O que o case do morango do amor pode ensinar sobre estratégias bem-sucedidas de venda

O mentor empresarial Luis Namura auxilia empreendedores que já se preparam para lucrar nas vendas de final de ano.

Estamos a quatro meses do Natal e quem trabalha no varejo já corre contra o tempo para planejar as melhores estratégias de vendas. E mesmo diante de tanta repercussão na imprensa e redes sociais, muitos ainda estão intrigados com o sucesso do morango do amor. Será que estamos diante de um hype momentâneo ou teremos desdobramentos? É possível aplicar parte dessas estratégias em outros negócios?

Para responder esses e outros questionamentos, nada melhor do que ter a sábia visão de um mentor empresarial que traz na bagagem a fundação de 15 empresas e a implantação de mais de 300 negócios ao longo de sua carreira, Luis Namura.

Para refrescar a memória, essa trend ganhou força em julho, quando o morango do amor virou febre na internet. O doce, feito com uma camada de brigadeiro branco envolvendo o morango e coberto por uma calda vitrificada de açúcar vermelha, que remete à tradicional maçã do amor das festas juninas rapidamente se tornou querido por todos com vídeo viralizado nas redes sociais.

O doce é vendido pelo valor médio de R$ 20,00 na maioria das confeitarias, mas logo surgiu versão de luxo custando mais de R$ 2 mil. Marcas de cosméticos, roupas e acessórios pegaram carona na trend, relançando produtos (ou apenas colocando para girar peças encalhadas) sobre o tema, e teve até comerciante saindo da falência. Namura explica o porquê desse fenômeno de vendas:

“O boom do Morango do Amor mostrou que não é só sobre vender um produto, é sobre vender uma experiência que as pessoas queiram fazer parte. Para o Natal, o raciocínio é o mesmo. No seu negócio, descubra qual é aquele elemento que transforma a experiência e desperta o desejo imediato. Pode ser uma embalagem que vire enfeite, um sabor que remeta à infância ou uma ação que gere compartilhamento nas redes sociais. A vantagem do Natal é poder planejar antes do pico! Encontre qual é o momento “uau” que vai fazer o cliente querer mostrar para todo mundo e já prepare o estoque e o fôlego porque vai vender que nem água no deserto”, explica.

Namura afirma que o boom do morango do amor ocorreu por conta de uma estratégia muito bem desenhada que se traduz em uma combinação poderosa de oportunismo com velocidade:

“Quando uma trend como o Morango do Amor explode, o que vemos é gente inteligente entendendo que não está vendendo só um doce, mas participando de uma conversa nacional. E conversa boa nas redes sociais é como onda no mar: quem entra na hora certa surfa bonito, quem demora toma caldo. Não é sorte, é visão: identificar um movimento de massa, alinhar rapidamente o que você tem a ele e contar essa história de forma que o público sinta que está dentro da trend”, pontua.

Quando uma oportunidade tão lucrativa chega até uma maioria, a tendência é copiar para conseguir resultados satisfatórios, mas teve muita gente que apelidou o doce famosinho de “morango do ódio” porque perdeu tempo na cozinha tentando fazer a receita sem sucesso. Namura concorda que a persistência pode ser um gatilho para se criar algo novo:

“Na cozinha ou nos negócios, a primeira tentativa raramente é perfeita e é exatamente nesse processo de errar, ajustar e tentar de novo que surgem as inovações. No mundo dos negócios, a perseverança/persistência não é só um gatilho, é combustível. Sem ela, você não chega na solução final. É como eu sempre digo: a inteligência é uma luz que ilumina o caminho, mas é a perseverança que leva você ao destino!”, diz.

Namura alerta que toda tendência corre o risco de ser passageira, mas o morango do amor já mostrou força pra virar mais que uma modinha, pelo menos por um bom tempo, e indica o caminho para quem deseja apostar:

“O que define se vai ser só uma moda ou um case duradouro é a capacidade de criar desdobramentos: variações de receita, produtos inspirados na estética, parcerias com outros setores e uso inteligente da marca como símbolo. Quem entender que o doce é só a “ponta do iceberg” e trabalhar o universo que ele representa, como fizeram com o panetone gourmet, que virou negócio o ano todo, pode transformar essa onda em correnteza constante”,

Alguns estudiosos acreditam que, dentro de um cenário nebuloso e crise na economia, um doce pode servir de alento e estimular o consumo da população. Namura também faz parte desse time e revela seu ponto de vista com propriedade:

“Em tempos de incerteza e crise, as pessoas buscam refúgio em coisas que transmitam segurança emocional. Um doce que remete à infância e a bons sentimentos ativa memórias afetivas que dão conforto e prazer instantâneo.Historicamente, em períodos difíceis, produtos que oferecem pequenas doses de prazer (os chamados affordable luxuries) tendem a crescer. Em um cenário nebuloso, vender afeto em forma de produto é, muitas vezes, mais poderoso do que vender apenas utilidade”, finaliza.

