Comércio eletrônico precisa de uma boa estratégia

E-business de sucesso pede transformação digital

* por Roberto Atayde

O consumidor de hoje possui vários dispositivos – smartphones, tablets, computadores, relógios etc – e espera uma experiência de compras on-line rápida, fácil e, acima de tudo, amigável.

Muitas empresas têm buscado no e-commerce uma saída para melhorar resultados sem, no entanto, se atentarem ao entorno de uma maneira mais detalhada.

Essa atitude geralmente leva a uma grande miopia na concepção de uma estratégia adequada ao negócio. Na maioria das vezes, na tentativa de utilizar os mesmos processos para reduzir custos ou por receio do novo, do desconhecido, os gestores optam por adaptações que acabam sendo desastrosas e fazem com que grandes empresas que deram grandes passos recuem em suas estratégias e criem um novo modelo, porém digitalmente pensado.

Mas a dura realidade é uma só: lojas sem presença online estão destinadas a desaparecer!

A presença digital deve ser pensada como um novo negócio, planejada desde sua concepção até a sua implementação, lembrando que o sucesso está diretamente ligado às estratégias adotadas previamente. Dependendo do negócio, do público, da natureza da operação, os resultados podem se mostrar ainda melhores se, por exemplo, um aplicativo, atrelado ao e-commerce, for concebido para alavancar a empresa digitalmente.

Esse processo de planejamento estratégico geralmente aponta diversas disfunções e demandas e o gestor tem que estar preparado para encarar as mudanças requeridas antes da construção de um e-business, mas nem sempre eles têm conhecimentos suficientes que os permitam se desafiar e encarar uma transformação digital sozinhos, sem o suporte de especialistas que conseguem ter uma visão mais ampla e isentada organização nesse processo de digitalização.

Uma coisa é certa: quem não fizer agora, fará num futuro muito próximo ou não terá a chance de fazê-lo, pois não se trata apenas de uma oportunidade, mas de uma questão de sobrevivência que está ameaçada, face à rápida adoção dos meios digitais que crescem e se tornam mais intuitivos a cada nova geração.

Essas constantes inovações e o ritmo acelerado que acontecem, demandam contínua atenção, questionamentos e reavaliações dos modelos tradicionais para atender gerações muito distintas – desde uma pessoa mais idosa que mal utiliza o controle remoto da televisão, até a geração mais nova que já nasce digital. Surgem novos modelos de negócios que terão um grande impacto no e-commerce, nos aplicativos e na cadeia de valor da indústria e do comércio, atentando ainda aos comportamentos e expectativas dos consumidores que estão evoluindo e ficando cada vez mais exigentes.

Hoje, o comércio eletrônico é em grande parte, impulsionado por preço e conveniência, porém um número cada vez maior de consumidores está começando a querer mais do comércio eletrônico, por exemplo, a capacidade de descobrir produtos exclusivos que não serão encontrados em grandes redes de varejo. Isso fará com que essa experiência de comércio eletrônico mude drasticamente.

A tendência é que cada comprador tenha acesso a conteúdos exclusivos, recebendo recomendações de produtos e acessórios definidos com base em suas preferências, localização geográfica, tendências de mercado, grupo demográfico, experiência de compras anteriores e interações de marca – tudo de forma totalmente natural. É como se uma transferência do conhecimento dos vendedores físicos que sabiam seu nome e suas preferências, migrassem para o mundo virtual.

A conexão entre o que o cliente vê online e o que ele recebe deve ser completa. Ele deve ter acesso a todas as informações de forma clara e um processo fácil do início ao fim. Aproximadamente 92% dos usuários da internet buscam regularmente informações de produtos e comentários de outros compradores, isso porque ainda existe a incerteza, um imenso obstáculo para compras on-line. Quanto mais informações sobre um produto existir (fotos, comentários, descrições, especificações, etc.), maior a chance de conversão.

E para fazer da compra uma experiência única, seja nas lojas ou no ambiente virtual, com o objetivo de aprimorar e diferenciar a proposta de valor de uma marca, ela deve ser altamente envolvente, inclusive utilizando-se de recursos tecnológicos como a realidade aumentada, que na maioria das vezes desempenha um papel fundamental e decisivo. Imagine conseguir “ver” aquele apartamento que ainda está na planta, já mobiliado com os móveis que você idealizou, podendo-se inclusive, caminhar dentro dele sem na verdade sair do lugar. Todos os ajustes são realizados antes e, quando o projeto se materializa, já estará perfeito, sem necessidade de retrabalho e sem causar surpresas indesejadas.

