Será que o funil de marketing morreu mesmo?

Por Rakky Curvelo*

Imagine uma marca brasileira de roupas. Ela investe em uma campanha de conteúdo: posts sobre looks para festas, artigos no blog sobre moda, landing pages otimizadas com call-to-actions perfeitos. Tudo muito pensado. Mas após meses, os números não acompanham o investimento feito. Enquanto isso, um consumidor descobriu a marca no TikTok por um vídeo de uma personal stylist, pesquisou no Google e recebeu uma resposta de IA resumindo reviews e só então chegou ao site da marca. Quatro canais, caminhos não-lineares, múltiplos pontos de contato e uma certeza: o funil tradicional não tem mapa para isso.

Essa frustração se repete em centenas de empresas brasileiras todos os dias. O funil de marketing clássico, ou seja, aquele modelo linear que aprendemos e aplicamos por anos, com etapas bem definidas de consciência, consideração e decisão, já não consegue mais capturar a realidade da jornada de compra. E a culpa não é de ninguém, foi só o mundo mudou. De novo.

Quando os smartphones explodiram em popularidade, as lojas físicas não desapareceram, elas se transformaram. O varejo percebeu que não se tratava mais de escolher entre loja virtual ou física, mas de integrar ambas em uma única experiência. De acordo com o Think with Google, os consumidores interagem com mais de 130 pontos de contato no celular por dia. Dados mostram que 60% das buscas no Google terminam sem que o usuário clique em qualquer link. Isso significa que as pessoas estão contornando os sites das marcas.

Agora, Millennials e Geração Z são as prioridades em estratégias B2B e B2C. A Geração Z cresceu em um mundo onde a publicidade era previsível. Para eles, a criatividade e a autenticidade se tornaram moedas de troca. Querem marcas que entendam seu contexto cultural, que falem sua língua. Millennials, por sua vez, se tornaram adultos no meio de duas realidades: antes e depois da internet mudar tudo. Eles entendem fragmentação porque viveram na transição. E, consequentemente, entendem que jornadas não são lineares.

Não precisamos adivinhar como será o futuro. Marcas globais já estão vivendo nele. A Sephora percebeu que conteúdo não precisa ter um único objetivo. No TikTok, eles não fazem vídeos separados para “conhecimento do produto” e “pós-compra”. Fazem um único vídeo onde influenciadores testam produtos que já amam, criando valor para novos clientes e reforçando a experiência dos antigos. Qualquer conteúdo vira ponto de entrada.

A Netflix faz algo parecido com sua comunicação. Em vez de campanhas separadas para aquisição, engajamento e retenção, unificou suas frentes criativas. Trailers virais específicos para suas audiências em diferentes localidades (no Brasil, os anúncios de “Caramelo”, na Irlanda, os de “House of Guinness”), notificações contextualizadas, tudo funciona em tempo real, sem esperar que o usuário “avance” em uma etapa.

Afinal, o que isso significa na prática?

Imagina que você trabalha em uma startup de software de gestão. Até ontem, sua estratégia era: criar conteúdo para atrair pessoas ao blog, educá-las sobre o problema, depois apresentar a solução e converter. Linear. Previsível. Cada coisa no seu lugar. Hoje, você precisa estar onde seus clientes estão. Se antes, isso significava construir autoridade para aparecer no topo da pesquisa do Google, hoje você precisa estar na resposta de IA, no Google, no ChatGPT, no Claude, no Gemini… Se seus clientes estão no LinkedIn trocando ideias com colegas sobre problemas de gestão, você precisa estar naquela conversa.

O diferencial reside nas interações personalizadas e contextualizadas, onde se reconhece quem é a pessoa, em que momento ela está, além de oferecer exatamente o que faz sentido para aquela situação específica.

Algumas metodologias já começaram a estruturar isso, considerando quatro estágios interconectados: primeiro, você verbaliza a identidade e a voz única da sua marca, porque a IA amplifica o que já é autêntico em você. Depois, orienta mensagens altamente personalizadas usando dados unificados do cliente. Em seguida, amplifica esse conteúdo em todos os canais onde seus clientes estão, inclusive nos espaços onde a IA fornece respostas. Por fim, refina continuamente com base em performance em tempo real.

A IA, que assusta muita gente com a ideia de automação, pode ser sua maior aliada. Quando usada corretamente, sempre combinada com criatividade e estratégia humana, ela permite que pequenos times façam o trabalho que antes exigia equipes três vezes maiores. Você consegue criar variações personalizadas de conteúdo e segmentar audiências com precisão, além de testar hipóteses rapidamente.

Os desafios não saíram de cena

A mudança traz desafios reais e acredito que a fragmentação da atenção é o primeiro deles. Isso exige uma clareza estratégica que muitas empresas ainda não têm, pois estar em todos os lugares sem clareza nenhuma é pior que estar em poucos lugares estratégicos. O segundo desafio é a privacidade de dados e a regulação. Quanto mais você quiser personalizar, mais dados precisa coletar, mas a paisagem regulatória está ficando mais complexa.