Confeiteira parceira do albert confirma o sucesso do morango do amor

A proprietária da confeitaria BonCherie, Márcia Fulas, aproveita o bom momento do morango do amor para ampliar sua clientela em São José dos Campos. Apesar do carro-chefe da empresa ser o brownie, se aventurou a aprender a receita que teve uma aceitação ótima e chegou a comercializar cerca de 40 unidades por dia. Além de disponibilizar na loja, oferece também o produto no iFood e os preços variam entre R$ 15,00 e R$ 20,00, dependendo do tamanho do morango.

Segundo Márcia, a novidade teve a função de atrair outros paladares, já que a confeitaria ainda é nova na cidade:

“O Morango do amor não fazia parte do meu cardápio. Eu não trabalhava nada com caramelo, que é aquela casquinha do morango, então, foi um desafio bem grande. Como proprietária de confeitaria artesanal, a gente sempre tem que aproveitar o momento em que algum produto está em evidência para ser mais conhecida pelas pessoas, pois pode ser o primeiro passo para entrar na casa de alguém e um cliente se interessar em conhecer o que mais você tem a oferecer, explica.

Além de ser bastante ativa nas redes sociais, a empreendedora conta com o reforço das ferramentas do albert, que estão auxiliando bastante nesse momento de crescimento: “Nessa busca por tentar ser mais conhecida na região, eu fui atrás de ferramentas para me ajudar a crescer e me deparei com o albert em uma propaganda no Instagram que me chamou bastante atenção. Já tinha testado outros sistemas anteriormente, mas não fluiu. Eu gosto de coisas muito práticas, até porque sou eu que faço tudo, e eu achei uma ferramenta muito legal, atrativa, fácil e intuitiva de usar. E o que eu achei mais bacana foi que até quando você resgata o cashback, você ganha mais cashback. Eu pensei: Isso daqui é demais, porque eu como consumidora ia amar uma loja que me oferecesse um benefício como esse”, diz entusiasmada Márcia.

Fonte:Parceria Agência Maria Fumaça e Comunicaê – Patrícia Lima (assessora de imprensa)

HITT promove palestra sobre branding e comunicação estratégica para negócios

O HITT – Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté realiza, no dia 21 de agosto, às 19h, o #RitualDoHITT “Visão de marca: Branding e comunicação estratégica para negócios”, em parceria com a APP RM Vale do Paraíba. O evento é gratuito, aberto ao público e voltado a startups, empreendedores, profissionais e estudantes interessados em aprimorar a gestão e o posicionamento de marcas. As inscrições podem ser feitas online.

A condução será de Arison Nakazato Sonagere, especialista com mais de 30 anos de atuação em comunicação, design e arquitetura, MBA em Gestão Empresarial Avançada (FAAP) e trajetória marcada por criações e reposicionamentos de marcas em diversos setores. Fundador da Atributo Branding e professor na Universidade de Taubaté (UNITAU), Arison já atendeu empresas como Oscar Calçados, Jacareí Shopping, Laboratório Sace, Colégio Basic, WK Diagnose e Comevap.

Além da palestra, o evento contará com um case prático apresentado por David Oliveira, fundador e CEO da MoviXpress, startup residente no HITT, que recentemente passou por um reposicionamento de marca para alinhar novos objetivos e projetar um futuro mais estratégico. A iniciativa pretende mostrar, na prática, como o branding pode impulsionar competitividade, atrair clientes, investidores e parceiros.

Para Arison, “não é a propaganda que é a alma do negócio. É a alma do negócio que precisa ser propagada”. Ele destaca que, em um cenário de mudanças constantes, consistência e clareza na comunicação são essenciais para criar conexões sólidas, fortalecer reputação e gerar confiança.

O HITT reforça, assim, seu papel como espaço de conhecimento, conexões e desenvolvimento, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema regional de inovação e negócios.

Marketing e ESG: a relação certeira para alinhar lucro, propósito e impacto positivo

Administrador e Doutor em Ciência Florestal, Ricardo Ribeiro Alves reforça a importância de unir comunicação empresarial e práticas sustentáveis em novo livro

Referência nacional em pesquisa e estudo das práticas de governança ambiental, social e corporativa, o administrador, professor e doutor em Ciência Florestal Ricardo Ribeiro Alves lança, pela editora Alta Books, o livro ESG Marketing.

