

O fato é que, em um mercado repleto de informações e concorrência, estar atento a cada mínimo detalhe faz a diferença. É importante ressaltar que não existe uma abordagem única que funcione para todas as marcas. As cores podem ter significados diferentes dependendo de culturas e contextos, e o que funciona para uma marca pode não funcionar para outra. Portanto, é essencial realizar pesquisas e testes para entender como as cores estão sendo percebidas pelo público-alvo e ajustar as estratégias de acordo. Hoje, com a aplicação de dados criativos, gerados por IA em um robusto processo de machine learning, conseguimos entender quais as melhores escolhas para uma marca, campanha e plataforma.

Ao conseguir compreender e aproveitar o poder das cores, os profissionais podem criar experiências de marca mais impactantes e significativas, conquistar a lealdade dos consumidores e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Isso significa que podemos explorar e ser mais criativos ao trabalharmos com elas, combinando novas vivências e alternativas em um nível seguro, aumentando assim as chances de conectar marcas a emoções. É para isso que o marketing trabalha. E para ajudar os profissionais de marketing em suas decisões é que a IA se faz cada vez mais presente.

*Miguel Caeiro é Head Latam da Vidmob

Dança das cadeiras

Confira mais movimentações do nosso mercado

E como março é o mês das mulheres elas mais uma vez dominam a cena aqui no Dança das cadeiras.

A jornalista Paula Alvares Pessoa está começando em seu novo cargo de Chefe de Imprensa e Divulgação na Prefeitura Municipal de São José dos Campos.

A relações públicas Adrielle Mattos acaba de assumir o posto de Atendimento ao cliente na QR Marketing Imobiliário.

A publicitária Rebeca de Oliveira passa a atuar de forma remota (home office) no cargo de Analista de projetos e inovação jr. na Peterson Projects & Solutions (Iberia – Americas).