O terceiro é o ruído. Quando todos têm acesso às mesmas ferramentas de IA, a criatividade humana vira o diferencial único. Um e-mail com conteúdo gerado por IA, sem estratégia por trás, vai para o spam junto com todos os outros. E há um quarto desafio, talvez o mais delicado: muitas equipes de marketing cresceram aprendendo a antiga metodologia. Mudar mindset é difícil, pois requer investimento em treinamento, experimentações e estar aberto a possíveis falhas iniciais.

O fato é que o funil não morreu, ele apenas deixou de ser a verdade absoluta. Assim como o varejo não desapareceu quando chegou o e-commerce, o marketing não vai desaparecer quando a IA se popularizar, no entanto, ele vai se parecer cada vez menos com aquilo que aprendemos nas aulas de marketing tradicional. A verdade é que esse modelo que estamos construindo também vai envelhecer. Em cinco, dez anos, haverá outra ruptura, outra tecnologia, outra geração repensando tudo. E então faremos isso tudo de novo, porque o marketing nunca vai ser estático.

A mudança não é o problema. O problema mesmo é ficar parado enquanto o mundo se move. E a melhor estratégia para os próximos anos? Desenvolver a humildade de saber que tudo que construímos hoje vai precisar ser reconstruído amanhã.

*Rakky Curvelo, gerente de marketing da HubSpot Brasil

Além da tela: como o DOOH e o digital provam incremento real no PDV

Rafael Schettini, head de Dados e Operações da Relevanc*

Ao entrar em uma loja atualmente, as telas já não servem apenas para informar ou decorar o espaço: elas fazem parte da estratégia de mídia do varejo. É nesse ponto que o Digital Out-of-Home (DOOH) ganha força dentro do ecossistema de Retail Media: conectando dados de compra, comunicação diretamente no PDV e campanhas digitais em um mesmo fluxo. A diferença em relação ao passado é que não falamos mais só de exposição, mas de mensuração real de impacto em vendas.

Em 2025, essa integração entre DOOH e dados transacionais se tornou mais relevante ainda para quem precisa justificar investimento em mídia. Foi exatamente esse o pano de fundo para um dos assuntos que tratamos durante o Good Morning Retail Media #3, evento da RelevanC, onde apresentamos um case do ecossistema do Grupo Pão de Açúcar (GPA), mantido em caráter anônimo para colocar em primeiro plano o que realmente interessa: os resultados.

Do PDV à comprovação de venda

O plano foi simples e rigoroso: 30 dias, 30 telas, 27 lojas, com lojas-espelho para controle. A estratégia combinou o impacto das telas de DOOH com um reforço digital completo, que incluiu mídia programática, display onsite e produtos patrocinados. Para medir o real impacto dessa orquestração, em vez de buscar uma métrica única, aplicamos um funil de análise de performance para dissecar os resultados.

Os achados, comparados ao grupo-controle, mostram uma clara progressão de impacto:

  • Visão Macro (todas as transações): ao olhar para o universo total de vendas, as lojas com telas de DOOH tiveram +1,9% de uplift.
  • Filtro 1 (clientes fidelidade + DOOH): ao restringir a análise apenas aos clientes fidelidade (identificados no caixa) expostos às telas, o impacto mais do que dobra, subindo para +4% de uplift.
  • Filtro 2 (clientes fidelidade + omnichannel): por fim, no grupo mais qualificado – clientes fidelidade que foram expostos à estratégia combinada (telas no PDV e o reforço digital), o resultado atingiu seu pico, chegando a +5% de uplift.

A leitura destes resultados também é direta: ativações combinadas superam ações isoladas. Quando a estratégia do PDV conversa com o digital, a curva sobe. É menos sobre “estar na tela” e mais sobre fechar o loop entre exposição e venda.

Por que os clientes identificados convertem mais

Há um componente de comportamento que explica parte desse desempenho. Na base da RelevanC, o cliente fidelidade:

  • visita em média pelo menos 2 lojas ao longo do ano;
  • 52% compram sempre em uma mesma loja;
  • 72% do gasto anual fica concentrado na loja principal.

A percepção é de que o cliente fidelidade, por ter um comportamento de compra mais habitual, é mais receptivo aos estímulos no seu ambiente de loja principal. Isso sugere uma maior atenção à comunicação no PDV.

O que muda para a indústria e para o varejo

Três implicações práticas para quem precisa justificar investimento e agenda:

  1. Mix orientado por dados, não por canais. O estudo não “opina”, ele compara. PDV sozinho gera efeito; PDV + digital resulta em incremento. Para quem vive de sell-out, é isso que interessa.
  2. Mensuração como pilar (inclusive com grupo-espelho). A lógica de lojas-espelho e o corte por clientes identificados tiram suposição da equação e dão uma régua objetiva para planejar a próxima rodada.
  3. Fidelidade é alavanca de performance. Se o shopper já se identifica no caixa e frequenta a mesma loja, há uma janela evidente para personalização contextual e otimização de verba no PDV – e para amplificar isso com estratégias digitais.
    E o que não está em jogo

Este não é um debate sobre “mais telas” ou “mais mídia”. É sobre resultado verificável de estratégias combinadas. Por isso, o case foi mantido anônimo, uma vez que a discussão não é sobre quem é o cliente, e sim sobre estratégia e impacto alcançado. No ecossistema do GPA, a conclusão é cristalina: quando o dado guia a orquestra entre PDV e digital, a venda responde.