A transformação digital transcende as barreiras do virtual. Para a geração que adora fazer check-in por onde passa e compartilhar suas experiências em mídias sociais, nada melhor do que um ambiente apropriado, já que no mundo das “selfies”, uma foto num local “descolado” pode promover produtos e ganhar escala rapidamente e com baixíssimo custo, motivo da busca incansável da integração da mídia social com o varejo em lojas, no intuito de estimular as compras socialmente impulsionadas além de impactar significativamente a relevância da marca, que é percebida muito rapidamente.

As variáveis são inúmeras, muitas são as dúvidas e questionamentos e as respostas, difíceis e pouco óbvias. Desconstruir conceitos para construir relevância, exige coragem e determinação, mas é o que garante a continuidade. Sem estratégia, não tem transformação digital. Sem transformação digital, não existe e-business de sucesso. Sem e-business de sucesso, não tem cliente.

*Roberto Atayde é adviser da Topper Minds.

ERP Bling recebe investimento do fundo Criatec 2

Sistema de gestão empresarial atenderá ainda mais empreendedores

O Bling, um dos principais sistemas de gestão (ERP) para micro e pequenas empresas do País, é a nova aposta do Criatec 2, fundo gerido pela Bozano Investimentos e Triaxis Capital. O software desenvolvido em Bento Gonçalves (RS) deve ganhar ainda mais espaço entre os empreendedores brasileiros, especialmente os que atuam com e-commerce, setor no qual o Bling é referência. O investimento será aplicado no desenvolvimento do produto e suporte.

“Olhamos os principais ERPs para MPEs do Brasil e o Bling nos encantou pela qualidade da ferramenta”, destaca Fernando Wagner da Silva, head do fundo Criatec 2 e sócio da Bozano Investimentos. “Sabemos que a competição é grande, mas acreditamos muito na solidez da empresa e capacidade de execução dos empreendedores”, explica. “O objetivo do investimento é ampliar a base de usuários e mostrar às micro e pequenas empresas brasileiras que o Bling é a melhor solução do mercado em termos de funcionalidades, experiência de uso e suporte, a um custo muito acessível”, completa.

Conforme Antônio Nodari, diretor da empresa, a ideia é continuar atendendo às micro e pequenas empresas (MPE). “O investimento será usado no desenvolvimento do produto e serviço”, assinala. O setor de e-commerce, ao qual mais de 60% dos usuários está ligado, continuará como prioridade. “Um dos pontos fortes do Bling está no número de integrações com plataformas de loja virtual, marketplaces e operadores logísticos, oferecendo uma gama de recursos aos empresários, que utilizam o Bling”, finaliza.

Sobre o Bling
Há 9 anos no mercado, o Bling é um sistema de gestão acessível, que não exige investimentos em hardware e pode ser utilizado de qualquer local com internet. O ERP automatiza diversos processos, como vendas, emissão de notas fiscais de produtos e serviços, boletos bancários e controles de estoques. Desse modo, o software auxilia na economia de tempo e organização do dia a dia empresarial.

Conectado a mais de 70 plataformas de e-commerce e aos principais marketplaces, além de empresas de logística e Correios, o ERP não cobra taxa extra pelas integrações. Para micro e pequenos empresários do mercado virtual, o Bling dá apoio aos negócios multicanal com planos a partir de R$ 50 mensais, sem custo de instalação.

Escritório do Bling em Bento Gonçalves (RS)
Foto escritório: Augusto Vasconcelos/ Conceitocom Brasil

Sobre o fundo Criatec 2
Idealizado como continuação do projeto Criatec iniciado pelo BNDES em 2006, o fundo Criatec 2 tem como gestor nacional a Bozano Investimentos — uma das principais gestoras de Private Equity do Brasil — e como assessor operacional a Triaxis Capital. A estrutura de gestão conta ainda com seis gestores regionais nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O fundo Criatec 2 tem um capital comprometido de R$ 186 milhões e pode investir até R$ 10 milhões por companhia para suportar o crescimento, inovação e a implementação de boas práticas de gestão e governança corporativa.

