O que é branding?

O que é branding? Porque falam tanto nisso?

por Achiles Batista Ferreira Junior*

Se você pesquisar, verá que branding significa “gestão da marca”, é isso, porém o conceito vai além, uma vez que as marcas que mais se preocupam com a sua sobrevivência mercadológica, questionam a forma ideal de melhorar sua performance, seja no segmento de produto ou serviço. Isto porque, a fidelização do consumidor/cliente é bem mais interessante do que conquistar um novo cliente, e a marca tem justamente este papel, fidelizar e manter clientes. Logo, a prática, prestar bons serviços para fortalecer a imagem da marca, se torna fundamental para a continuidade dos negócios da empresa.

Achiles Junior

É fundamental entender um pouco sobre o poder de uma marca e sua gestão, uma vez que a marca pode influenciar na decisão e avaliação dos produtos/serviços. Neste contexto, se faz necessário diferenciar a gestão das marcas (branding) da criação/design do logotipo de uma marca.

Primeiro vamos entender o que é marca e o que é logotipo. Marca é o nome, termo, design ou qualquer outra característica que identifique um bem ou serviço de um vendedor como distinto dos bens ou serviços oferecidos por outros vendedores (CHURCHILL; PETER, 2012). Já logotipo é definido como sendo a representação gráfica da marca, ou seja, ele faz parte da marca. Porém as marcas são mais que simples nomes e símbolos, elas são elementos primordiais na relação entre empresa e consumidor, pois representam a percepção e os sentimentos do mesmo em relação a um produto e seu desempenho (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

Por sua vez, branding vem do inglês e é formada pela junção de brand que significa “marca” com a terminologia “ing” formando um gerúndio, uma palavra que sempre denota uma ação, o “fazer algo”, então, de maneira resumida, branding significa fazer ações para a marca, ou seja, se refere à gestão da marca como um todo e não apenas a criação de sua representação gráfica (logotipo).

Grandes empresas tais como Coca Cola, Apple, Harley Davidson, Disney, entre outras conseguiram atingir o ápice no quesito boa imagem, relacionamento e fidelização dos seus consumidores com uma boa gestão de marca, ou branding. Pois segundo Roberts (2004), o que basicamente move o ser humano é a emoção e não a razão.

*Prof. Dr. Achiles Batista Ferreira Junior é coordenador do curso superior de Marketing Digital e Marketing do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte: Página 1 Comunicação – Ana Paula Scorsin

Vaga aberta em marketing B2B

A Zappts está com vaga de ESPECIALISTA EM MKT DIGITAL B2B, confira os requisitos:

Responsabilidades

Atuar diretamente na estratégia de RH da organização;
Criar estratégias de Marketing reportando diretamente a diretoria da Organização;
Criar e garantir a consistência nas comunicações, conteúdo e branding interno e externo;
Monitorar e melhorar os KPI´s de geração de leads, alcance orgânico e conversão;
Gerenciar comitês de criação de conteúdo e suportar a comunicação interna;
Melhorar as ações de branding da companhia.

Requisitos
Já ter atuado com Marketing B2B e ABM;
Conhecimento de plataformas de Marketing Digital (Principalmente LinkedIn- Domínio de criação de conteúdo inbound).

Interessados deverão encaminhar uma versão atualizada do currículo em PDF para o e mail: queroser@zappts.com constando no assunto o nome da vaga.
Vaga para São José dos Campos/SP.

Saiba mais aqui

Editora Senac Rio lança livro sobre branding

Editora Senac Rio lança Valor do branding no novo normal, de Eduardo Tomiya

Definição de marca, novas perspectivas de mercado, brand valuation, depoimentos de líderes e análise de cases de marcas valiosas no Brasil e no mundo fazem parte do roteiro do novo livro do consultor. Primeiro evento de lançamento do livro será em 25 de setembro.

A Editora Senac Rio lança Valor do branding no novo normal, de Eduardo Tomiya. No livro, o autor traça uma perspectiva de sua trajetória e usa sua experiência como base de observação da evolução do branding. O que é branding? E o que não é? A obra traz conceitos sobre as definições mais básicas e orientações para entender o tema como um ciclo ou um processo denominado pelo autor de “Gestão do Valor da Marca”. O primeiro evento de lançamento do livro será um bate-papo virtual no evento Drink About, da ASBPM (Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia), dia 25 de setembro, às 19 horas. O segundo será um webinar exclusivo para associados do Comitê de Branding e Conteúdo da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) dia 28 de outubro, das 9 às 10 horas.

Em Valor do Branding no novo normal, Eduardo Tomiya analisa a importância das marcas no novo cenário, revela armadilhas que devem ser evitadas no processo de construção de marcas, analisa erros e acertos de marcas brasileiras e estrangeiras valiosas, reúne depoimentos de importantes lideranças C-Level sobre o contexto do novo normal e traz um levantamento sobre metodologias de brand valuation, consolidadas a partir de sua experiência em projetos de definição do valor financeiro e significativo de marcas.