De forma simplificada, o DOOH não é “só tela”. É mensuração real no ponto de decisão e incremento comprovado quando o digital entra no jogo.

*Rafael Schettini possui 10 anos de experiência na área de inteligência de dados, com passagens por agências de publicidade e pelo setor varejista. Atua há 4 anos na RelevanC, onde lidera iniciativas de insights de dados e otimização de campanhas. Atualmente é Head de Dados e Operações de Mídia da empresa.

Dezembro Repleto de Cantatas Natalinas no Shopping Jardim Oriente

O Shopping Jardim Oriente, em São José dos Campos, administrado pelo Grupo AD, preparou o mês de dezembro com várias experiências musicais para celebrar o Natal com uma programação recheada de apresentações de cantatas. Participe com a família, viva a Magia do Natal.

“Essas apresentações musicais ajudam a resgatar o verdadeiro significado do Natal, enfatizando valores como amor, solidariedade e esperança. Elas reúnem famílias e amigos em momentos que emocionam tornando criando memórias duradouras” enfatizou Glaucia Acciarito, gerente de marketing do Shopping Jardim Oriente.

Confira a programação especial:

Programação de Dezembro:

02/dez – 19h CECOI AME

03/dez – 19:00 Igreja Assembleia de Deus

04/dez – 18:00 Colégio As Brunet´s

04/dez – 19:00 Colégio ideia

05/dez – 19:00 Colégio ideia

06/dez – 15:00 Coral casa do Idos

06/dez – 19:00 Alcateia Waingunga (Lobinhos)

09/dez – 19:00 Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida.

11/dez – 15:00 Banda Regimental de Música (PM)

11/dez – 19:00 Colégio Adventista

12/dez – 19:00 Show de Prêmios Shibata

13/dez – 13:00 Colégio Focus

15/dez – 19:00 Canto da Viola

16/dez – 19:00 Igreja Presbiteriana SJCampos

17/dez – 19:00 Amusi

18/dez – 19:00 Igreja Presbiteriana do Jardim Satélite

19/dez – 19:00 Igreja Batista da Graça

20/dez – 19:00 Igreja Assembleia da Reconciliação

22/dez – 19:00 Igreja Assembleia de Deus – Ministério de Taubaté

Vários setores do comércio no estado de São Paulo devem aumentar o faturamento com a Black Friday

Visando estimular ainda mais as vendas de seus parceiros, o aplicativo albert está realizando uma campanha muito atrativa: um total de R$1000,00 em cashback na carteira do app dos consumidores.

Iniciada no Brasil em 2010, a Black Friday reestruturou a sazonalidade do comércio paulista, sendo o principal centro varejista do País, de acordo com a análise feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

O principal efeito foi que novembro, mês em que a data se realiza, se tornou o segundo mais relevante para o setor no ano, atrás apenas do Natal. A proximidade com o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores também contribui para esse aquecimento nas vendas.

A Black Friday continua influenciando o resultado do comércio em novembro, mas não estimula todos os setores de forma uniforme. Um dos segmentos mais motivados pela data é o de vestuário, tecidos e calçados, com faturamento de R$11,68 bilhões e crescimento de 5,2%, refletindo a recomposição do setor em comparação com os anos anteriores, incentivada pelas promoções.

Visando estimular ainda mais as vendas de seus parceiros, o aplicativo albert está realizando uma campanha muito atrativa: um total de R$1000,00 em cupons na carteira do app para cada associado (consumidor final) usar com os parceiros selecionados e ativos na plataforma.

A ativação dos cupons pode ser feita até a próxima sexta-feira (28 de novembro) no link, porém os associados podem usufruir dos benefícios pelo período de um mês após a ativação. Os cupons são individuais e intransferíveis, mas isso não impede que os associados indiquem a promoção para amigos e familiares para que todos possam ganhar descontos nas compras.

A utilização de cupons tem trazido resultados bastante satisfatórios para vários parceiros, como é o caso da rede de lojas de roupas e acessórios esportivos Sunpeak.

O gerente Felipe Caveira conta que o aplicativo e as campanhas de cupons têm otimizado, não somente o trabalho das equipes de vendas, como também a experiência do cliente. “Agora, nós conseguimos oferecer também os benefícios para os clientes que fazem compras parceladas, o que não acontecia antes”, explica o gerente. Com a câmera do celular, o cliente capta o QR Code e já é direcionado ao aplicativo albert para resgatar imediatamente seus cupons de desconto. Isso faz com que ele retorne em breve para a loja, promovendo sua fidelização. O albert destaca a Sunpeak como mais dos seus cases de sucesso, impulsionados por métricas expressivas: em apenas quatro meses, a empresa alcançou um retorno sobre investimento (ROI) 8 vezes maior, o que representa mais de R$268.000,00.

Para ter acesso aos cupons oferecidos na campanha de Black Friday, basta baixar o aplicativo albert e acessar esse link.