Fonte: Augusto – Conceitocom Brasil

Transformação digital do varejo

A oportunidade para o varejo na reinvenção das lojas físicas

*por Maurício Trezub

A transformação digital do varejo foi impulsionada pelos próprios consumidores, que mudaram a forma de fazer as suas compras. O mundo digital tem grande potencial para os negócios, principalmente quando temos uma população que fica cerca de nove horas online (média acima até dos Estados Unidos). Neste mesmo cenário, há levantamentos de mercado que mostram retração de 12,46% no fluxo de visitantes no varejo físico, no primeiro bimestre de 2017, em relação ao mesmo período no ano passado – em shopping centers, esse número vai para 13,59%. Em contrapartida, estudos recentes da FecomercioSP apontam que o faturamento do comércio varejista deve crescer este ano. Como explicar essa equação?

Uma das razões está no empoderamento do e-commerce, que deve representar fatias cada vez maiores do mercado, seja pelo fator preço, comodidade ou necessidade de uma experiência digital. Porém, o consumidor Geração Z (nascidos a partir de 1995) se relaciona de maneira única com a marca e não percebe separação entre os canais de compra, seja online ou offline.

Diria que este é o desafio do novo varejo: fazer ambientes físico e virtual terem significado e coerência entre si. O problema é que vemos muitos esforços direcionados apenas às ações digitais, sem conexão com outros canais, enquanto as mudanças para o espaço físico ocorrem em uma velocidade muito menor. O varejista precisa entender que deve reinventar as suas lojas físicas, se quiser que elas sobrevivam, e que isso também faz parte da sua estratégia omnichannel.

O que vemos é uma grande oportunidade para o varejo usufruir dos benefícios (e encarar os desafios) do comércio digital, ao mesmo tempo em que trabalha a inovação no conceito das suas lojas físicas para agregar valor e proporcionar experiências únicas. Neste ponto, o fator humano é um dos grandes atrativos. Há diversas lojas que já integram tecnologias para interagir com os clientes, como beacons, realidade aumentada, robótica, RFID, self check-out, entre outras. Claro que tudo isso faz parte do que este consumidor moderno espera receber nas suas idas às lojas, porém, o atendimento passa a ser o principal diferencial. A Nike, por exemplo, inaugurou a sua flagship store, na Quinta Avenida, em Nova York, super tecnológica, mas com um atendimento personalizado, focado na experimentação. O mais interessante é usar a tecnologia e, ao mesmo tempo, fazer a visita extremamente interativa e agradável. Claro que estamos falando de uma grande e valiosa marca, mas podemos levar esses conceitos para qualquer porte de varejo.

Outro exemplo, agora nacional, é a Livraria Cultura. A rede importou conceitos do e-commerce para o seu ambiente offline. Ao invés de fazer saldões generalizados, a empresa faz a análise do histórico de compras de cada consumidor que entra nas unidades físicas e, a partir desses dados, direciona ofertas personalizadas. O cliente sente que a marca se importa muito mais com ele, o vendedor consegue fazer uma interação proativa e, consequentemente, as taxas de conversão crescem.

O e-commerce tem a inteligência sobre o comportamento do consumidor digital e a capacidade de fornecer informações valiosas, também, para o ambiente físico. O empreendedor pode usar esses dados para definir a melhor estratégia na construção do seu novo modelo de negócios. Aos poucos, o mercado vai perceber que, em muitos segmentos, não há mais a necessidade de ter lojas em todos os bairros ou todos os shoppings (ocupação caríssima). Alguns varejistas vão transformar os seus espaços em showrooms, ambientes de convivência e interação, pontos de entrega, entre tantos outros formatos. Não há regra sobre o que é o certo. A única certeza é que a transformação digital criou novas oportunidades de negócios e quem souber aproveitar vai garantir um importante espaço e ganhar mais competitividade.

