Coluna “Discutindo a relação…”

Parabéns, Natura

Já há algum tempo que venho defendendo – em textos, conversas e palestras – que as marcas devem se posicionar. Devem assumir um propósito, uma causa. Claro que esse posicionamento e/ou propósito deve estar alinhado aos valores da marca. Mais que isso: deve ser verdadeiro. Deve ser  estar alinhado às práticas da empresa/marca/produto.

Assumir uma postura clara e defender abertamente um ponto de vista nem sempre é fácil. Ainda mais em terrras brasilis nos dias atuais. O momento é de antagonismo, de pouca tolerância, de nós contra eles e etc.

Tal cenário só reforça a coragem da Natura. A marca colocou no ar na última segunda-feira (13), a nova campanha da linha de maquiagem Coleção do Amor. Alguns internautas apoiaram a proposta de inclusão da marca enquanto outros criticaram fortemente a veiculação de propagandas com casais lésbicos. A ação faz foco no Dia dos namorados.

A peça principal da campanha, um vídeo de 1m22s divulgado no canal do YouTube da marca, mostra casais de lésbicas trocando beijos e reforça o apoio da marca à causa LGBT. Três casais aparecem e na legenda da publicação, a Natura afirma que a coleção “Faces é para todos, o amor também”.

A revista Exame publicou: “No Twitter, a hashtag #BoicoteNatura amanheceu entre o assuntos mais comentados da rede social no Brasil. Usuários repudiaram a campanha, afirmando que “a propaganda foi desnecessária”, não respeita a “família tradicional brasileira” ou que o público da marca é majoritariamente composto por mulheres conservadoras.” Veja a matéria completa aqui.

A marca permanece firme em seu propósito e declarou acreditar “no valor da diversidade”. Ao assumir um claro propósito a marca deve desagradar parte da população, sem dúvida. Mas ganha muitos pontos positivos com aqueles consumidores que se identificam com a causa.

Vimos exemplos recentes de posicionamentos que geraram controvérsia em campanhas da Nike (com o atleta Kaepernick) e da Gillete (que debateu a ideia de masculinidade tóxica). Veja mais sobre essas campanhas aqui e aqui.

Vamos ver até que ponto estratégias ousadas e corajosas como a da Natura seguirão surgindo no cenário da propaganda brasileira.

Eu só posso aplaudir e dar parabéns ao anunciante. Longa vida às marcas e aos posicionamentos corajosos!

O que se pode aprende com as Olimpíadas

O que os estudantes precisam aprender com as Olimpíadas e seus atletas?
Psicóloga e coach educacional fala sobre dicas para os estudantes se inspirarem nos atletas olímpicos e alcançarem seu lugar no pódio

swimming-78112_640Os atletas olímpicos são a bola da vez e além de representar seus países nas Olímpiadas são fonte de inspiração para muitos, inclusive, para os estudantes que diariamente superam obstáculos para alcançar o tão sonhado sucesso na carreira profissional, garantindo o diploma universitário. E foi pensando nesse cenário competitivo e cheio de oportunidades, que a psicóloga e coach educacional Mariana Marco preparou dicas para os estudantes se inspirarem nos atletas olímpicos para conquistar o seu lugar ao pódio. Confira:

▶ Ninguém torna-se medalhista treinando às vésperas da competição, por isso estudar diariamente é mais interessante que varar uma madrugada toda sobre os livros;

▶Fracassos públicos (como cair de bunda ou errar um pênalti) são superáveis e são o combustível para treinar ainda mais, portanto notas menores ou críticas severas de professores só te fazem mais forte;

▶ Ter um propósito pelo qual treinar forte. Provar à uma nação, agradecer à mãe, superar seus limites físicos, ensinar à alguém ou conquistar a fama. Não importa. Saiba qual é seu propósito!;

▶ É preciso abrir mão. Sim, os atletas abrem mão de horas de sono, alimentos pouco nutritivos e de vida social para conquistarem boas posições;

relay-race-655353_640▶ Ninguém vê, ninguém sente por eles, mas as lesões existem. Um estudante com dificuldades e limitações é como um atleta lesionado. É preciso tratamento, cuidado e esforço. É possível o alto rendimento apesar das limitações;

▶ Até que enfim verbalizaram publicamente que o aspecto emocional/psicológico conta tanto quanto a preparação física. Ou seja, estar seguro e preparado psicologicamente para a vida universitária é tão importante quanto suas leituras e exercícios;

▶ A medalha de ouro não dura para sempre. Quem deseja continuar no pódio deverá continuar treinando. Um semestre bem feito não é o suficiente para UMA VIDA de alta performance;

▶ Ter alguém que “chegou lá” como admiração e inspiração facilita o caminho. Estudantes, pensem comigo: se alguém já fez e deu muito certo, porque não seguir?

Fonte: Bruna Sales – Assessora de Imprensa