Na obra, o autor explora a intersecção entre as estratégias de marketing e os princípios ESG, sigla em inglês para “Environmental, Social and Governance” (Ambiental, Social e Governança, também chamada de ASG no Brasil).

Para facilitar a compreensão, Ricardo utiliza uma metáfora simples: se o marketing é a ferramenta para criar e vender produtos, o ESG funciona como um “semáforo”, estabelecendo limites que controlam o “fluxo” das atividades empresariais e evitam “acidentes”.

Esses limites abrangem desde a procedência da matéria-prima e os impactos ambientais negativos gerados na produção, até as transformações sociais que exigem atenção à diversidade, inclusão, respeito, códigos de conduta e igualdade, além da transparência, prestação de contas e compliance na governança.

O especialista destaca que as mudanças climáticas e as profundas transformações sociais presenciadas em anos recentes exigem posturas mais comprometidas das empresas. Segundo ele, é preciso repensar as organizações e, consequentemente, as estratégias de marketing, desde a oferta de produtos e serviços até as estratégias de preço, promoção e distribuição.

Ao explorar a transição do “capitalismo shareholder”, que visava apenas atender aos interesses dos proprietários, para o “capitalismo stakeholder”, Ricardo explica que agora os negócios concentram-se nos anseios de fornecedores, colaboradores, clientes, governos, imprensa e organizações não governamentais. Essa mudança, conforme Alves, é impulsionada pelo reconhecimento de que os recursos do planeta são finitos.

Para se adaptar, o marketing foi desdobrado em vertentes como marketing ambiental, marketing social, marketing de causas, marketing de relacionamento e marketing digital. A incorporação dos princípios ESG intensificou essa transformação, tornando a sustentabilidade parte central das estratégias financeiras das empresas.

Ao longo das páginas, Ricardo explica como as três dimensões do ESG se conectam às atividades corporativas. A Dimensão E (Ambiental) está ligada à busca e uso de matérias-primas e à produção; a Dimensão S (Social) é voltada à gestão ética da força de trabalho e da comunidade em torno do negócio; e a Dimensão G (Governança) preza por processos e controles transparentes, responsáveis e alinhados a diretrizes legais.

Quando o marketing está alinhado ao ESG, afirma o autor, ele se torna uma poderosa ferramenta de posicionamento, capaz de atrair consumidores e investidores conscientes, além de gerar crescimento, reduzir custos, aumentar produtividade e ampliar o acesso a apoios governamentais e subsídios.

A obra também aborda as críticas e ataques ao ESG, motivados especialmente pela recente polarização política. Contudo, o autor reforça que essa não é uma moda passageira. Impulsionadas por metas globais, pela pressão do mercado e pela urgência da crise climática e de biodiversidade, as práticas de governança sustentáveis representam uma transição para uma nova economia de baixo carbono, circular, inclusiva e regenerativa.

ESG Marketing é uma leitura indispensável para administradores, profissionais de marketing, empreendedores, estudantes e qualquer pessoa interessada em entender como criar um futuro mais responsável e próspero. Ricardo Ribeiro Alves mostra que o marketing é a ferramenta certa para estimular uma cultura de propósito positivo: as organizações podem gerar lucro ao atender as necessidades das pessoas e do planeta, mas sem criar novos problemas.

Ficha técnica

Título: ESG Marketing – Marketing como ferramenta e ESG como controle
Autor: Ricardo Ribeiro Alves
Editora: Editora Alta Books
ISBN: 978-8550826424
Páginas: 256
Preço: 65,90
Onde encontrar: Amazon

Sobre o autor

Ricardo Ribeiro Alves é administrador, mestre e doutor em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com pós-doutorado em Marketing Ambiental pela Universidad de Zaragoza, Espanha. Professor da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Rio Grande do Sul. Atua na área de sustentabilidade empresarial com foco em pesquisas relacionadas a marketing ambiental, consumo consciente, ESG, logística reversa, marcas e selos verdes, certificação de gestão ambiental, certificação florestal, mercado verde, comportamento do consumidor, gestão de pessoas, estratégia e vantagem competitiva para produtos ambientalmente responsáveis. Obteve o 1º lugar nacional do Prêmio “Belmiro Siqueira” (modalidade Artigo Profissional), do Conselho Federal de Administração (CFA), com o artigo intitulado “A gestão ambiental na formação do administrador”. É autor dos livros “A Força do ESG” (Editora Alta Books) e “ESG: O presente e o futuro das empresas” (Editora Vozes), e de outras obras publicadas por editoras como Elsevier, Grupo Gen-Atlas, Manole e UFV.