Nesse contexto de inovação, também existem as pop up stores: elas surgem e desaparecem para uma ação específica e com tempo determinado para acabar. A ideia é explorar um local com concentração momentânea de público para apresentar uma linha especial, um tema da moda ou para causar impacto de merchandising. Elas vêm com uma identidade visual e arquitetônica normalmente bastante arrojadas e podem ser em um espaço exclusivo, dentro de centros comerciais ou eventos. Apesar do conceito ter chegado ao Brasil recentemente, no exterior já é difundido há um bom tempo – a japonesa Uniqlo, por exemplo, tem lojas pop up ao redor do mundo há mais de dez anos.

Outra tendência é o “same day delivery”, ou “entrega no mesmo dia”. A ideia une as vantagens do e-commerce (com melhores preços, comodidade e autonomia) à conveniência das lojas físicas de sair com o produto em mãos. Este seria o mundo dos sonhos para qualquer consumidor, mas, ainda existe um enorme desafio para as operações logísticas. Algumas gigantes, como Google, Amazon, Ebay e Walmart, já deram passos nessa direção, mas, pensando na realidade brasileira, em que o modal predominante do transporte é o rodoviário, ainda há importantes obstáculos a serem vencidos. No Brasil, já vemos essa movimentação na Livraria Saraiva, Netshoes e Magazine Luiza – e o brasileiro revelou em pesquisas que está disposto a pagar até 8% do valor final da compra pela entrega D+0 (no mesmo dia).

Para finalizar, um estudo feito pela Deloitte, nos EUA, mostra que quando o consumidor entra em uma loja física, tendo pesquisado anteriormente as informações sobre o produto na Internet, o índice de efetivação da compra é de 86%, mas, quando ele vai à loja física sem ter passado por outros canais, a chance cai para 60%. Isso reafirma a necessidade e importância de canais físico e virtual estarem totalmente interligados. Acrescento ainda um dado da Universidade de Harvard, sobre Neuromarketing, que diz que 95% das decisões de compra ocorrem motivadas por sensações.

Fica a conclusão de que está na hora de repensarmos a experiência proporcionada ao consumidor, não apenas por ser um conceito de mercado, mas por observarmos índices que mostram que este é o único caminho para o sucesso dos negócios na Era Digital.

*Maurício Trezub é diretor de e-commerce da TOTVS.

IA para revolucionar o e-commerce

Três soluções de Inteligência Artificial que prometem revolucionar o e-commerce

por Rodrigo Lobato*

A indústria do e-commerce produz hoje uma gigantesca quantidade de dados diariamente, mas analisar e entender esse grande amontoado de informações ainda é um desafio para a maior parte dos comerciantes. Nesse contexto desafiador, a Inteligência Artificial parece ser a chave para simplificar a forma como os e-commerces lidam com a jornada do consumidor, tornando os processos online ainda mais precisos e eficientes.

Rodrigo Lobato

Veja abaixo três inovações importantes que prometem revolucionar o e-commerce a partir de tecnologias de Inteligência Artificial:

Pesquisa de produtos: algoritmos que reconhecem imagens

A tecnologia de reconhecimento de imagens já está disponível há um bom tempo, mas a Inteligência Artificial está finalmente tornando-a popular e extremamente poderosa. O reconhecimento de imagens baseado em IA permite que você tire uma foto de um produto com o smartphone e obtenha informações precisas sobre ele, incluindo o seu preço e onde comprá-lo. Você certamente já viu algo que queria muito comprar, mas não tinha ideia de onde encontrar o produto, certo? Pois com a Inteligência Artificial isso será diferente.

Este tipo de reconhecimento de imagem baseado em Inteligência Artificial pode ser extremamente útil para a indústria de comércio eletrônico. Mercados, sites agregadores (como motores de comparação de preços) ou e-commerces que precisam moderar milhões de imagens podem agora fazê-lo automaticamente. A tecnologia também abre novos caminhos para as experiências dos clientes – sobretudo em uma época em que os smartphones e as mídias sociais são tão populares e as pessoas produzem uma enorme quantidade de imagens e vídeos relacionados às marcas. A compreensão profunda desse conteúdo é um passo incrivelmente valioso para a verdadeira personalização.

Decisão de compra: tecnologia que faz recomendações ultra-precisas

Vamos falar novamente sobre a jornada do consumidor. Digamos que você viu algo que queria comprar em uma foto, verificou o site da loja e quase fez uma compra. Porém, algo interrompeu você, ou você teve dúvidas, fundos insuficientes, etc. Isso acontece muito. E os banners publicitários personalizados funcionam justamente criando um impulso para que você tome essa decisão final, seja lembrando-o do produto ou mostrando itens similares.