“O novo normal, sem dúvida, veio para ficar. Foi uma redescoberta de como fazer coisas muito “banais”, então é óbvio que os hábitos de consumo mudaram bastante. Sem falar nos muitos calls, chamadas de vídeo ou hangouts… Assim como deve ter acontecido a todos, deu aquela sensação de saber o quão somos pequenos e suscetíveis a situações que não estão sob controle. Um repensar a carreira, a relação com trabalho e com a sociedade tornaram-se fundamentais uma vez que ficaram bem expostas as diferenças sociais do mundo, especialmente em um país como o Brasil”, explica o autor.

Alguns falam que no novo normal seria preciso entender necessidades não atendidas de mercado e basear-se nisso para estruturar a proposta de valor de sua marca. Para Tomiya, no entanto, há um diagnóstico inicial que precede isso, que é tanto revelar a identidade da marca quanto ter uma conexão com o day after – ou seja, entender quais são os impactos no negócio, além de entender a percepção externa (e necessidades não atendidas). Para isso, o autor faz uso de uma ferramenta que também emprega em suas aulas e em seus projetos: o prisma de identidade de Kapferer.

Sobre o autor
Graduado e mestre em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em 1994, ano em que venceu o prêmio Unibanco de melhor aluno de mestrado da instituição, Eduardo Tomiya tem vasta experiência em consultoria de valor de marca.

Além de fazer parte da divisão de consultoria da Kantar na América Latina, como diretor-geral, ele foi sócio-fundador e diretor-geral da BrandAnalytics; diretor de brand valuation na Interbrand, empresa na qual foi responsável por desenvolver a prática de avaliação de marcas na América Latina, em Portugal e na Espanha; e chegou a sócio na área de finanças corporativas da Trevisan Consultores.

O autor também ministrou aulas de branding em inúmeras instituições, como: Fundação Getulio Vargas (FGV), Fundação Dom Cabral (FDC), Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), Universidade Positivo, Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Faculdades Integradas Rio Branco e é frequente palestrante sobre o tema.

De 2006 a 2020, Tomiya vem trazendo e conduzindo o BrandZ, ranking das marcas mais valiosas do Brasil e da América Latina, publicado na Isto É Dinheiro. E com a experiência de quem já avaliou mais de 500 empresas e marcas, hoje é sócio-fundador da TM20 Branding.

Ficha técnica
Título: Valor do branding no novo normal
Autor: Eduardo Tomiya
Editora: Editora Senac Rio
Páginas: 142
Preço: R$ 25,00
ISBN: 978-65-86493-21-4

Fonte: Relações com a Imprensa Editora Senac Rio – Hellen Silva Duarte

Quais são as marcas brasileiras mais admiradas no exterior?

Segundo Michel Alaby, Natura, O Boticário e Havaianas são as marcas brasileiras que mais despertam interesse de consumidores em outros países

Recentemente, a consultoria internacional Brand Finance divulgou a lista das cem marcas mais valiosas do mundo em 2020. Em tempos de pandemia mundial, sem dúvida, se destacar é muito importante. Nesse ranking constam somente empresas da América do Norte, Ásia, Europa e uma única de outro continente, a Saudi Aramco, estatal de petróleo da Arábia Saudita. Mas, para Michel Alaby, especialista em Comércio Exterior e presidente da Alaby & Consultores Associados, há marcas brasileiras que fazem um bom trabalho, e poderiam fazer parte de uma lista como essa: Natura, O Boticário e Havaianas.

Para chegar a esse diagnóstico, Alaby analisou mais do que simplesmente o volume de negócios com países de fora e participação nas exportações, mas a existência de representantes regionais dessas marcas brasileiras, lojas em locais com grande visibilidade e principalmente a percepção de valor que o consumidor de fora tem dessas marcas, fruto de um bom trabalho de posicionamento de marca.

Cada uma dessas marcas tem uma estratégia de posicionamento diferente, que Alaby analisou separadamente, levando em consideração também se e como a origem brasileira faz parte dessa estratégia.

A Natura tem como um de seus propósitos de marca a sustentabilidade, um valor cada vez mais importante para o consumidor brasileiro e fundamental para consumidores de muitos mercados nos quais a marca está presente, especialmente quando trata da preservação da Amazônia, uma questão imediatamente relacionada à imagem do Brasil.

