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Futurologia: pare de falar de tendências e comece a agir

Todos os anos nós vemos pipocar, em grandes eventos de comunicação e discutimos nos papos de bar, assuntos que vão ser tendências no mundo: a próxima cor da moda, a próxima série revolucionária, as próximas tecnologias, as próximas big ideas, a próxima astrologia hypster, o próximo som do verão e por aí vai. Mas só ficar na futurologia pode ser um pecado, sem perdão.

Já se fala de Realidade Aumentada, Virtual Reality, Georreferência, Foco no Mobile, Inteligência artificial, Internet das coisas e novos valores do Marketing 3.0 há um bom tempo. Realmente, as previsões estão acertando com o passar dos anos, mas de tanto falar e não ver acontecer aqueles cenários que imaginávamos nos filmes de ficção científica dos anos 80, acabamos ficando um pouco desapontados. Será que isso não é culpa nossa?

Estamos vivendo um futuro que não imaginamos

Estou falando de Big Data, grande quantidade de dados que são usados por corporações para diversos fins, alguns duvidosos. Seus dados, meus dados, os dados de comportamento de compra e político de milhares de pessoas estão sendo monitorados e usados livremente. Esse parece um cenário futurista, mas de um filme pós-apocalíptico. E o pior, onde nós não percebemos que está acontecendo porque ainda estamos presos na “Matrix”, no superficial das coisas.

Imagem de Tumisu por Pixabay

Você vive 100% as possibilidades atuais de tecnologia?
Quais aplicativos mais usa? Sabe dosar o uso de redes sociais e celular para não prejudicar sua vida social e equilíbrio mental? Acredite estamos usando muito pouco do potencial atual para nossa vida (pessoal e profissional) ou usando mal. Só para se ter uma ideia, é possível hoje contratar inteligências artificiais por valores bem mais acessíveis (algumas até de graça), para fazer funções de atendimento, outras mais complexas para sua empresa e até para fins de pesquisa. Você tem usado isso como?

Veja novamente quantos aplicativos você tem e quantos você usa no seu celular? Dá pra você controlar seus gastos, medir seu rendimento na academia, ver sua dieta diária em calorias, praticar algum jogo que exercite sua mente e pensamento lógico, aprender idiomas em poucos toques, criar filmes, editar fotos e até ver dicas de astrologia se você é ligado nestas coisas. Tudo com a escolha certa dos seus parceiros tecnológicos.

As maiores empresas que estão utilizando bem essas tendências (que são realidade hoje) são as empresas que se posicionam bem nas redes sociais, criando relações diretas, reais e espontâneas com seus clientes. Eles não estão presos a pensamentos de “será que vai ser assim?” e estão agindo, colocando em prática aquilo que muitas pessoas ainda acham que é “papo do futuro”, até se arriscando em alguns momentos.

Bons exemplos são os bancos que estão investindo em IA
Chega uma hora que não basta saber, ter domínio das tendências ou até mexer nas ferramentas mais modernas do mercado. É preciso agir com o pouco que você já sabe que funciona, porque essa história de prever o futuro é bem mais teórica e tem sua função, que não podemos negar, é importante, mas muitas vezes fica limitada aos slides de power point por aí, apenas despertando nossa imaginação.

Não estou falando que futurologia é furada (mas pode ser… rs). Existe inclusive profissionais que trabalham com isso, como os investidores, provando que nós publicitários somos todos futurólogos por paixão, mesmo que amadores.

Qual marca não sai da sua cabeça?
Provavelmente, de algum aplicativo que usa muito e resolve a sua vida, certo? No final das contas, vai ser lembrada a marca que está agindo agora, com o que já assimilou que é vital, com ferramentas disponíveis hoje. Com ou sem tecnologia envolvida, mas sempre focando no público e em como eles estão lidando com este mundo maluco que está mais para um filme de sessão da tarde, onde o personagem se mete em confusões e tem que se virar com o pouco tempo que tem para solucionar o grande problema da trama.

Imagem de Free-Photos por Pixabay

No caso dos comunicadores, o problema é saber fazer certo hoje, não comer bola e procurar acertar amanhã. Seria como ter os olhos no futuro, mas ficar com as mãos na massa vivendo 100% o AGORA e colocando sempre o cliente como personagem principal desse filme que estamos fazendo ao vivo e dirigindo coletivamente.

E aí? Já sabe qual vai ser o seu papel nessa história?