Claro que esta já é uma tática bem conhecida para os comerciantes. No entanto, uma perspectiva interessante é o deep learning, um ramo inovador da IA que resolve problemas imitando o trabalho do cérebro humano, e que tem o potencial para levar as campanhas de retargeting a novos patamares.

Algoritmos de deep learning são usados ​​para reconhecer a atitude, intenção e o estado geral de cada usuário que visita um site. Com base nesse conhecimento, é capaz ainda de preparar recomendações de produtos altamente direcionados, em um modelo mais inteligente e assertivo do que os sistemas baseados em Machine Learning tradicional. O deep learning ainda faz tudo isso sem a necessidade de qualquer intervenção humana.

O verdadeiro poder do deep learning para o e-commerce é que a tecnologia consegue analisar uma enorme quantidade de dados para aprender e agir como seres humanos, tudo sem a necessidade de instruções ou regras específicas. Com isso, não há nenhuma suposição com relação aos potenciais picos de vendas ou cenários de como as pessoas reagem. As decisões ficam totalmente com os algoritmos.

Dados levantados pela RTB House indicam que essa precisão pode tornar as atividades publicitárias até 50% mais eficientes do que com a abordagem típica de aprendizagem mecânica.

Algoritmos que preveem a sua decisão

Vamos tentar imaginar que o iTunes pode, por exemplo, filtrar perfeitamente suas tags para indicar as músicas em que você mais provavelmente estaria interessado, com base em sua biblioteca existente. Indo mais além, com Inteligência Artificial, seria capaz de ir em frente e decidir qual adicionar à sua biblioteca, mesmo fazendo uma compra em seu nome.

Isso é semelhante ao que a Amazon planeja fazer com o chamado “envio antecipado”. O sistema de rede e distribuição definirá os padrões de compra do cliente de maneira ultra-precisa para prever o produto, incluindo faixa de preço e marca, que será comprado por ele. Após esta previsão, os itens podem ser enviados para centros de distribuição próximos antes que o pedido seja feito – o que significa que o pacote já estará no hub de transporte ou em um caminhão antes que o cliente saiba. Isso funciona ainda melhor com produtos do dia-a-dia, como um simples chá. Basta imaginar: se algoritmos podem antecipar a oferta e a procura, você nunca vai ficar sem o seu chá favorito, e os comerciantes vão se beneficiar com vendas mais rápidas.

Se aplicada adequadamente, essa ideia pode levar a análise de dados e a logística para um novo patamar, permitindo que as empresas reajam rapidamente (e automaticamente) com base nas necessidades das pessoas, expandindo sua base de clientes satisfeitos e fiéis.

Imaginando o e-commerce de amanhã

E-commerces se baseiam em dados por natureza, e os comerciantes, anunciantes e distribuidores já viram o potencial da Inteligência Artificial (ao menos o que seria a ponta do iceberg) com os assistentes pessoais, chatbots, merchandising automatizado e sistemas de retargeting. Mas combinar o novo Deep Learning com o comércio eletrônico ainda não é algo comum – pelo menos não no que diz respeito à utilização de redes neurais em uma base típica.

Isso pode contribuir para tornar as compras online mais fáceis, mais eficientes, mais envolventes e mais ajustadas às necessidades pessoais – em todas as fases do processo de tomada de decisão. Ao combinar a Inteligência Artificial com dados maciços, o futuro do comércio eletrônico verá um ecossistema de compras mais inteligente e autossuficiente, que pode tomar boas decisões por conta própria. Algo que há uma década só poderia fazer parte de nossa imaginação, mas que hoje já é definitivamente possível.

*Rodrigo Lobato é country manager Brasil da RTB House, uma empresa de tecnologia europeia focada em oferecer um serviço completo e personalizado de retargeting baseado em algoritmos de deep learning. A RTB House opera atualmente mais de mil campanhas exclusivas para marcas globais em mais de 40 mercados da Europa, América Latina, África, Oriente Médio e Ásia-Pacífico.

Fonte: Diego Segura