Coluna “Discutindo a relação…”

Humanizar marcas: como fazer?

Uma das coisas que mais se discute em termos de marketing e comunicação atualmente é a questão da humanização das marcas. Em temos de mídias sociais e muita tecnologia digital, as pessoas querem dialogar com as marcas como se elas fossem pessoas, quebrando barreiras corporativas/institucionais.

O fato é que entender que os consumidores como pessoas é passo fundamental no chamado marketing centrado no ser humano, da mesma maneira que entender e expor o lado humano das marcas igualmente é.

O autor do livro Leaders without Titles (Líderes sem cargos), Stephen Sampsnon identificou seis atributos humanos responsáveis por cativar as demais pessoas, mesmo que não tenham autoridade sobre elas. Poderíamos afirmar que estes seis atributos meio que definem o tipo de ser humano completo capaz de servir como modelo.

Já Kotler, em seu Marketing 4.0, afirma que marcas que desejam sucesso em sua humanização e, por consequência, ampliar sua influência sobre seus públicos, devem buscar construir estes seis atributos.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Os atributos humanos definidos por Sampson são: fisicalidade, intelectualidade, sociabilidade, emocionalidade, personalidade e moralidade. Vamos ver como elas podem ser aplicadas às marcas:

Fisicalidade – está relacionado a capacidade de ser atraente. Nas marcas devem possuir atrativos físicos: boas identidades visuais, bom design de produto e de embalagem, boa arquitetura e decoração dos pontos de venda físico, anúncios e comerciais bem feitos e com estética apurada.

Intelectualidade – marcas com perfil inovador, capazes de entregar soluções para dores dos consumidores e propor produtos e serviços que outras marcas ainda sequer haviam imaginado.

Sociabilidade – marcas abertas a dialogar, a ouvir seus consumidores, a engajá-los com relacionamentos regulares em múltiplas mídias/canais. São marcas amigáveis e solícitas.

Emocionabilidade – marcas que trabalham as emoções, que buscam ser inspiradoras, bem humoradas, que apoiam seus consumidores em relação às dificuldades emocionais.

Personalidade – as marcas com personalidade forte têm clara noção do que representam para seus públicos. Sabem sua razão de ser, seu propósito. E trabalham isso em sua comunicação. Marcas com personalidade exalam autoconfiança e automotivação, mas não têm receio de expor suas fragilidades, seus possíveis erros.

Moralidade – as marcas que tem a coragem de fazer a coisa certa. São movidas por valores. Para estas marcas, o princípio ético norteia os negócios.

As marcas cada vez mais buscam adquirir qualidades humanas para ter mais consumidores na era do Marketing centrado no ser humano. Entender e tentar aplicar/construir estes seis atributos pode ser um ótimo rumo para chegar lá.