Será que você sofre da Síndrome de Overdose de Informações?

O engenheiro do ITA e mentor empresarial, Luis Namura, explica as consequências e como driblar esse fenômeno bastante presente no empreendedorismo e que afeta enormemente a performance das lideranças.

Sabe quando alguém quer aprender algo novo e tenta consumir a maior quantidade de informações que pode a respeito daquele assunto? Acontece que, comumente, chega um momento em que a pessoa não consegue assimilar tanto conteúdo. Muitos empreendedores novatos acabam cometendo esse erro, perdem o foco e não conseguem executar ações práticas. É a chamada Síndrome de Overdose de Informações, que pode acometer qualquer pessoa exposta diariamente a “toneladas de bits” por todos os meios de comunicação on e off-line existentes.

O engenheiro eletrônico do ITA e mentor empresarial, Luis Namura, explica que nossa mente tenta processar todas essas informações e acomodá-las em “caixinhas” preestabelecidas, os nichos de memória que fazem sentido lógico para poder compreendê-las e posteriormente acessá-las para uso em situações específicas.

“Entretanto é importante deixar claro que esse acúmulo de informação por vezes excede nossa capacidade de absorção, causando stress e, por vezes, burnout, que é quando o cérebro pede socorro por não mais suportar esse excesso”, ressalta o especialista.

No caso dos empreendedores especificamente, muitos tentam a todo custo absorver uma grande quantidade de informações para aplicarem em seus negócios. Namura orienta como organizar esse excesso de conteúdo sem comprometer a performance:
“Está na essência do empreendedorismo adaptar-se às mudanças constantes de cenário que ocorrem a cada dia de forma mais frequente e imprevisível. Disto decorre que, para dar conta dessas mudanças, é necessário desenvolver muitas novas habilidades e adquirir conhecimentos. Para não se perder ao longo do caminho, o empresário deve colocar esse aprendizado em prática, pois somente assim o cérebro se sente confortável, o líder se sente em paz pelo domínio que detém e se sente seguro para utilizá-lo a seu favor”, pondera Namura.

O mentor aconselha ainda a ter bastante disciplina para que a pessoa não se perca no tsunami de informações que, hoje, bombardeiam a mente: “Escolha um tema relevante e prioritário para você, estude e pratique o conhecimento adquirido e após o haver consolidado em sua mente e sua rotina, parta para novos desafios; não tente assimilar inúmeras informações sobre temas distintos ao mesmo tempo, pois isso lhe causará confusão mental e sobrecarga emocional”, completa.

A Síndrome de Overdose de Informações, caracterizada pela infinidade de cursos, dicas e conteúdos disponíveis, pode gerar a sensação de que cada pequena ação individual é insignificante, levando à procrastinação ou paralisia. O efeito “gota no oceano” reforça essa sensação, pois o empreendedor pode sentir que suas ações não farão diferença no resultado final, especialmente quando confrontado com a vastidão de um mercado ou a complexidade de um problema. Luis Namura detalha as consequências desse “tsunami” de informações a médio e longo prazo:

“A sensação de que quanto mais estudo, mais tenho que aprender e que nunca é suficiente o que sei para resolver os problemas que surgem dia a dia é comum devido à enormidade de informações disponíveis; assim, há o risco concreto de você se sentir frustrado com as ações que toma no dia a dia, parecem não trazer todos os benefícios que dela você espera, porém observe como você estava 5 anos atrás e como está hoje, devido aos aprendizados que adquiriu e pôs em prática. O somatório de todas as “pequenas ações” levam você a uma melhoria constante, o que na cultura japonesa é definida como Kaizen, e que ao cabo do tempo geram grandes transformações e progresso. Portanto, perseverança e resiliência são dois atributos importantes que você deve desenvolver para alcançar o sucesso que pretende obter”, explica o mentor.

Namura dá dicas valiosas que podem ser incorporadas ao dia a dia para driblar essa situação muitas vezes desconfortável:

1) Priorizar suas atividades: importantes x urgentes
2) Adquirir um determinado conhecimento por vez
3) Por em prática os novos conhecimentos adquiridos
4) Desenvolver sua persistência e resistência

Ele finaliza a contextualização dessa temática com uma provocação que costuma deixar em suas mentorias: “O covarde nunca começa, o perdedor nunca termina e o vencedor nunca desiste”.

E para quem deseja conhecer mais sobre a filosofia Kaizen aplicada aos negócios, está imperdível o episódio 56 da terceira temporada do podcast “Cérebro do Namura”, disponível neste LINK em seu canal no YouTube.