Fui entrevistado para uma matéria que tratava dos 30 anos da MTV, suas influências no modo de fazer TV e as perspectivas do entretenimento televisivo.
Vejam o texto da matéria publicada hoje, da 31/07/2011:
TV na era pós videoclipe mantém origem, mas futuro do setor ainda deve mudar
Fábio França
São José dos Campos
“O ‘Globo Esporte’ tem na apresentação um VJ”. A frase é de Zico Goes, diretor de programação da MTV Brasil, sobre o apresentador do programa global, Tiago Leifert.
Para ele, a maneira de Leifert de lidar com o público, tem uma influência explícita do formato desenvolvido pelos apresentadores da casa.
“O jeito mais descontraído de se referir ao telespectador ou de apresentar um assunto no programa, são claramente elementos que vieram com a MTV”, disse.
Com a recente refor-mulação da grade, a emissora foi alvo de questionamentos sobre a produção de entretenimento voltado a oferecer mais conteúdo.
“Na verdade, reformulamos a grade para um público mais velho. Sem deixar de atender aos mais novos, mas o foco é em um público com um pouco mais de idade e não necessariamente no conteúdo”.
Qualidade. Para o coordenador do curso de publicidade da Unitau (Universidade de Taubaté), Josué Brazil, a qualidade técnica da TV no Brasil está entre os melhores do mundo.
“A capacidade técnica daqui está entre as melhores, entretanto, os conteúdos estão muito parecidos”, critica.
Para o professor, alguns modelos convergem para a mesma fonte, como o humor apelativo (que é distribuído entre programas como “Pânico na TV” e até mesmo o “CQC”) ou realities que trocam de temas, mas que acabam mantendo a mesma perspectiva.
“As emissoras pegam modelos prontos, por saber que elas vão ter um retorno mínimo. E na TV aberta, a produção é ‘mais do mesmo’.”
Projeção. Tanto para Josué Brazil, quanto para Zico Goes, o entretenimento caminha rumo a uma maior participação do público. “As produções de entretenimento devem ficar cada vez mais participativas, dinâmicas e reais. O espectador quer se ver mais no que é transmitido”.
Para Josué, o desafio do novo entretenimento é que o modelo vingue com as novas gerações. “Elas descartam os conteúdos cada vez mais rapidamente. Além de refletir a nova realidade, a indústria terá que se reinventar”.
TV na era pós videoclipe mantém origem, mas futuro do setor ainda deve mudar
Fábio França – São José dos Campos
“O ‘Globo Esporte’ tem na apresentação um VJ”. A frase é de Zico Goes, diretor de programação da MTV Brasil, sobre o apresentador do programa global, Tiago Leifert.
Para ele, a maneira de Leifert de lidar com o público, tem uma influência explícita do formato desenvolvido pelos apresentadores da casa.
“O jeito mais descontraído de se referir ao telespectador ou de apresentar um assunto no programa, são claramente elementos que vieram com a MTV”, disse.
Com a recente reformulação da grade, a emissora foi alvo de questionamentos sobre a produção de entretenimento voltado a oferecer mais conteúdo.
“Na verdade, reformulamos a grade para um público mais velho. Sem deixar de atender aos mais novos, mas o foco é em um público com um pouco mais de idade e não necessariamente no conteúdo”.
Qualidade.
Para o coordenador do curso de publicidade da Unitau (Universidade de Taubaté), Josué Brazil, a qualidade técnica da TV no Brasil está entre os melhores do mundo.
“A capacidade técnica daqui está entre as melhores, entretanto, os conteúdos estão muito parecidos”, critica.
Para o professor, alguns modelos convergem para a mesma fonte, como o humor apelativo (que é distribuído entre programas como “Pânico na TV” e até mesmo o “CQC”) ou realities que trocam de temas, mas que acabam mantendo a mesma perspectiva.
“As emissoras pegam modelos prontos, por saber que elas vão ter um retorno mínimo. E na TV aberta, a produção é ‘mais do mesmo’.”
Projeção
Tanto para Josué Brazil, quanto para Zico Goes, o entretenimento caminha rumo a uma maior participação do público. “As produções de entretenimento devem ficar cada vez mais participativas, dinâmicas e reais. O espectador quer se ver mais no que é transmitido”.
Para Josué, o desafio do novo entretenimento é que o modelo vingue com as novas gerações. “Elas descartam os conteúdos cada vez mais rapidamente. Além de refletir a nova realidade, a indústria terá que se reinventar”.