O Boticário, que já conta com lojas franquiadas em Dubai, e tem também outras marcas dentro de seu portfólio, como Eudora e Quem disse, Berenice?, que apelam à diversidade e ao empoderamento feminino, também tem a sustentabilidade como parte do seu posicionamento de marca, mas não apela diretamente à questão da Amazônia, falando sobre o tema. Em seu site em inglês, é possível encontrar informações sobre as práticas sustentáveis da empresa, como eficiência energética de suas fábricas ou a não testagem de produtos em animais.

Mesmo assim, a origem brasileira faz parte da maneira como essas marcas se apresentam ao consumidor estrangeiro, usando o próprio consumidor brasileiro como referência, se apresentando como “a mais amada marca de beleza do Brasil”.

O caso das Havaianas, segundo Alaby, pode ser considerado o mais emblemático de todos. A marca nasceu como um produto sem diferenciação, ficou estigmatizada como o calçado de uma camada da população com menor poder aquisitivo, reposicionou sua marca para ser universal e depois ganhou o mundo. Hoje, é uma das grifes brasileiras mais conhecidas, tanto no Brasil como no exterior. “Mais que um produto, um conceito que se tornou universal. A partir daí, mais do que sandálias, Havaianas vendem um estilo de vida, com DNA 100% brasileiro. De popular viraram pop e o mercado externo percebeu e gostou disso.”

“Essas são marcas que mostram caminhos que outras brasileiras podem seguir, especialmente aquelas que pertencem a empresas que pensam em se internacionalizar, porque elas não terão somente de disputar mercados estrangeiros com os players que já estão lá. Podem ter de defender sua posição no mercado brasileiro de competidores estrangeiros. E mais cedo ou mais tarde, nosso mercado se tornará mais aberto e essa competição vai acontecer aqui. É preciso estar preparado.”

Alaby ainda aponta que, apesar do bom trabalho feito por essas marcas, ainda há espaço para um trabalho de branding, para divulgar a “marca Brasil”. O consultor dá como exemplo países como Itália, Alemanha, Japão, Chile e Colômbia, que se tornaram tão especializados e sinônimos de excelência em um tipo de produto ou serviço que a origem se tornou uma segunda marca.

Ele cita o caso do design italiano, engenharia alemã, tecnologia japonesa, café colombiano e vinho chileno. Os consumidores foram percebendo ao longo do tempo que esses países eram bons nessas especialidades e o certificado da origem nacional acabou se tornando uma fonte de percepção de valor dos produtos tão grande, ou até maior em alguns casos, que a própria marca em si.

Em alguns casos, isso ocorreu organicamente. Em outros, foi resultado de um trabalho de branding muito bem feito, como é o caso do café colombiano, que, criando um personagem mascote, o cafeicultor Juan Valdez, que estrelava várias campanhas valorizando as características do produto do nosso vizinho, como sua acidez, em detrimento do café brasileiro. “Ao contrário de nós, brasileiros, que passamos o século passado exportando café como uma comodity, os colombianos foram pioneiros no conceito do café gourmet e uma saca de café colombiano custa mais caro que do brasileiro. Mas é um erro dizer, tecnicamente falando, que nosso produto seja inferior.”

Mas o Brasil pode aprender com as omissões do passado, em que simplesmente ficou olhando outros países crescerem em mercados internacionais que poderiam ser dominados por empresas e marcas brasileiras. “Carne bovina, carne de frango e calçados são exemplos de produtos nos quais temos qualidade, custos muito competitivos e profissionais competentes em todas as fases da cadeia produtiva. Esses setores, entre outros, poderiam se beneficiar muito de um trabalho de branding em conjunto, seguindo o exemplo do café colombiano, para que o carimbo do ‘Made in Brazil’ agregue valor a cada item vendido. Fica a dica para as empresas e associações de classe”, ensina.

Marcas e a pandemia – O consultor destaca que a pandemia causada pelo coronavírus tem sido uma oportunidade para que marcas mostrem que tem propósito e se destaquem positivamente, sem oportunismo, mas com posicionamento em assuntos relevantes. Ele cita recente pesquisa da HSR Specialist Researchers, denominada Marcas Transformadoras – maior estudo de marcas do País e que aponta as empresas que mantiverem um posicionamento mais consistente são as que estão construirão maior relevância. De acordo com o ranking, com algumas mudanças de posições, Magazine Luiza, Netflix, iFood, Natura e Ambev são as marcas mais transformadoras durante o isolamento social, de acordo com o público.

“Uma pesquisa da LLYC na Europa e na América Latina com cerca de cem executivos de marketing, entre o fim de maio e início de junho, definiu as prioridades na pandemia: ações de propósito de marcas, cooperação interna e canais digitais. O principal desafio das organizações, com 98% das respostas, foi promover a colaboração entre áreas e departamentos. Para o público externo, cresceu a preocupação com o propósito de marca (73% do total), bem como a experiência do consumidor,” conclui.

Fonte: Dupla Inteligência Editorial – Marco Barone